A sociedade tecnológica digital demanda sujeitos e saberes que cooperem mutuamente para resolver problemas complexos neste mundo de acesso quase imediato à informação. Nesse contexto, docentes e discentes do mestrado em Ensino na Saúde, de uma universidade pública, e do curso Técnico em Redes de Computadores, de um instituto federal, ambos cearenses, criaram o blog Saúde na Era Digital, objetivando educação em saúde para o público em geral. A interação virtual nele registrada foi submetida à análise de conteúdo e emergiram três eixos temáticos: uso equilibrado/apropriado das tecnologias de informação e comunicação (TIC); benefícios dessas tecnologias para a saúde; e seus prejuízos. Especificam-se aspectos positivos da experiência: variados recursos educativos no blog; rompimento dos obstáculos tempo/espaço; ambiente cooperativo de aprendizagem virtual; blog para aprendizagem; e ganho comunitário de educação em saúde pela integração graduação-pós-graduação-docência. Registra-se também a dificuldade de alguns usuários no manuseio dessas TIC que, pela experiência, se recomendam para práticas educativas atuais, contextualizadas e interdisciplinares.
O cuidado em saúde mental é permeado pela troca de saberes e pela corresponsabilização entre os diversos atores envolvidos nesse processo. O objetivo geral do estudo consistiu em descrever como se dá a relação entre a família e a equipe multiprofissional de um CAPS Geral da região metropolitana do Ceará, no que se refere ao cuidado compartilhado em saúde mental. A pesquisa teve natureza qualitativa, baseada nas técnicas de observação participante, com registro em diário de campo e de entrevistas semiestruturadas com dez sujeitos, dentre profissionais e familiares. O método Hermenêutico-Dialético alicerçou a análise dos dados. Constatamos, de uma forma geral, uma relação de respeito e de vínculo entre familiares e profissionais, e que estes sujeitos veem como importante a existência do cuidado compartilhado. Quanto à participação da família no serviço, percebemos uma baixa adesão ao grupo de família e uma maior frequência dos familiares como acompanhantes nos atendimentos individuais e nos momentos de crise. Identificamos ainda a legitimidade da relação entre o cuidado compartilhado e a autonomia do usuário.
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