RESUMO: A juvenilização é um processo que atinge há décadas a Educação de Jovens e Adultos (EJA), impondo desafios de diferentes ordens. O trabalho propõe entender como uma professora de Ciências desenvolve sua prática curricular em face da presença dos jovens. Ele se apoia em autores do campo do currículo, como Sacristán e Arroyo e constrói seu contexto de inteligibilidade, se movendo metodologicamente a partir da realização da história oral de vida e de observações de inspiração etnográfica às aulas da EJA. O trabalho conclui que os educandos centralizam a preocupação da professora no sentido de garantir seu interesse, aprendizagem e até mesmo presença na escola. Todavia, isso não significa que as juventudes se manifestam no fazer curricular como princípio estruturador. Há uma tensão em jogo que o estudo procura caracterizar.
RESUMO: O presente trabalho, fundamentado na pesquisa-ação colaborativa e na pesquisa (auto)biográfica, foca as experiências formativas das autoras no Projeto de Ciências de um Programa de Residência Docente (PRD), tendo como objetivos: analisar os saberes que essas experiências possibilitaram produzir; elencar seus impactos sobre a formação e a construção da identidade docente e identificar as condições do PRD que favoreceram a construção dos saberes profissionais. Utilizando-se como metodologia a Análise do Discurso as três narrativas apontaram o início da carreira como etapa de intenso aprendizado, de transformações nas identidades profissionais e de condições de trabalho desfavoráveis. Relacionamos as alterações nas políticas curriculares sobre as licenciaturas à ampliação da formação pedagógica e experiencial dos professores. Caracterizamos a participação no PRD - Ciências como palco para o desenvolvimento da codocência e da pesquisa sobre a práxis, para a construção de diferentes saberes profissionais e para o desenvolvimento da identidade docente das autoras, enquanto professoras-pesquisadoras-autoras.
Atualmente a visão de Ciência como saber superior reforça o seu status hegemônico também dentro da escola. Contudo como ensinar ciências de forma que esse aprendizado seja relevante para a vida do estudante e contribua para a convivência em um mundo de tão vasta diversidade cultural? Defendemos, juntamente com autores da área, que o saber escolar deve se ocupar de ampliar a visão de mundo dos estudantes, fazendo-os perceber as diferentes formas de produção de conhecimento a que a humanidade dispõe. Com isso, o presente trabalho tem a intenção de discutir os impactos da visita às comunidades quilombola e caiçara, da Reserva Picinguaba - SP, sobre as concepções de saberes tradicionais dos alunos do 3° ano do Ensino Médio. Para tanto, questionários foram aplicados antes e após a viagem e posteriormente submetidos à análise de conteúdo. Foi possível perceber que após a visita os alunos conseguiram ampliar em suas respostas as razões dadas à importância dos saberes tradicionais. Um indicativo da ampliação de suas próprias visões de mundo.
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