A partir de uma revisão bibliográfica sobre a constituição da terapia ocupacional como ciência da saúde, sobretudo quanto à sua evolução na Saúde Mental, discutem-se as diferenças do estatuto das atividades na Psiquiatria clássica e na Reforma Psiquiátrica brasileira. Os resultados da pesquisa revelam as transformações quanto à concepção de saúde e aos meios de trabalho da Terapia Ocupacional, buscando-se abandonar o Paradigma Psiquiátrico Hospitalocêntrico Medicalizador com vias ao Paradigma Psicossocial.
Resumo A toxicomania como estilo subjetivo é uma denegação do laço social fálico em que o tóxico serve para mais-gozar numa unidade eu-Outro. Numa cultura marcada pelo mais-além do princípio de prazer, a felicidade está no consumo de objetos feitos para gozar, assim, o uso de drogas tornou-se um sintoma social do Discurso do Capitalista. Dada a complexidade do assunto, este artigo fundamentado na psicanálise de Freud e Lacan objetiva abordar a toxicomania sob algumas perspectivas preliminares de compreensão do fenômeno e seu tratamento. Se o toxicômano cede do seu desejo, como ele fará frente a esse gozo aniquilador encontrado na droga? O que lhe prenderá à vida? Procuramos responder essas perguntas. Um tratamento possível consiste em oferecer ao sujeito, por meio da fala, novos registros de gozo intermediados pela linguagem, capazes de competir com o gozo do corpo, não visando interditar o consumo, mas diversificar a demanda.
Resumo O modo de produção de bens materiais é correlato ao modo de produção de saúde e indica as formas de subjetivação possíveis em uma sociedade, portanto, está relacionado às maneiras como impasses sociais e psíquicos se materializam. Os conflitos da luta de classes produzem contradições, de maneira que é crucial observar que os sintomas desencadeadores das crises vêm enunciar objeção ao contexto social no qual emergiram. Partindo da análise organizacional, constatamos que os estabelecimentos institucionais de saúde mental no contexto do modo capitalista de produção têm servido para agenciar essas crises no sentido de dissuadi-las. Observa-se que, apesar dos avanços da reforma psiquiátrica brasileira, os estabelecimentos psicossociais ainda servem à adaptação social, produzindo subjetividades alienadas e reproduzindo formas históricas de dominação-subordinação, como a internação psiquiátrica e a medicalização da vida e do sofrimento.
O homem é o único ser capaz de produzir além das necessidades físicas podendo engendrar um processo produtivo direcionado pela ética do desejo no qual ao fazer ele constrói sua existência material e subjetiva, para Marx, essa é sua atividade vital que lhe confere a genericidade humana. Com o Modo Capitalista de Produção (MCP) o fazer e a produção tornaram-se vias de enquadramento para um laço social de (re)produção e consumo, de expropriação econômica e subjetiva, consequentemente de produção de subjetividades alienadas. A Terapia Ocupacional (TO) opera com o fazer e com as funções produtivas, todavia, ao falar sobre o homem como ser práxico não traz a práxis referenciada a um saber-fazer genuíno, assim, nossa proposta é a partir das contribuições do Materialismo Histórico, avançar na compreensão de um sujeito inseparável do seu fazer para pensar as atividades como dispositivos de subjetivação e singularização, de produção de saúde.Abstract Man is the only one capable of producing beyond the physical needs, he can engender a productive process directed by the ethics of desire, so doing things he can build him material and subjective existence, for Marx, this is the vital activity that gives him the human genericity. Occupational Therapy (OT) operates with the various activities that make up human production, activities of daily living, practical life, among others. From the contributions of Historical Materialism, through a bibliographical review, our objective in this work was to discuss the effects of the Capitalist Mode of Production on occupational therapies practices, and, mainly, to advance in the understanding of a subject inseparable from his doing, conceptualizing the activities used by OT as devices of subjectivation and health production.Keywords: Capitalism, Subjectivity, Occupational therapy Resumen El hombre es el único ser capaz de producir más allá de las necesidades físicas, él puede engendrar un proceso productivo dirigido por la ética del deseo, entonces, haciendo atividades el hombre construye su existencia material y subjetiva, para Marx, esta es una actividad vital que proporciona la generalidad humana. La Terapia Ocupacional (TO) opera con las diversas actividades que componen la producción humana, actividades de vida diaria, de vida práctica, entre otras. A partir de las contribuciones del Materialismo Histórico, por medio de revisión bibliográfica, nuestro objetivo en este trabajo fue discutir los atravesamientos que las prácticas de TO sufrieron dadas las injunciones del modo capitalista de producción, y, sobre todo, avanzar en la comprensión de un sujeto inseparable de su hacer, conceptuando las actividades utilizadas por la TO como dispositivos de subjetivación y de producción de salud.Palabras clave: Capitalismo, Subjetividad, Terapia ocupacional
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