A abordagem do nexo urbano corresponde à compreensão e à busca de soluções integradas mediante o reconhecimento das interdependências entre água, energia e alimentos, recursos cuja escassez configura iniquidades em saúde. A hipótese central deste artigo considera que o contexto de escassez corrobora práticas sociais que podem ser sinérgicas ou contraditórias em relação aos desafios da sustentabilidade e dos direitos sociais. O objetivo é investigar sinergias e contradições a partir de práticas sociais mediante o nexo urbano no bairro Novo Recreio, na cidade de Guarulhos, Região Metropolitana de São Paulo, Brasil. A metodologia consiste em um estudo qualitativo e de base etnográfica com referência à Teoria das Práticas, com observações diretas de campo e narrativas. Os resultados apresentaram práticas sociais associadas a falta sistemática de água, precariedades na iluminação pública e no transporte, bem como dificuldade de acesso a alimentos frescos e saudáveis. O estudo das práticas sociais entre sinergias e contradições permitiu verificar que, nesse processo espontâneo de busca de solução para problemas locais, é constatada a necessidade de integrar práticas e saberes locais a políticas públicas e demandas globais. Com isso, denominamos nexos de exclusão a condição periférica de impossibilidade de opções conscientes que permitam orientar conjuntamente a redução da escassez e de iniquidades com alternativas para a sustentabilidade.
RESUMOO artigo discute resultados de uma pesquisa sobre questões climáticas na megacidade de São Paulo. Dialogando com a literatura e tendo como base estudo realizado entre 2014 e 2015, reflete sobre o papel do poder local no processo de buscar sinergias entre adaptação, mitigação e desenvolvimento por meio da experimentação. Os autores discutem ações implementadas em São Paulo com potencial para responder aos desafios climáticos, com foco nas intervenções que não estão diretamente associadas ao discurso climático. Exemplos dessas intervenções são as propostas do Plano Diretor e ações de mobilidade urbana adotadas na gestão municipal (2013)(2014)(2015)(2016). Esses projetos e a adoção de uma agenda socioambiental podem se constituir como respostas às mudanças climáticas, promovendo sinergias entre adaptação e mitigação. Os autores concluem o artigo sinalizando desafios para a adaptação na capital paulista, considerando suas especificidades e complexidades nos planos econômico/político/ social.Palavras-chave: Mudanças Climáticas; Adaptação; Capacidade Adaptativa; Risco. Megacidade; São Paulo.
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