Este artigo se refere ao uso do teatro na educação, sobretudo com crianças em situação de fracasso escolar. Pretende-se aqui descrever um dos seis casos estudados em pesquisa participante, realizada com crianças na referida situação, apresentando diversas dificuldades de aprendizagem, e encaminhadas por suas professoras. A partir das queixas escolares manifestadas, elaborou-se um programa de vivências semanais de jogos teatrais durante o período de um ano. Tal programa foi montado tendo em vista a promoção e a estimulação das funções cognitivas envolvidas nos processos de aprendizagem — o que caracteriza o objetivo pedagógico da pesquisa. Entretanto, no curso do trabalho, evidenciaram-se, também, questões relativas à subjetividade das participantes, relacionadas diretamente a seus processos de aprendizagem. Apoiando-se na teoria psicanalítica, foi possível verificar que o uso de jogos teatrais no âmbito da educação configura-se, ao mesmo tempo, como uma prática pedagógica e uma prática subjetiva (terapêutica), significando uma possibilidade diante do fracasso escolar.
In this paper we examine the concept of the autistic object in the psychoanalytic treatment of individuals with autism. Comparison is made between the concepts of two authors, Frances Tustin and Jean-Claude Maleval, both dedicated researchers in the area. Tustin identifies the function of autistic objects in the treatment of the autistic body image. Differentiation between autism and schizophrenia is presented. Maleval enhances the perception of Tustin, by highlighting the role of dynamism in autistic objects, as a promoter of the libidinal animation of autists. The paper concludes by assessing the consequences of privileging one or another theoretical conception of the autistic object clinically.
"Nenhuma das aplicações da Psicanálise excitou tanto interesse e despertou tantas esperanças, e nenhuma, por conseguinte, atraiu tantos colaboradores capazes, quanto seu emprego na teoria e prática da Educação" (Freud, 1925).A Psicanálise, como quis Sigmund Freud , médico vienense que a fundou, é uma "ciência do vivido". Ao criá-la, ele associa radicalmente a sexualidade à constituição do sujeito humano, teoriza a noção de inconsciente, extraída da filosofia de Schopenhauer (1788-1860), e cria um novo conceito para o desejo. Suas descobertas só se emparelham, no seu tempo, às do filósofo Karl Marx (1818-1883), no que concerne à alienação do sujeito determinado pelos processos histórico-sociais, e às do filósofo Friedrich Nietzsche (1844-1900), quanto ao sujeito como resultado de sua vontade de potência.No que se refere à Educação, a Psicanálise, ao longo de sua jovem e secular existência, tem uma contribuição um pouco dispersa no que tange aos fundamentos educacionais. A despeito dos esforços do discípulo freudiano Oskar Pfister, que, junto ao seu mestre, tentou aquecer embrionariamente as discussões sobre a interface Psicanálise e Educação, e de August Aichhorn, que dedicou um estudo a jovens delinqüentes, cujo livro fora prefaciado por Freud, não são tantos os que marcadamente traçaram linhas referentes a essa interface. Entre eles, podemos mencionar Alexander Neill e sua escola inglesa Summerhill, que, desde 1921, se esmerou em desenvolver uma pedagogia analítica, alternativa e democrática, influenciando, durante os anos 1960 e 70,
A universalização do ensino, as pesquisas sobre a psicogênese da língua escrita e os ciclos de idade de formação foram marcos políticos e científicos que provocaram mudanças significativas para a compreensão e reflexão do que seja o processo ensino-aprendizagem e a organização das escolas. O presente texto pretende refletir sobre os efeitos destes marcos sobre o processo de alfabetização e algumas propostas pedagógicas que foram e têm sido elaboradas visando garantir a qualidade do ensino, principalmente, para aqueles alunos em que o fracasso persiste em se apresentar como sintoma.
Pretende-se investigar a função da escrita de diários íntimos por adolescentes. Defende-se a hipótese de que o romance é o paradigma do diário íntimo. Utilizando os conceitos de Lacan de hystorização e romance, buscamos fazer uma aproximação entre a escrita de um diário íntimo e a construção de um romance. O romance leva à produção de um personagem como o principal protagonista da história. Dessa forma, promove-se uma mudança na posição do sujeito, que deixa de ser determinado pela história para ler essa determinação. A escrita de um romance familiar pode operar na construção do sintoma adolescente.
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