Discute-se o lugar da brincadeira no currículo da educação infantil. A partir da nova LDB, coloca-se a tarefa de construir, ou reconstruir, em alguns casos, propostas de atendimento que contemplem as necessidades da criança em desenvolvimento. A mudança constitui um problema face à tendência à aplicação, por analogia, de um modelo de instituição escolar a essa faixa etária, evidente na organização do ambiente e das atividades proporcionadas à criança. Questiona-se a visão da brincadeira como meio através do qual a criança vai atingir objetivos escolares, representando uma visão de infância apenas como promessa de futuro, sem importância para o presente. Propõe-se uma orientação para a educação infantil que privilegie um conceito de desenvolvimento como adaptação atual.
RESUMOTendo em vista a importância das experiências iniciais, em termos de responsividade e sincronicidade nas interações com o meio, com amplas repercussões nos terrenos cognitivo, social e afetivo, o presente trabalho objetivou investigar as possibilidades da creche como contexto interacional. 62 crianças de um a três anos, de cinco creches diferentes, metade delas proveniente de creches privadas e as demais de creches públicas, foram observadas em seus ambientes naturais de brinquedo, nas creches, em três sessões de dez minutos cada, tomadas em dias diferentes. Amostras de episódios interativos entre adultos e crianças foram examinados qualitativamente, buscando identificar os parceiros das interações e os modos pelos quais criança e adultos situam-se no conjunto das interações. Os resultados dessa análise sugeriram que o adulto, além das esperadas estratégias de comunicação individual ou coletiva, emprega comumente uma terceira estratégia básica de comunicação, aqui denominada comunicação articulada, com alternância de alvos e articulação, inclusive temática, entre os alvos. Nesse padrão, o adulto estende as interações que ocorrem com um indivíduo para outros, amplificando o episódio interativo, criando inter-relações entre temas e indivíduos. Esses resultados são discutidos em termos da inadequação da oposição situação diádica versus poliádica, que costuma ser empregada para comparar os contextos de criação em ambientes familiar ou coletivo. INTERAÇÃO SOCIAL RELAÇÃO ADULTO-CRIANÇA CRECHES DESENVOLVIMENTO SOCIAL CRIANÇAS ABSTRACT STRATEGIES FOR COMMUNICATING IN POLIVALENT SITUATIONS AT DAY CARE. Considering the importance of early experiences, particularly regarding responsiveness and synchrony in the interactions with the environment, with important effects on the cognitive, affective and social areas, this study aimed to search the day-carecenters possibilities as interactional contexts. 62 children aged 1 to 3 years old, from 5 different day-care centers, half of them from private and the others from public day-care centers, were observed at their natural play settings, in three sessions of 10 minutes each, obtained in different days. Samples of interactive episodes between adults and children were qualitatively examined, aiming to identify the interactional partners and the ways through which children and adults set themselves in the whole interactional pattern. The results of this analysis suggest that the adult, besides the expected strategies of individual and collective communication, use ordinarily a third basic communication strategy, called articuled communication, with thematic and other forms of alternation between the targets. In this pattern, the adult extends the interactions that occur with an individual to others, amplifying the interactive episode, creating links between themes and individuals. These results are discussed in terms of the inadequacy of the opposition between dyadic versus polyadic situations, that is generally used to compare the rearing contexts in family and collective en...
Maria Alice Leme e eu resolvemos então usar o espaço do curso de Psicologia Geral para os próprios alunos coletarem informações a respeito da profissão, como uma experiência de pesquisa dentro da disciplina. Monta¬ mos um esquema para que, durante 5 anos, os alunos entrevistassem um certo número de psicólogos. Paralela¬ mente, resolvi acompanhar, em ter¬ mos longitudinais, um grupo de 20 alunos, durante os cinco anos do cur¬ so, através de uma entrevista anual, pensando em obter um material mais qualitativo a respeito do processo de formação.
A partir do acompanhamento de crianças de 0-12 meses em visitas domiciliares, propõe-se um esquema de análise no qual os conceitos de apego e autonomia, relativos à relação mãe-criança, são associados aos conceitos de “lugar” e “espaço”, relativos à organização do ambiente doméstico, compreendidos como expressão de um “sistema de desenvolvimento” que inclui a organização psicológica da díade mãe-criança e as crenças e condições de vida concretas nas quais o desenvolvimento ocorre. Sugere-se uma tipologia - rígido; flexível; simbiótico; instável - associando o modo de morar ao modo de cuidar.
From a follow-up of 0-12 months old children through home visits, a scheme of analysis is proposed in which the concepts of attachment and autonomy, relative to the mother-child relationship, are linked to the concepts of “place” and “space”, relative to the organization of the home environment; both understood as the expression of a “developmental system” including the basic psychobiological organization of the mother-child dyad and the belief systems and the concrete living conditions within which development takes place. A typology is proposed - rigid; flexible; instable; symbiotic - associating the way of living to the way of caring
Este artigo tem por objetivo refletir sobre as regulamentações institucionais para a adequação ao uso do nome social enquanto instrumento primário para o exercício da cidadania de estudantes transexuais e travestis. Para tal, realizamos junto às instituições de ensino que compõem a Rede Federal de Educação Profissional, um levantamento acerca das regulamentações específicas das instituições, no que se refere ao ano da implantação/publicação, natureza do documento, abrangência e forma de acesso ao direito. À luz de referenciais teóricos que discorrem sobre a temática buscamos relacioná-los à legislação vigente no que se refere à regulamentação do uso do nome social, bem como fazer um contraponto entre as legislações existentes que regulamentam o uso do nome social e projetos de lei refratários ao tema aqui proposto. Ao término do levantamento junto às instituições de ensino, constatamos que 79% delas possuem regulamentos próprios e destas 39% se anteciparam ao debate, implementando regulamentações próprias que antecedem as Resoluções Federais. Destacamos a importância desse fato, contudo, não se deve desconsiderar, que essas regulamentações são fruto das outras legislações e lutas do movimento LGBTI+.
Este artigo tem por finalidade apresentar os resultados de uma pesquisa, a qual objetivouconhecer o lócus das mulheres docentes do Instituto Federal do Paraná (IFPR) - CampusCuritiba. O corpo docente do Campus constitui-se por duzentos e vinte e cincoservidores/as, disto cento e sete são mulheres e cento e dezoito são homens. Aoanalisarmos esses números observamos inicialmente que não há uma prevalência no quese refere às relações de gênero, entretanto cabe investigar em que áreas elas e eles estãoatuando. A pesquisa foi feita a partir da coleta de dados documentais/institucionais, queao se ter em mãos os resultados, para além da disposição em gráficos, necessariamentenos leva a muitas reflexões que denotam uma análise qualitativa. Acreditamos, por fim, queos resultados desta pesquisa podem nos levar a refletir sobre a inserção da mulher naCiência e Tecnologia, visto que o espaço sócio ocupacional pesquisado é um local deeducação formal, com vistas à ciência e ao desenvolvimento de tecnologias.
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