Resumo: Procuramos discutir teoricamente a noção de que a ordem econômica e suas instituições, aí incluídas as empresas, são construções sociais, passíveis, portanto, de serem apreendidas sob outros olhares que não o de uma racionalidade exclusivamente formal de caráter econômico. São apresentados também alguns temas que têm sido tratados por cientistas sociais, em um esforço no sentido de criar uma Sociologia da Empresa brasileira.Palavras-chave: Sociologia da Empresa, Sociologia Econômica, construção social do mercado, empresa e sociedade. IntroduçãoRecentemente, cientistas sociais começaram a trazer de volta à Sociologia temas de pesquisa tais como a formação de grupos empresariais, o desenvolvimento dos mercados, e a ação econômica em geral, dos quais por um bom período esta disciplina esteve afastada. Esta retomada, no entanto, não obedece a referenciais ou mesmo a um timing homogêneo, como se poderá perceber ao longo do texto. Não resta dúvida, porém, que alguns avanços teóricos podem ser tomados como comuns às diferentes experiências -dos quais se destaca sem dúvida, um questionamento à representação reificada da ordem econômica.
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Résumé Deux collègues sociologues brésiliens analysent la fondation du système d’enseignement et de recherche des sciences sociales dans leur pays. Bien que de fondation récente, son expansion est notoire. Ils nous présentent l’état des lieux ainsi que les thèmes étudiés selon la conjoncture politique et sociale. Ils analysent le passage de thèmes consacrés aux analyses macrosociales à des thèmes plus circonscrits aux nouvelles questions sociales, à la sociologie de l’entreprise ou aux études régionales, suite aux échecs rencontrés par les politiques publiques et aux espoirs déçus.
No Brasil, a responsabilidade social da empresa (RSE) tem sido incentivada pelo Estado. As empresas hoje enfrentam desafios éticos para a dimensão econômica, ambiental e social nos negócios e precisam se articular com governos e comunidades, até mesmo como forma de buscar legitimidade na sociedade. Porém há que se sublinhar que está tornando-se comum os poderes públicos apelarem para a ajuda financeira de empresas. Os casos analisados-o Projeto Mais Vida desenvolvido pela Unilever em Araçoiaba (PE) e o trabalho feito em torno da Mina de Brucutu em São Gonçalo do Rio Baixo (MG) pela Companhia Vale do Rio Doce-foram escolhidos em função das parcerias estabelecidas. Palavras-chave: responsabilidade social da empresa, obrigações legais, parcerias, comunidade, poder público.
O livro analisa as ações de mudança executadas por sociólogos por ocasião de pesquisas em empresas. As análises de longas intervenções em organizações são conduzidas a partir de dois eixos: o primeiro diz respeito às condições e efeitos dos procedimentos da pesquisa-ação, referindo-se explicitamente à Sociologia da Empresa, e o segundo propõe uma nova utilidade do trabalho sociológico na sociedade contemporânea.Os autores do livro fazem parte da equipe Recherche et Intervention sur les Transformations en Entreprise (RITE) do Laboratoire de Sociologie des Changements et des Institutions do Centre National de la Recherche Scientifique (LSCI-CNRS). Yann Albert, François Granier, Cécile Guillaume, Nelly Mauchamp, Sandrine Nicourt, Florence Osty, Renaud Sainsaulieu, Thomas Troadec, Fabrice Traversaz e Marc Uhalde têm atividades em pesquisa, ensino e intervenção; formados em sociologia das organizações e da empresa, herdaram os avanços teóricos e metodológicos da disciplina 1 , ou seja, encontraram um campo conceitual já sólido. Esse ramo da sociologia é atualmente ensinado na França 2 como um todo coerente, bem apoiado no plano dos paradigmas, dos modelos empíricos e dos métodos.A sociologia das organizações desenvolveu-se nos anos 1960, em grande parte graças aos trabalhos desenvolvidos por Michel Crozier, a partir da análise das relações de poder nas organizações. Seu corpo teórico e metodológico foi enriquecido durante os anos 1970 e 1980, com a introdução dos conceitos de identidades e culturas do trabalho (SAINSAULIEU, 1977; 1987). A Sociologia das Organizações desenvolveuse à parte da Sociologia do Trabalho; uma de suas limitações foi não considerar a empresa como um sujeito que conjuga trabalho e organização. Preenchendo esse vazio, as pesquisas realizadas durante a década de 1980 na França, especialmente no LSCI 3 , analisaram a cultura e identidade das empresas, trazendo à tona, dentre outros aspectos, o sistema social da empresa, a existência de redes formais e informais e, finalmente, os diferentes mundos sociais da empresa. Na França, há cerca de quinze anos a Sociologia da Empresa começou a despertar a atenção dos empresários e administradores, que vêm recrutando jovens sociólogos habilitados a fazer diagnósticos sociológicos. Pesquisas empíricas tornaram-se freqüentes sob a modalidade de contratação direta dos pesquisadores pelas empresas. Não é raro, suspeito ou surpreendente que uma organização -empresa, sindicato ou associação -busque os serviços de um sociólogo para esclarecer problemas de funcionamento interno. Por outro lado, muitos pesquisadores têm se preocupado em propor um instrumento útil aos atores para a implementação de dispositivos de mudança, que vá além do diagnóstico da situação.1 A título apenas indicativo, citamos as seguintes obras: Crozier e Friedberg (1977( ), Sainsaulieu (1977 1987 ), Segrestin (1992, Francfort, Osty, Sainsaulieu e Uhalde (1995) e Alter (1998), além de coletâneas e manuais.2 A Sciences Po Paris tem um DESS e um DEA -diplomas obtidos após a conclusão dos créditos...
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