Resumo Este artigo visou contribuir para a historicização da violência de gênero no Brasil por meio da análise de casos de crimes passionais presentes nas páginas do periódico Arquivos do Manicômio Judiciário do Rio de Janeiro na década de 1930, momento em que tais crimes ganharam contornos de problema social com a efervescência do debate público a seu respeito. Assim, por meio de laudos psiquiátricos, jurisprudência e pareceres do Conselho Penitenciário do Distrito Federal publicados no periódico, o texto analisa a reificação e a naturalização da violência contra as mulheres no âmbito da psiquiatria forense do Rio de Janeiro (RJ) e o embate desta com outros posicionamentos.
Parte de uma pesquisa sobre o debate médico-criminológico no Brasil dos anos de 1930 e 1940, esta nota de pesquisa analisa alguns usos e críticas, entre certos juristas de importante atuação na cidade do Rio de Janeiro nos anos 1930, de argumentos de natureza psiquiátrica e criminológica. Tais magistrados, nesse contexto, tenderam a ter significativa erudição psiquiátrica e criminológica, apesar de toda heterogeneidade, pluralidade e diferenças de perspectivas existentes entre eles. Selecionamos dois espaços principais para análise da atuação desses juristas: o Tribunal de Apelação do Distrito Federal e o Tribunal do Júri.
Resumen Esta nota de investigación expone perspectivas metodológicas, fuentes documentales, inscripción historiográfica y reflexiones que surgen de la investigación en curso, titulada “Del Hospício de Pedro II al Hospital Nacional de Alienados: cien años de historias (1841-1944)”. Un grupo de investigadores y estudiantes asociados al proyecto han analizado la historia de la primera institución psiquiátrica de Brasil en el periodo comprendido entre la segunda mitad del siglo XIX y mediados del siglo XX. También están comprometidos con el ideal de contribuir a la organización y conservación de los fondos documentales de esta institución. Aquí presentamos el carácter innovador del proyecto, especialmente por sus perspectivas metodológicas en combinación con enfoques de preservación de documentos históricos.
Este artículo analiza la historia de Carletto, considerado uno de los más famosos criminales de Brasil de la Primera República. Sospecho de alienación mental antes de ser juzgado, pasó por minucioso examen psiquiátrico. Tomamos la historia de Carletto como puerta de entrada para comprender los saberes articulados en la práctica psiquiátrica-forense vigente en la ciudad de Río de Janeiro del período. Concluimos que la construcción de la figura de Carletto como criminal peligroso y no un enfermo mental irresponsable se relaciona, por un lado, en el entrecruzamiento de los discursos psiquiátricos con las imágenes de Carletto en el imaginario popular, y, por otro, con los límites y ambigüedades del degeneracionismo.
Rafael Huertas García Alejo é um dos principais historiadores da psiquiatria em âmbito mundial. Com produção vasta, é reconhecido pela relevância epistemológica e política dos seus trabalhos. Formado em medicina, fez-se historiador. Atualmente é chefe do Departamento de História da Ciência do Instituto de História do Centro de Ciências Humanas e Sociais (Madri). Para o conjunto de estudiosos da história da psiquiatria, Huertas é, ao menos nos últimos 15 anos, referência obrigatória. Suas orientadoras análises teórico-metodológicas têm sido nortes fundamentais. Nesse ponto, destaca-se a defesa das potencialidades heurísticas do uso das "polifônicas" fontes clínicas no desenvolvimento de uma "história vista de baixo" da psiquiatria, tendo no horizonte a construção do campo de estudos da "história cultural da subjetividade" (p. 267). Este rumo historiográfico é seguido no último capítulo de Otra historia (cap. 8).
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