Este artigo busca discutir a função de pseudônimos e heterônimos nos gêneros discursivos reportagem e crônica – ambos da esfera jornalística. Por meio da reflexão semântico-funcional usual dos alônimos citados (nomes não oficiais) relacionada à privacidade autoral ou à viabilidade estético-discursiva chegamos à Circunspecção do onoma heteróclito, fenômeno onomástico que transforma o ortônimo – nome civil – em tabu, mitificando-o. Para detalharmos esse fato socioonomástico que recupera crenças onomástico-primitivas de que o nome corresponde à essência do nomeado e discutirmos suas consequências para a relação autor/leitor na esfera jornalística, valer-nos-emos de considerações de Biderman (1998), Amaral (2011) e Guérios (1956) aplicáveis ao uso de um pseudônimo e um heterônimo de destaque no contexto jornalístico em Língua Portuguesa, respectivamente Cid Martins, jornalista brasileiro do jornal Zero Hora, e António Sousa Homem, cronista português do jornal Correio da Manhã.Palavras-chave: Antroponomástica. Pseudônimos. Heterônimos. Jornalismo.
Este artigo busca descrever o contexto atual das pesquisas em Onomástica Ficcional no Brasil, bem como ilustrar corpus inexplorados que seriam gratos à pesquisa contemporânea na área. Considerando as pesquisas do Léxico, a Onomástica Literária (ou Onomástica Ficcional) nos domínios científicos luso-brasileiros, ainda é uma disciplina em ascensão, cujos pressupostos teóricos – transformados ao longo de sua origem – precisam ser revisitados, restabelecidos e constantemente aplicados em corpus de linguagens ficcionais diversificadas. De acordo com Altman (1981), a Onomástica Literária seria uma especificidade do Criticismo concentrada nos níveis de significação do nome na Literatura; passados quase quarenta anos, Eckert e Röhrig (2018) e Camargo (2018) têm demonstrado em solos brasileiros que a Onomástica Literária não apenas auxilia na Análise Literária como possibilita meios de comparação da função e status do signo onomástico em sociedade e nas mais diversas linguagens ficcionais, contribuindo, pois, para a percepção de fenômenos sócio-onomásticos, estético-ficcionais e identitários.
A temática da decadência em “Os Buddenbrook”: decadência duma família” é explícita: materializa-se enquanto subtítulo da obra literária. Em “Os Maias”, repete-se a estrutura essencial do título anterior, focalizando-se um nome de família. Sabe-se, entretanto, de antemão, que o enredo contemplado pelo romance de Thomas Mann perpassará por episódios cujo desfecho está no desnodar decadente das gerações da família Buddenbrook, o que, ainda que não explícito, repete-se na obra de Eça de Queirós. Para concretizar de forma estética a temática pretendida, ambos os autores focalizam cada geração das famílias ficcionais, desnudando dialeticamente pensamentos e papeis sociais. Desse desnudamento, um traço se mostra compartilhado por quase todas as personalidades: a preocupação para com a perpetuação do nome da família; fardo que pressagia a total extinção de ambos os antropônimos. A fim de demonstrar a relação da nomeação com a temática da decadência familiar, este artigo propõe um diálogo entre a Literatura Comparada e a Antroponomástica Ficcional – estudo dos nomes ficcionais – e situa o processo da despersonalização subjetiva do nome de família para a concretização do ápice da decadência: o desparto social do nome.
Este estudo transdisciplinar focaliza a gestão da marca (branding) Magazine Luiza/Magalu a partir de uma revisitação histórica: da origem da empresa ao paradigma pandêmico associado à Covid-19. Propomos um diálogo com a área da Publicidade pela ótica da Onomástica – estudo dos nomes próprios, bem como nos apoiamos nos estudos semióticos e da identidade quanto à interpretação do signo publicitário e das estratégias de consolidação de marcas. Com base na relação entre a construção identitária da marca Magalu e as questões onomínicas e semióticas envoltas em tal processo subjetivo, perguntamos qual mensagem emotiva advém da mudança gradual do nome da marca (oniônimo) de Magazine Luiza para Magalu e quais são – se presentes – as relações desse fenômeno ao aperfeiçoamento digital e à humanização da personagem Lu: ícone da empresa. Quanto à análise interpretativista dos significados fenomenológicos, a hipocorização presente no novo oniônimo (nome comercial) e a interação sociodigital intimista empreendida pela personagem Lu mostraram agregar afetividade ao signo sociocultural da empresa, tal qual propor indícios da possibilidade de ascensão de uma nova identidade publicitária, a que chamamos “pós 4.0”: marcada pelo devir identitário oriundo da horizontalização das marcas e das infiltrações do meio digital.
RESUMO Os topônimos têm funções linguísticas de referenciação/identidade essenciais à organização socioantropológica. Essas funções intrínsecas à linguagem ordinária ampliam-se quando tais onomas são transfigurados para a linguagem literária, podendo estes se tornarem instrumentos essenciais à percepção estética que rege a orquestra ficcional. Com base nesse contexto, este artigo propõe discutir enquanto recorte necessáriodois fenômenos discursivo-toponímicos atestados na dissertação Nomes próprios no romance contemporâneo o Berro do Cordeiro em Nova York: um estudo onomástico exploratório, respectivamente: as funções de catalisador discursivo subjetivo e de acelerador discursivo dos topônimos, ambas aqui tratadas enquanto estratégias textuais que contribuem para o arranjo específico das estéticas diaspóricas contemporâneas (Bolãnos, 2010): a carnavalização espacial e identitário-cultural. PALAVRAS-CHAVE Toponímia Literária; estéticas diaspóricas; Tereza Albues; O berro do Cordeiro em Nova York.
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