O presente trabalho teve como objetivo compreender a produção do discurso e as dinâmicas de criminalização das juventudes que compõem as Torcidas Organizadas a partir do acontecimento que ficou conhecido como “Chacina do Benfica”, ocorrida na noite de 09 de março de 2018 em Fortaleza, Ceará. No episódio, 7 pessoas foram assassinadas e 7 ficaram feridas durante uma ofensiva armada no bairro Benfica, símbolo universitário do Ceará. Analisamos os discursos produzidos sobre o episódio, a partir das falas oficiais do Governo do Estado do Ceará e das matérias jornalísticas divulgadas no decorrer dos acontecimentos e investigações. Muitos dos discursos proferidos oficialmente pelo governo estadual têm colocado a “guerra entre facções” como responsável pelos conflitos ocorridos no estado. Como metodologia, realizamos pesquisa bibliográfica pautada no diálogo com autores que discutem análise de discurso, violência e Torcidas Organizadas; e pesquisa documental, com consultas às publicações dos Jornais O Povo, Diário do Nordeste e Tribuna do Ceará. No episódio da “Chacina do Benfica”, as declarações oficiais do secretário de segurança assinalaram o histórico de conflitos entre as Torcidas Organizadas vinculadas aos times Ceará e Fortaleza como um catalisador dos acontecimentos do dia 09 de março. Desta forma, percebemos que, mesmo com as investigações ainda em andamento, os discursos produzidos pelo governo e pela mídia tendiam a criminalizar as juventudes que compõem Torcidas Organizadas pelos fatos ocorridos no bairro Benfica, assim como os indivíduos que estão vinculados a essas agremiações.
Este trabalho objetiva apresentar o Projeto de Extensão Roteiro Geo-Turístico, metodologia, resultados alcançados ao longo de 10 anos em execução, bem como as dificuldades e desafios impostos pelo caminho. Divide-se em três partes, a primeira contextualiza a criação do Projeto Roteiro Geo-Turístico em meio à produção acadêmica sobre cidade, geografia e turismo, desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa em Geografia do Turismo (GGEOTUR); a segunda parte desenvolve a metodologia criada pelo projeto, que envolve levantamento e sistematização de dados, trabalhos de campo, implementação de oficinas e palestras e elaboração dos roteiros; a terceira parte identifica os resultados obtidos, as contribuições sociais e institucionais do projeto.
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