ResumoAs primeiras turmas de sanitaristas formadas no Brasil em nível de graduação foram concluídas a partir de 2012. Desde então, os egressos e sanitaristas comprometidos com essa formação têm sentido a necessidade de ampliar suas reflexões e os debates acerca da profissionalização na saúde pública/ coletiva, coadunando uma série de debates que se instalou na área desde as primeiras ideias sobre a formação de sanitaristas. Este estudo teve como objetivo realizar um levantamento nacional dos egressos da graduação em saúde coletiva no Brasil. A coleta de dados foi realizada por meio de questionários autopreenchidos em ambiente virtual. Por se tratar de uma graduação nova no campo das graduações da área da saúde, esses trabalhadores da saúde gradativamente vêm exercendo atividades profissionais que merecem destaque por ocuparem esses espaços em tão pouco tempo, reconfigurando, talvez, o cenário do cotidiano do trabalho dos serviços de saúde e qualificando as redes de atenção à saúde. Por fim, mantém-se a demanda para novos estudos que acompanhem a criação de novos cursos, potencializando os encontros e criando vínculos reais com os egressos de saúde coletiva com suas universidades.
A prevenção combinada ao HIV junto a jovens em festas nas periferias da
Resumo Tendo em vista a relevância do impacto da pandemia de covid-19, este ensaio estabelece como reflexão o racismo ambiental e a saúde no estado do Piauí, no sentido de contribuir para o efetivo desenvolvimento de informações que possam servir de diretrizes para ações de prevenção mais eficazes. Visamos compreender o racismo ambiental como processo relacionado às desigualdades, mas, também, na operatória da política pública de definir os grupos prioritários para a manutenção de sua saúde, além de colocar em questão quais estratégias devem ser construídas para garantir a saúde desses grupos vulneráveis. Assim, a quebra dessa realidade para que sejam alcançados benefícios deve acontecer a partir da mudança de postura do Estado e da sociedade como um todo.
Objetivo: Apresentar uma proposta de linha de cuidado para saúde mental na rede de atenção à saúde de dois distritos da região sul paulistana. Método: Reuniu-se como um grupo único de trabalho, sete serviços, dentre eles quatro da atenção primária à saúde e três serviços da especialidade (atenção secundária). Foram realizados 18 encontros para discussão, leitura de conteúdo e alinhamentos sobre o tema, visando atender as necessidades de saúde mental do território. Resultados: Através da enunciação dos níveis de atenção à saúde, ações e intervenções de saúde, itinerário do paciente e articulação da rede de atenção à saúde mental na linha de cuidado integral, indicar a proposição de um documento técnico parametrizador e uma matriz para acompanhamento de indicadores de qualidade. Conclusão: A linha de cuidado foi criada considerando os aspectos assistenciais, epidemiológicos e gerenciais da saúde mental, especialmente no fortalecimento da promoção da saúde, prevenção e diagnóstico precoce.
Objetivo foi avaliar a aplicação e implementação da gestão clínica pelo kanban nos serviços hospitalares de emergência (SHE). Mé-todo: Revisão sistemática qualitativa com metassíntese. A coleta de dados foi realizada nas seguintes fontes de informação: Web of Science, Scopus, CINAHL, PsycoInfo, Embase, Eric, Pubmed (inclu-ded Medline), Lilacs, ScienceDirect, Google Scholar. Foram utiliza-dos os seguintes descritores: pessoal de saúde; health personnel; assistência integral a saúde; patient care team; continuidade da assistência ao paciente; quality improvement; assistência centra-da no paciente; healthcare; guia de prática clínica; lean thinking; qualidade da assistência a saúde; lean management; serviço de emergência hospitalar; hospital/hospital logistics; emergency medi-cal services. Foram incluídos artigos em inglês, português e espa-nhol, publicados entre 2008 e 2016. Utilizaram-se as ferramentas de análise de qualidade metodológica de pesquisas qualitativas e extração de dados padronizadas do JBI-SUMARI. A categorização dos achados foi realizada com base em semelhança de significado e as categorias foram agregadas em sínteses. Resultados: 22 arti-gos foram incluídos, analisados e agregados em oito categorias e três sínteses. O kanban aparece enquanto ferramenta relacionada ao lean thinking nos SHE. A implementação do lean thinking deve ser mais explorada nos serviços de emergência, com foco na sus-tentabilidade, tempo de cuidado e satisfação do usuário.
Introdução: O autoteste de vírus da imunodeficiência humana é uma das tecnologias da chamada prevenção combinada, em que, diferentemente dos procedimentos tradicionais de testagem, o próprio usuário é quem faz o teste, sem auxílio de um profissional. Objetivo: Analisar os dados de distribuição do autoteste de vírus da imunodeficiência humana na Rede Municipal Especializada de infecções sexualmente transmissíveis/aids entre 2019 e abril de 2021. Métodos: Os dados foram coletados no Sistema de Avaliação e Monitoramento dos Projetos com Organização da Sociedade Civil para gerar um relatório geral de distribuição desse insumo entre 2019 até abril de 2021, considerando as variáveis raça/cor, órgão genital de nascimento, identidade de gênero para a análise dos resultados. Resultados: Entre 2019 até abril de 2021, foram distribuídos 52.731 autotestes de vírus da imunodeficiência humana na cidade de São Paulo (SP). Desses, 21.945 foram considerados para a análise do perfil de distribuição. Foi possível observar que 11.238 (50%) se autodeclaram brancos e 10.707 (47%) negros, agregando pretos e pardos; 70% autoafirmaram que nasceram com pênis, 29% com vagina e 1% com pênis e vagina; 66% eram homem cis, 29% mulheres cis, 3% mulheres trans, 1% travestis e 1% homens trans. Conclusão: O autoteste é uma estratégia de prevenção para o enfrentamento do vírus da imunodeficiência humana/aids na cidade de São Paulo (SP), uma vez que contribui para a diminuição das barreiras de acesso aos serviços. No entanto, o acesso de mulheres trans, travestis e homens transexuais permanece como desafio, já que as vulnerabilidades individuais, sociais e programáticas dessa população influenciam, também, o acesso às estratégias de prevenção combinada.
Introdução: Articuladores/as de prevenção são lideranças cisgêneros e/ou transexuais que atuam em coletivos culturais nas periferias de São Paulo (SP) com a premissa de ampliar o acesso às estratégias de prevenção combinada ao vírus da imunodeficiência humana junto a seus pares. Objetivo: Relatar a experiência do processo de trabalho de articuladores/as de prevenção realizado pela Coordenadoria de Infecções Sexualmente Transmissíveis/Aids da cidade de São Paulo. Métodos: Trata-se de um relato de experiência com o propósito de produzir uma descrição do processo de trabalho de articuladores/as de prevenção, permitindo, assim, uma análise dos/as autores/as que participaram da construção dessa estratégia. Resultados: O trabalho com articuladores/ as de prevenção tem sido realizado desde o final de 2018 por meio de testagem rápida extramuro de vírus da imunodeficiência humana, indo a campo para oferecer o teste de vírus da imunodeficiência humana para ampliar o cardápio de prevenção de jovens, negros, LGBTQIA+ de periferias em relação ao acesso a profilaxia pós-exposição, profilaxia pré-exposição, autoteste de vírus da imunodeficiência humana e tratamento para infecções sexualmente transmissíveis e vírus da imunodeficiência humana. Ações de testagem realizadas nos saraus, slams, fluxos de funk, comunidade ballroom, rolêzinhos permitiram produzir uma estratégia de prevenção demandada por esses grupos. Quantitativamente, mais de 25 testagens extramuros foram realizadas de 2018 a 2020, contabilizando 4.058 testes com positividade de 1,9% em relação a 0,4% da população geral. Ainda, mais de 0 agentes de prevenção foram cadastrados nos anos supracitados, além de 8 articuladores/as em campo. Conclusão: A Coordenadoria de Infecções Sexualmente Transmissíveis/Aids construiu uma estratégia exitosa de articulação com jovens, negros, LGBTQIA+ de periferia, congregando uma resposta social e programática da epidemia de vírus da imunodeficiência humana alinhada com outros espaços de produção da vida dessas populações.
Introdução: Atualmente, a Rede Municipal Especializada da Coordenadoria de Infecções Sexualmente Transmissíveis/Aids da cidade de São Paulo é organizada em nove Centros de Testagem e Aconselhamento e 17 Serviços de Atenção Especializada (SAE). Esses serviços possuem como uma das funções ampliar o acesso ao tratamento de vírus da imunodeficiência humana. Objetivo: Analisar os dados de tratamento de vírus da imunodeficiência humana nos Centro de Testagem e Aconselhamentos da cidade de São Paulo (SP) entre 2019 e o primeiro trimestre de 2021. Os dados foram coletados no Sistema de Informação da Rede Municipal de Infecções Sexualmente Transmissíveis/Aids e no Sistema de Controle Logístico de Medicamentos para gerar um relatório geral do número, em dias de tratamento, após data de diagnóstico entre 2019 até o primeiro trimestre de 2021. Resultados: Em 2019, 611 pessoas receberam diagnóstico positivo para vírus da imunodeficiência humana nos Centros de Testagem e Aconselhamento. Desses, 119 iniciaram o tratamento em até 14 dias. No ano seguinte, 289 usuários de um total de 494 receberam o tratamento em 14 dias. No primeiro trimestre de 2021, 182 pessoas em um universo de 229 começaram o tratamento dentro de 14 dias. Ou seja, respectivamente, iniciaram o tratamento de vírus da imunodeficiência humana em até 14 dias nos Centros de Testagem e Aconselhamento municipais 19%, em 2019, 58%, em 2020, e 82%, em 2021. Conclusão: Os Centros de Testagem e Aconselhamento, como parte da rede de serviços da cidade de São Paulo, têm qualificado o acesso das populações mais vulneráveis ao vírus da imunodeficiência humana em relação ao tratamento de vírus da imunodeficiência humana, disponibilizando a medicação em tempos hábil, aumentando, assim, a qualidade de vida das pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana e podendo alcançar a indetectabilidade e a instramissibilidade brevemente.
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