Introdução: O trabalho em saúde, ainda que subjugado à ordem do capital, conforme expressa pela pandemia de Covid-19, comporta possibilidades em seu cotidiano, potencializando e mobilizando o reordenamento do pensar e agir em saúde. Objetivo: identificar sentidos autoconstituintes do trabalho em saúde na pandemia a partir de experiências descritas pela literatura científica nacional, cujo êxito reside em possibilitar ao trabalhador ofertar cuidado integral e resolutivo dentro dos limites postos pela pandemia de Covid-19. Método: Levantamento teórico sobre a categoria trabalho em Marx e a ontologia do ser social de Lukács seguindo com considerações sobre o trabalho em saúde com foco nas suas possibilidades autoconstituintes. Resultados e Discussão: O trabalho em saúde na pandemia expressa dialética própria, que alia um contexto de racionalidade destrutiva do capital ao imperativo de superá-la, por meio de iniciativas que viabilizem o cuidado a despeito das determinações sócio-histórico-políticas mais cruéis. Conclusão: Reconhecer a processualidade contraditória do trabalho permite trazer à tona seus sentidos autoconstituintes, e o modo como esses sentidos assumem a cena do cuidado em saúde na pandemia.
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