Análises de gênero na ciência evidenciam conhecimentos androcêntricos, que excluem e inferiorizam as mulheres, como no conteúdo de fecundação humana. No ensino de Ciências e Biologia discriminações de gênero podem ser reafirmadas. O objetivo da pesquisa é analisar o discurso de alunos/as da Educação Básica, ao representarem o processo de fecundação humana. A pesquisa é qualitativa, os dados provêm da investigação de Santos e Heerdt (2019), por meio da construção e aplicação de uma Unidade Didática (UD). A análise de discurso foi empregada, utilizando as epistemologias feministas para inferir seus significados. Os/as alunos/as visibilizam em seus discursos o processo de forma equânime, destacando ambos os gametas, citando aspectos de pesquisas recentes e contribuições do organismo feminino, discutidas durante a UD, porém recaem em estereótipos, ao representar a fecundação como casamento. Os discursos são controversos, no entanto, a possibilidade de transgredir aos conhecimentos impostos como verdade e criticados pelas epistemologias feministas aparecem nos discursos.
RESUMO O trabalho objetiva apresentar as experiências da UFMS e a UFGD, sobre a implementação das comissões de averiguação das autodeclarações preenchidas para os candidatos autodeclarados negros/as (pretos e pardos) na reserva de vagas denominada de procedimento de heteroidentificação, nos cursos de graduação, abrangidas pela Lei 12.711/2012. Utilizou-se os procedimentos da pesquisa bibliográfica e documental. A pesquisa bibliográfica aponta a atuação do Movimento Negro, Coletivos Negros e NEABs efetuando denúncias no Poder Judiciário, como atores que impulsionaram a tomada dessa medida. Especificamente a pesquisa documental, mostra que a UFMS e UFGD só adotam a heteroidentificação após a ocorrência de denúncias de fraudes e recomendação do Poder Judiciário, vindo a estabelecer normas para a realização do procedimento. Também são apresentados os dados referente as primeiras atuações da comissão. Conclui-se a necessidade de existência da comissão enquanto mecanismo necessário para que a política não se desvie de sua finalidade. Palavras-chave: Política de ação afirmativa. Educação superior. Negro/a.
Vivemos em uma sociedade permeada por relações desiguais de gênero que também influenciam a ciência. Na biologia, gênero é identificado nas descrições do processo de fecundação humana, nas quais o ovócito é invisibilizado. No momento do ensino e aprendizagem, discriminações podem ser reafirmadas de forma naturalizada. O objetivo desta investigação é analisar os conhecimentos das/os alunas/os da educação básica a respeito da ciência, gênero e suas relações, além de possíveis estereótipos de gênero na descrição do processo de fecundação humana, antes e depois de participarem de uma intervenção pedagógica nomeada de “A visibilidade do ovócito no processo de fecundação humana”. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário prévio e posterior a unidade didática. Para a análise dos dados foram elaboradas unidades de contexto e de registro. Previamente, a maioria entendiam ciência como uma forma de estudo e gênero de forma binária (homem e mulher); as relações entre gênero e ciência eram compreendidas como a ciência estudando o gênero e o único gameta enfatizado nos discursos era o espermatozoide. Após as discussões passaram a citar o caráter social da ciência e as descrições do processo de fecundação humana tornaram-se mais equânimes. O conceito de gênero permaneceu sendo descrito de forma binária. As relações entre gênero e ciência foram percebidas na proporção de homens e mulheres na ciência e gênero influenciando os conhecimentos científicos. Essas temáticas precisam ser constantemente abordadas na escola, uma vez que são complexas e socialmente naturalizadas.
Este artigo objetiva mapear a produção científica sobre políticas afirmativas para negros/as na pós-graduação em educação. Foram lidos e analisados teses, dissertações e artigos. A busca ocorreu na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e Biblioteca da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, no Grupo de Trabalho 21 (Educação e Relações Étnico-Raciais). Os principais descritores foram: “políticas afirmativas”, “políticas afirmativas AND pós-graduação”, “cotas AND pós-graduação”. Ele é bibliográfico, descritivo e qualitativo, desenvolvido por meio do estado do conhecimento. Concluiu-se que há poucas produções relacionadas à pesquisa, pois os temas abordados ora são díspares, ora são apenas tangenciais. Há poucas produções que tratam sobre cotas para negros/as na pós-graduação e sobre elas na pós-graduação em educação nenhuma pesquisa foi encontrada nas duas bases de dados selecionadas. Frente às constatações, o artigo é original e relevante para a educação, no contexto das políticas afirmativas para negros/as no ensino superior.
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