As dinâmicas territoriais inclusivas socioeconômicas e ambientais podem ocorrer por meio de oficinas de capacitação. Essa técnica foi aplicada para os catadores de materiais recicláveis na cidade de Matinhos-PR em duas associações, em conformidade com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, Lei Federal nº 12.305, de 2010. A gestão integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos tem sido um desafio para os administradores públicos e para os catadores. É uma tarefa complexa e exige capacitação técnica, social, ambiental e humana. A Lei Federal nº 8.666/1993 dispensa a licitação municipal para contratação de organizações de catadores de baixa renda. Porém, vulneráveis às decisões dos políticos, esses trabalhadores poderiam lidar melhor com suas tarefas e negociações se fossem constantemente capacitados por profissionais interdisciplinares. O objetivo do trabalho foi apresentar as dinâmicas territoriais de capacitação para catadores e catadoras estimuladoras de experiências inclusivas, reconhecimento e respeito. As oficinas promoveram para eles escolhas, diálogos, sentimento de pertencimento, valorização de novas oportunidades, diversidade e trocas de saberes. A metodologia, de natureza qualitativa, explorou aspectos de observação participante, de pesquisa-ação e de roda de conversa. Acredita-se que as dinâmicas territoriais dos resíduos recicláveis são desiguais, porque falta empoderamento, infraestrutura, associativismo e organização dos trabalhadores, políticas complementares com investimentos e estratégias de inclusão. No território, os catadores e as catadoras não são vistos pela população como trabalhadores organizados em associação ou cooperativa, na medida em que materiais descartados diariamente são misturados e inutilizados para a reciclagem. Consequentemente, reduzem-se as condições de ganho e de protagonismo deles.
Trabalhar questões de sustentabilidade no meio urbano é um dos grandes desafios da atualidade. Uma das formas de se alcançar metas deste porte é por meio da inserção de tecnologias sustentáveis no setor de transporte público. Pode-se citar exemplos como o uso de biocombustível em substituição aos combustíveis fósseis e também a adoção de ônibus elétrico híbrido. Substituições deste tipo vem sendo realizadas no transporte coletivo da cidade de Curitiba, Paraná, que tem sido pioneira neste tipo de gestão e que possui 1,7 veículos por habitante. Sendo assim, a proposta do artigo é questionar em que medida estas ações contribuem para a sustentabilidade do planeta. Para isto foi feita a quantificação de emissões dos veículos que compõem a frota de ônibus da cidade no período de um ano, com avaliação de testes de opacidades e emissões de Gases do Efeito Estufa [GEE]. No período, o setor de transporte público foi responsável pela emissão de aproximadamente 200.000 toneladas métricas de CO2 eq. O uso de biodiesel no transporte público de Curitiba evitou a emissão de aproximadamente 10.000 toneladas métricas de CO2. Os resultados dos testes de opacidade indicaram que o modelo híbrido operando a B100 emite cerca de 93% menos fumaça preta. Verificou-se que existe uma contribuição significativa por parte da cidade para reduzir a emissão de GEE. Pela análise econômica, se toda a frota da cidade de Curitiba fosse híbrida, com o total do volume de combustível utilizado, obter-se-ia uma economia de R$ 62.558.868,08, valor este que cobriria gastos com saúde pública advindos das emissões do transporte coletivo, por exemplo, de São Paulo, a cidade mais populosa da América do Sul.
Este trabalho teve como objetivo apresentar estudos que contêm abordagens de ferramentas que podem ser utilizadas para adaptação às mudanças do clima. A considerada a mais importante é aquela que trata da adaptação baseada em ecossistema (Abe), a qual utiliza os recursos da natureza como forma de adaptação às mudanças climáticas. O texto introduz as possibilidades de adaptação de ecossistemas baseado na interação homem-natureza e apresenta uma revisão da literatura sobre a produção do conhecimento baseada na temática de ferramentas para adaptação às mudanças climáticas. Foram selecionados artigos, teses e dissertações no portal de periódicos CAPES/MEC nos últimos vinte anos. Os estudos foram classificados por ano e pela pertinência do conteúdo. Dentre eles, destaca-se a publicação de 20 estudos sobre a temática. Após a leitura dos mesmos, somente 10 correspondiam ao foco do estudo proposto, e os demais não incorporavam o contexto das adaptações às mudanças climáticas. Somente um deles, publicado em 2014, trata especificamente da abordagem de adaptação baseada em ecossistemas. Os resultados ampliaram o escopo do estudo e introduziram novos aspectos a serem explorados no desenvolvimento e aplicação de ferramentas de adaptação às mudanças climáticas.
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