RESUMOO objetivo do artigo é discutir em que medida o Prouni é um instrumento de democratização da educação superior no Brasil ou um mero programa de estímulo à expansão das Instituições de Ensino Superior (IES) privadas. Analisaremos a trajetória desse programa social desde a primeira proposta apresentada até a lei que o sancionou (janeiro de 2005), bem como os desenvolvimentos posteriores a ela. Nesse processo, o governo Lula concedeu a maioria das reivindicações do lobby das IES privadas. Apesar de induzi-las a oferecer bolsas a estudantes de baixa renda em troca de isenções fiscais, o Prouni prioriza o acesso desses estudantes à educação superior e não sua permanência. Palavras-chave: Prouni; educação superior; democratização; acesso; IES privadas.
ABSTRACTThe objective of this paper is to discuss if Prouni (University for all Program) is a way if democratization of higher education in Brazil or a program merely
IntroduçãoVou reescrever a história do Cristo. É só me darem lápis suficientes para isso. campos de carvalho, A lua vem da Ásia, 1956. A Academia Brasileira de Ciências (abc) comemorou cem anos de existência em 2016 1 . Autodenominando-se uma entidade representativa dos cientistas brasileiros, por reunir as figuras mais expressivas e relevantes de diversos domínios do saber produzido no país e agrupados em dez áreas, adquire interesse como recurso heurístico para a análise do campo científico e dos jogos simbólicos que lhe são inerentes. Apesar de pouco reconhecida nas ciências sociais, sua seção mais recente, a abc tornou-se bastante presente nas demais áreas que a compõem, para as quais consiste em selo de pertencimento e moeda de troca nas instituições responsáveis pelas políticas científicas.Ajustando o foco analítico, a abc adequa-se como recurso para demonstrar certo padrão de carreira científica e para caracterizar elementos que atuam em um modo 1. O artigo integra pesquisa mais ampla sobre a Academia Brasileira de Ciências (doravante, abc), tratada como locus privilegiado para análise do campo científico no país (Hey, 2012;2014a, 2014b, 2017, recebendo apoio da Fapesp.
O texto apresenta uma incursão pelos artigos sobre educação do sociólogo francês Pierre Bourdieu (1930-2002) publicados na revista Actes de la Recherche en Sciences Sociales (ARSS). Fundada por Bourdieu em 1975 e dirigida por ele até a sua morte, a ARSS acolheu onze de seus artigos na temática educacional (sendo quatro em co-autoria) entre 1975 e 2000. Ressalta-se que nas páginas do periódico o autor “rascunhou” vários trabalhos que viriam a se constituir em seus livros. Nos textos ali apresentados Bourdieu reafirma a relevância da sociologia da educação como um capítulo importante da sociologia do conhecimento e da sociologia do poder, fornecendo um verdadeiro programa de investigação para enxergar os mecanismos instituídos de produção da dominação e das estratégias de reprodução nas sociedades de classes contemporâneas.
A partir da teoria dos campos de Pierre Bourdieu, o presente artigo tem por objetivo problematizar a internacionalização da educação superior e a circulação internacional das ideias. Para além da apropriação conceitual, ressalta-se o uso prático do aporte para a compreensão do campo da educação superior no Brasil e a interface com o campo acadêmico. Enfatizam-se os limites e as possibilidades de um campo internacional da educação superior.
O artigo analisa contenciosos em torno da internacionalização da pós-graduação no Brasil, por meio do estudo de quatro Programas em Educação (PPGEs) que, na última avaliação da CAPES (2013-2016), obtiveram o conceito máximo (nota 7). Conduzindo-se estudo exploratório cienciométrico dos artigos científicos da(o)s docentes destes PPGEs, com extração de dados através do software livre scriptLattes, obteve-se um total de 1.434 artigos, sendo que 13,9%, foram publicados em revistas internacionais e, destes, 64% em inglês. A maior parte (69%) se produziu em coautorias (2 ou mais autores). Problematizam-se aspectos da internacionalização e da transnacionalização da produção de conhecimento, visando distinguir mecanismos formais e estratégias necessárias para trocas menos assimétricas no campo da educação.
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Que a USP descanse em paz!Disputas simbólicas entre jornalistas e acadêmicos em fins dos anos de 1980
O objetivo do artigo é demonstrar as “novas” elites que emergem no Reino Unido no contexto econômico, político e social do neoliberalismo. Para tal, utilizam-se os amplos trabalhos de Mike Savage acerca do significado do estudo de elites para as formas contemporâneas das divisões sociais. Os dados do Great British Class Survey servem de base para este autor delinear os elementos sociológicos centrais da composição destas elites da financeirização. Descrevem-se as clivagens em termos de mobilidade social, educação, localização e politização geradas pela concentração de distintos tipos de capital (econômico, social e cultural). A partir da especificidade britânica, pretende-se contribuir para o desenvolvimento da sociologia das elites tanto na discussão de novas perspectivas quanto nos limites e possibilidades da abordagem em diferentes contextos geográficos, políticos e sociais
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