Resumo Este artigo tem como objetivo conhecer a perspectiva de médicos sobre a saúde e o trabalho em uma unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital público do estado do Rio de Janeiro. Para tal, realizou-se pesquisa de cunho qualitativo e de caráter exploratório. Foram realizadas 13 entrevistas individuais e semiestruturadas, com roteiro de perguntas abertas. No que tange à análise dos materiais, adotou-sea técnica de análise do discurso, sendo identificados quatro eixos empíricos de discussão, a saber: elementos da atual configuração do trabalho médico; o trabalho na UTI neonatal; a saúde dos médicos e a prática de automedicação e a necessidade de espaços de diálogo; gênero no trabalho médico e na pediatria. Ao fim, verificou-se que as transformações técnicas e organizacionais do trabalho médico vêm se acelerando e gerando significativas consequências para a vida e a saúde desses trabalhadores. Constatou-se, ainda, preponderância da ausência de vínculos trabalhistas estáveis e precedência de escolha pela atividade de plantões devido às atuais condições salariais, gerandomaior carga de trabalho. Conclui-sepela necessidade de uma política de valorização profissional abrangente que inclua mudanças na organização laboral a partir dos locais de trabalho com a participação dos trabalhadores.
OBJETIVO: explicitar as práticas de biossegurança adotadas por fonoaudiólogos atuantes na área de Audiologia e relacioná-las com a educação continuada e o tempo de formação dos profissionais. MÉTODOS: participaram deste estudo 70 fonoaudiólogos atuantes na área de Audiologia, nos municípios de Belo Horizonte e Contagem. Foi aplicado um questionário sobre biossegurança em Audiologia, com base na Norma Regulamentadora 32, composto por 27 perguntas fechadas, abordando os aspectos de higienização das mãos, equipamentos de proteção individual e organização e higienização dos artigos e do ambiente. RESULTADOS: a maioria dos fonoaudiólogos relatou que adota as seguintes medidas de biossegurança: higienização das mãos antes dos atendimentos (71%), uso de jaleco com mangas longas (74%) e abotoado (91%), cabelos presos (79%), unhas limpas e cortadas (91%), separação e desinfecção dos artigos usados (83%) e organização do ambiente (97%). No entanto somente 40% dos profissionais referiram higienizar as mãos entre os atendimentos e 9% referiram o uso de luvas na realização da meatoscopia. Observou-se que a destinação dos artigos para desinfecção é uma prática mais rotineira para profissionais com especialização (p< 0,05). Os profissionais com maior tempo de formação aderiram melhor à prática de higienização das mãos. CONCLUSÃO: higienizar as mãos antes dos atendimentos, vestir-se corretamente, destinar os artigos para desinfecção e organizar o ambiente de trabalho são práticas de biossegurança adotadas pela maioria dos fonoaudiólogos. Fatores como tempo de formação e educação continuada influenciam de maneira positiva na adoção de corretas medidas de biossegurança.
Objetivo: Relatar um caso de Demência Frontotemporal (DFT) de variante comportamental que, não raro, é erroneamente diagnosticado e tratado como Doença de Alzheimer (DA). Detalhamento do caso: Trata-se de uma paciente de 65 anos, a qual iniciou quadro demencial em 2019, manifestado por amnésia, irritabilidade e perda de funcionalidade associadas à mudança repentina de hábitos de vida (retomou o hábito de etilismo e obstinação/dependência amorosa). À nossa primeira avaliação em 2021, apresentava diagnóstico prévio de DA em tratamento com inibidor de colinesterase (IChE) há cerca de 1 ano, no entanto, com pouca ou nenhuma resposta. Após anamnese detalhada, aplicação de escalas psicométricas, exame de neuroimagem e análise liquórica, verificou-se que a hipótese diagnóstica principal é DFT, sendo possível, então, direcioná-la a um diagnóstico correto, suspenso o IChE e uma terapêutica mais adequada, ainda que limitada, tendo em vista que não há tratamento específico para a DFT. Considerações finais: DA e DFT podem ter sinais clínicos parecidos e causar dúvida e erro diagnóstico. O manejo e conduta assertivos são essenciais nesses casos, uma vez que o tratamento das duas condições é distinto, de forma que, seu correto diagnóstico e tratamento permitem um controle eficaz dos sinais e sintomas dessas condições.
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