RESUMO O objetivo do trabalho foi criar um protocolo de treinamento auditivo e cognitivo para idosos e analisar a sua eficácia. O estudo foi realizado em três etapas: (1) seleção de materiais, compreendendo materiais existentes e outros confeccionados pelos autores; (2) análise de juízes especialistas, para consenso quanto às habilidades avaliadas e tipo de treinamento; (3) aplicação do protocolo em um caso clínico, com realização de uma bateria de testes para avaliação pré e pós-intervenção, consistindo em avaliação cognitiva e auditiva (comportamental e eletrofisiológica). Foi possível a estruturação do protocolo de acordo com as sugestões das juízas especialistas, o que gerou uma nova proposta de treinamento auditivo e cognitivo com 39 tarefas, dispostas em seis sessões. Com a aplicação do protocolo no caso clínico, observaram-se modificações positivas nos dois aspectos treinados. A nova proposta terapêutica foi concluída e aplicada. O sujeito do caso clínico obteve melhoras pós-intervenção e a eficácia foi verificada por meio dos testes comportamentais de processamento auditivo central, de rastreio cognitivo e do potencial evocado auditivo de longa latência.
Objetivo: analisar a influência da perda auditiva, cognição e envelhecimento no Processamento Auditivo Central. Método: Participaram 54 idosos, com idade entre 60 e 77 anos, sendo 33 normo-ouvintes e 21 com perda auditiva neurossensorial de grau leve e 20 adultos, com idade entre 18 e 35 anos, todos normo-ouvintes, que cumpriram com os critérios de elegibilidade estabelecidos neste estudo. Todos realizaram anamnese, avaliação audiológica básica, Montreal Cognitive Assessment (MoCA) e os testes de Processamento Auditivo Central (PAC): Teste Dicótico de Dígitos (TDD), Randon Gap Detection Test (RGDT) e teste de Fala no Ruído (FR). Resultados: Foi observada diferença significativa entre os idosos com e sem perda auditiva para o teste FR e para o TDD na orelha esquerda (OE) sendo pior nos idosos com perda. Na análise entre o MoCA e os testes do PAC houve correlação significativa com o RGDT, e o TDD. Na comparação dos testes de PAC entre idosos normo-ouvintes e adultos, houve diferença significativa para o RGDT, FR e orelha direita (OD) do TDD. Conclusão: A perda auditiva de grau leve afetou as respostas do teste FR e do TDD, sem influências sobre o RGDT e o MoCA. Os aspectos cognitivos apresentaram correlação com o RGDT e TDD. O teste de FR foi o único que demonstrou resultados apenas auditivos, sem influências da cognição. No entanto, o envelhecimento foi capaz de causar prejuízos em todos os testes de PAC utilizados neste estudo.
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