Resumo O presente artigo analisou o sistema de referência e de contrarreferência de uma rede de atenção aos usuários de drogas a partir da Análise de Redes Sociais (ARS). Trata-se de uma pesquisa de corte transversal realizada no município de Juiz de Fora, em Minas Gerais, com profissionais dos serviços de tratamento aos usuários de drogas. Os dados foram coletados por meio de questionário sobre as relações de referenciamento e de contrarreferenciamento de usuários entre os serviços da rede. Para a análise dos dados a partir da ARS, utilizou-se o software Gephi, extraindo as seguintes métricas: centralidade de grau e centralidade de intermediação. Os resultados indicaram uma maior prevalência de referenciamento em detrimento da contrarreferência, com uma centralização nos serviços especializados, de média e alta complexidade, e nos de urgência/emergência. Espera-se demonstrar as potencialidades da ARS na compreensão de redes organizacionais e influenciar a realização de novas pesquisas que visem compreender as diferentes realidades assistenciais aos usuários de drogas no contexto nacional e internacional.
O presente estudo realizou um levantamento e análise da rede de atenção aos usuários de drogas de Juiz de Fora, Minas Gerais. Os procedimentos utilizados foram: 36 entrevistas e coleta de informações sobre os serviços junto a gestores/profissionais e em bases de dados. Foram identificados 184 serviços assistenciais, sendo 114 do setor saúde, 16 da assistência social e 54 recursos comunitários. Apesar da heterogeneidade de dispositivos e abordagens, existe uma hegemonia de oferta de serviços não governamentais na assistência aos usuários de drogas. As seguintes conclusões são feitas: necessidade de ampliação da rede de atenção básica; implantação de mais Centros de Atenção Psicossocial em álcool e drogas; expansão da rede atenção psicossocial; reestruturação da atenção a mulheres, crianças e adolescentes; ampliação da rede de urgência e emergência; e maior distribuição dos serviços, principalmente os governamentais especializados. Palavras-chave: serviços de saúde pública; droga (uso); droga (abuso); saúde mental; políticas públicas.
O presente artigo objetiva refletir sobre as experiências de adolescentes em conflito com a lei em suas trajetórias pela rede de atendimento socioeducativo de um município de médio porte brasileiro. A pesquisa foi realizada com 07 adolescentes do gênero masculino, em cumprimento de Medida Socioeducativa (MSE), na modalidade de Liberdade Assistida (LA). Foram realizadas entrevistas narrativas, empregando-se o método de história de vida. Diferentes formas de violência foram relatadas no cumprimento da MSE de internação, como humilhações, vergonha e privações. As ações realizadas pela LA, por sua vez, podem favorecer a construção de projetos de vida que se configuram como uma alternativa à violência vivenciada. Compreender as experiências dos adolescentes pode contribuir para superarmos práticas que se perpetuam no cenário das MSE, e, ao mesmo tempo, fortalecer o cuidado preconizado pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
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