Resumo Este artigo se debruça sobre recentes movimentos, constituídos nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, que constroem uma narrativa em que performances e instalações vêm ganhando espaço dentro e fora das instituições como formas de atuação política, num crescente processo de “artificação” da esfera pública e politização da arte. Argumentamos que o fracasso da fusão arte e vida tão debatido por Peter Bürger parece ter novos desdobramentos. Mais do que a crítica política à instituição, o que parece estar em jogo é a incorporação da política como terceiro termo capaz de efetivamente conferir novo lugar à arte na esfera pública. Ações artísticas estão sendo incorporadas pelos militantes nas ruas e ações políticas estão sendo apropriadas pelas instituições museais. Dessa forma, nossa hipótese é de que em junho de 2013 inaugura-se no Brasil um movimento de transformação da experiência artística em elemento político.
O cotidiano como utopia: novas relações de espaço e tempo no mundo da arte contemporânea The daily life as utopia: New relations of space and time in the world of contemporary art
ResumoEste capítulo aborda questões que permeiam a historiografia dos coletivos de arte no Brasil de modo a mostrar as possíveis contaminações desses grupos em outras esferas do mundo da arte, tais como a curadoria e a gestão de museus. Para isso, realiza-se uma retrospectiva das principais fases que marcaram esse percurso, abordando mitos de origem e momentos-chave pertencentes ao processo de consagração dos coletivos ao longo das últimas décadas. Em seguida, destaca-se a relação entre as transformações urbanas recentes e o crescimento desses grupos. Depois, discute-se a influência do contexto político nas supracitadas contaminações. Por fim, analisa-se de modo mais amplo a autoria colaborativa na sociedade contemporânea.
Os coletivos de artistas surgem na arte contemporânea brasileira na década de 1990, e assim passam a realizar suas intervenções artísticas, ou performances, no espaço público e também em espaços expositivos fechados, dentro dos chamados “cubos brancos”. Percebendo que a relação entre os coletivos de artistas e a poética performática se tornou solidificada ao longo da institucionalização destes grupos , foi possível, estudando suas ações, desenvolver questões que mostram como esta relação permeia aspectos e questões sobre arte , corpo e política. Palavras chave: Coletivos de artistas. Performance. Corpo. InstituiçãoIn collective performance: some relationships between art, politics and bodyAbstractThe collective of artists emerge in brazilian contemporary art in the 1990s, and thus begin to carry out their artistic interventions and performances in public space and also in closed exhibition spaces named also as "white cubes". Realizing that the relationship between collective of artists and the performative poetics became solidified along the institutionalization of these groups, it was possible by studying their actions, develop questions that show how this relationship permeates aspects and issues about art, body and politics.Key words: Collective of artists. performance. body. instituton
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.