Este artigo apresenta considerações parciais levantadas a partir de uma pesquisa de mestrado, que tem como objetivo problematizar como as juventudes contemporâneas são educadas pelos artefatos culturais das mídias digitais. Para isso, apresentamos, num primeiro momento, a perspectiva teórica a qual se filia esta investigação, os Estudos Culturais em Educação sob o viés pós-estruturalista. Em um segundo momento, buscamos ressaltar as juventudes contemporâneas enquanto um tempo alargado e plurifacetado. Por fim, discorremos a respeito da netnografia na pesquisa pós-crítica e buscamos ressaltar sua potência para as pesquisas em educação. Finalizamos essa narrativa demonstrando que a partir do estudo dos artefatos culturais é possível compreender a força da cultura da mídia na composição das identidades juvenis. Marcadores geracionais parecem esmaecidos frente à vivência das juventudes enquanto imperativo construído pela liquidez do tempo contemporâneo. Nesse sentido, o estudo dialoga com a possibilidade de que as juventudes parecem construir suas identidades no trânsito de universos culturais efêmeros, os quais educam e produzem sentidos na interlocução com as mídias digitais.
Este artigo tem como objetivo analisar o campo de atuação do Pedagogo em espaços de educação não-formal com foco na função de Mediador Cultural. A metodologia, de caráter qualitativo e documental, traz como objeto de coleta de dados os critérios utilizados pela 33ª Bienal de São Paulo 2018 – Afinidades afetivas, para a contratação de Mediadores Culturais. No desenvolvimento deste estudo, o termo Mediação Cultural é apresentado a partir de conceitos de ética e estética fundamentados em autores como Martins (2012a, 2012b), Gohn (2014), Duarte Jr. (2010), Bauman (2001), Hernández (2009), entre outros. O trabalho do Mediador Cultural requer interação, diálogo, troca, algo cada vez mais difícil na sociedade, denominada por Bauman como modernidade líquida. Parte-se, então, do pressuposto de que a Educação tem função social e política e, nesse cenário, é preciso afastar a inércia e a frieza relacional, buscando uma titude de mestre emancipador, conforme nos indica Rancière (2013). Assim sendo, este texto apresenta a Mediação Cultural como possibilidade para abranger circuitos em potencial para o desenvolvimento de relações de afeto e de atitudes ético-estéticas, esperadas no campo educacional.
Resumo: O presente trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado na qual foi discutida e problematizada a construção das juventudes contemporâneas. O aporte teórico está inscrito no campo dos Estudos de Gênero e dos Estudos Culturais pós-estruturalistas. A partir do movimento metodológico da netnografia entendeu-se a linguagem como processo central nas cenas publicitárias da campanha "Fanta -Leva na boa". O estudo coloca em tensionamento o modo como se movimentam normas, definições e compreensões a partir da construção de uma identidade descolada e alto astral produzida pela Fanta. A participação ativa de jovens nas redes sociais se mostrou a principal estratégia para efetivação do consumo e nesse cenário diferentes roteiros foram construídos para vivências jovens, os quais acionam efeitos de sentido sobre comunicação digital, gênero e relações sociais. Palavras-chave: Juventudes. Estudos de Gênero. Estudos Culturais. Abstract:The present work is part of a master's research in which the construction of the contemporary youths was discussed and problematized. The theoretical contribution is inscribed in the field of Gender Studies and post-structuralist Cultural Studies. From the methodological movement of netnography, language was understood as the central process in the advertising scenes of the "Fanta -Leva na boa" campaign. The study puts in tension the way norms, definitions and understandings move from the construction of a cool and overly happy identity produced by Fanta. The active participation of young people in social networks was the main strategy to make consumption effective, and in this scenario, different scripts were constructed for young people, which have effects on digital communication, gender and social relations.
A partir dos trechos extraídos do programa de televisão Troca de Estilos e das contribuições dos Estudos Culturais em Educação sob a perspectiva teórica pós-estruturalista, buscamos analisar o exercício de pedagogias culturais que atuam educando mulheres, regulando suas condutas e operando sobre seus corpos por meio de discursos veiculados nesse artefato cultural. Finalizamos o artigo com reflexões e questionamentos que possibilitam repensar algumas “verdades” naturalizadas e que podem ser desconstruídas e/ou ressignificadas de modo a instigar os sujeitos a pensarem sobre as diferenças para além do corpo e do estilo vigente da moda.
A sociedade contemporânea vive um tempo marcado pela presença das redes sociais. A valorização dada aos recursos disponibilizados nestas mídias é cada vez mais expressiva na comunicação entre as juventudes. Neste artigo analisamos as falas de 19 jovens entre 14 e 36 anos da região Sul do Brasil, os quais permaneceram durante duas semanas no grupo Fala Gurizada, organizado no aplicativo móvel WhatsApp. Os interlocutores teóricos estão inscritos no interior dos Estudos Culturais em Educação e dos Estudos da Comunicação. No que se refere aos aspectos metodológicos, trabalhou-se com a netnografia de inspiração pós-crítica. A partir da atitude netnográfica foi possível a problematização de temáticas emergentes, tais como a arquitetura das relações nas redes sociais e a segurança em territórios digitais.
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