Dados apontam que a saída do jovem do meio rural segue sendo uma ameaça para reprodução social da agricultura familiar, bem como para as organizações sociais que a representam. Essa situação implica na necessidade de construção de políticas que envolvam os processos sucessórios. Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar como as organizações sociais representativas da agricultura familiar situadas no oeste do estado de Santa Catarina avaliam os efeitos das políticas públicas para a sucessão familiar no meio rural. O método utilizado foi o da pesquisa qualitativa, em que foram realizadas doze entrevistas semiestruturadas e pesquisa documental. Participaram da pesquisa nove organizações sociais da agricultura familiar, um pesquisador e uma empresa pública. Como resultados pode-se identificar a importância dos espaços de representação social da agricultura familiar como articuladoras e provedoras de políticas públicas. Entre as políticas existentes foram destacadas as voltadas ao crédito e assistência técnica. As organizações sociais passaram a ser operadoras das políticas desenvolvendo um papel mais técnico-operacional do que político-organizativo. Apesar dos avanços das políticas voltadas à agricultura familiar nos últimos 20 anos, e da presença de diversas organizações sociais voltadas à agricultura familiar na região, essas ainda estão desarticuladas e restringem-se às ações pontuais, não promovendo efetivamente a sucessão familiar.nto socioeconômico da região.
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