Resumo O texto discute gestões de risco para o HIV no sexo anal desprotegido (SAD) realizadas por homens que fazem sexo com homens (HSH). Está embasado na análise de 25 entrevistas com enfoque biográfico com HSH e observação participante na comunidade gay do Recife. Os homens utilizam a soroescolha: SAD com parceiros de mesma sorologia. Além da testagem, são empregados outros indicadores para inferir a condição sorológica negativa. Estilizações corporais, nuançadas pelos vínculos com os parceiros, produzem emoções que medeiam o SAD. Dada a precariedade dos indicadores utilizados, os homens recorrem muito ao teste anti-HIV. Este acontece após a exposição ao risco, como um ritual reparador para o drama do sexo desprotegido, mas sem eficácia preventiva individual.
Resumo O artigo apresenta resultados de pesquisa etnográfica na comunidade gay do Recife (PE), realizada por meio de observação participante e entrevistas. Objetiva compreender condutas sexuais de risco de homens que fazem sexo com homens (HSH) ao HIV, focando os sentidos das posições sexuais no intercurso anal — receptivo (IAR) e insertivo (IAI). Praticantes de IAR desprotegido são sujeitos a maior risco de infecção que praticantes de IAI. Os que praticam ambos, IAR e IAI, são elos amplificadores (maiores chances de receber e passar o vírus) nas cadeias de transmissão. O texto aborda as categorias êmicas, relacionadas com as identidades de gênero — pintosa (gay feminino), boy (gay masculino) e cafuçu (HSH e com mulheres, não gay, masculino, classe popular) — e com as identidades sexuais — ativo (IAI), passivo (IAR) e versátil (IAI e IAR) —, nos modos como significam as posições sexuais e produzem atração sexual. Os homens masculinos são os sexualmente desejados. Boys tendem a se relacionar com boys, e pintosas, com cafuçus. Há expressivo número de versáteis, o que amplia o risco coletivo dentro da comunidade gay. Por meio das relações entre pintosas e cafuçus, pode existir um caminho propício para o vírus circular mais entre a comunidade gay e a sociedade mais ampla.
Este estudo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática das pesquisas publicadas no Brasil sobre bullying escolar entre os anos de 2015 e 2019. Buscando analisar o que tem sido produzido sobre o tema e contribuir para a expansão dos estudos na área, diante dos altos índices dessa violência no contexto escolar brasileiro. Bullying refere-se a comportamentos intencionais e repetitivos de caráter agressivo na relação entre pares. Para a busca eletrônica, foram pesquisados artigos publicados nas bases de dados SciELO, PEPSIC e LILACS, utilizando como descritores as palavras-chave bullying e escola. Considerando os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 39 artigos para análise. As publicações foram analisadas em relação à autoria, data de publicação, objetivos, número de participantes, estado onde foi realizado a pesquisa, idade dos participantes, resultados, discussão e foco de análise. Os resultados reforçam a predominância de estudos descritivos e correlacionais, vinte e nove eram de cunho nomotético e buscaram a generalização de dados para a caracterização da incidência e perfil dos envolvidos. Apenas cinco estudos relataram programas de intervenção nas escolas, e dois realizaram estudo de casos. Somente três pesquisas acessaram crianças a partir dos 8 anos. Concluímos que há poucos estudos com foco na dinâmica relacional do bullying, especialmente do ponto de vista das testemunhas, e com foco investigativo no período da infância. Reconhecer os mecanismos que sustentam uma situação de bullying facilitam a produção de estratégias de enfrentamento e prevenção na escola. É necessário produzir novas metodologias para acessar as nuances do bullying escolar.
<p>Este artigo apresenta um estudo de caso realizado durante o estágio curricular no setor de Psicologia da maternidade do Hospital Agamenon Magalhães, Pernambuco. O caso foi de Valentina, gestante de alto risco, devido à um sopro cardíaco. O adoecimento durante a gestação restaurou um luto complicado em relação à suas figuras maternas, a mãe e avó que morreram em situações parecidas, instaurando um medo de não sair com vida do hospital. A Psicanálise foi utilizada como método para resgatar a subjetividade dos pacientes dentro do contexto hospitalar, possibilitando um escuta qualificada e novas formas de elaborar o sofrimento psíquico. Como resultado das intervenções, na medida em que a relação terapêutica mesmo que breve foi construída, estabeleceu um setting terapêutico na postura do analista independente do ambiente de atendimento, permitindo que revisitasse o luto com segurança e ressignificasse a internação.</p>
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