Atualmente vivemos envoltos em situações adversas que fazem com que as pessoas se sintam mobilizadas e, de alguma maneira, alterem suas rotinas e busquem novas estratégias de vida que podem remeter aos comandos do neoliberalismo e da mercantilização dos corpos. Nesse sentido, este artigo analisa a materialidade do neoliberalismo construído a partir da imagem do selfie, dos processos de leitura e do trabalho precarizado. Utilizamos como metodologia a pesquisa qualitativa interpretativa, com a contribuição, especialmente, dos autores Dardot; Laval (2016), Santos (2020), Oliveira; Sampaio (2018), Feitosa (2017), Pochmann (2016) e Antunes (2018), dentre outros. Os três aspectos apresentados se relacionam numa mesma perspectiva neoliberal, intensificada nos últimos anos pelo isolamento social, que mercantiliza os corpos numa relação de força e dominação. Os resultados dessa investigação interpretativa nos levam a práticas que, possivelmente seriam experimentadas como atos de liberdade e autonomia, contudo, camuflam tentativas de materializar e manter o controle dos indivíduos.
A linguagem e a mídia proliferam informações que se modificam a partir das relações sociais. Dessa forma, este artigo pretende tecer algumas reflexões de como a linguagem, em relação à mídia, pode influenciar nos processos de produção de sentido, tendo como instrumento de análise uma imagem selecionada que contém cinco selfies de pessoas de descendência asiática, segurando cartazes com os dizeres “Não sou um vírus” em diferentes idiomas. Para alcançar o objetivo, utilizamos como metodologia a abordagem qualitativa interpretativa, que possibilitou compreender a subjetividade que envolve o objeto de análise, considerando o momento histórico e social a qual surgiu. Como pressupostos teóricos, selecionamos Bakhtin (1997), Fischer (2001), Kilomba (2019), Pêcheux Gadet (1977;1998), Rajagopalan (2007), dentre outros. Os resultados interpretativos deste estudo, nos levam a refletir a influência da linguagem e da mídia na produção de sentidos, ocasionando impacto social e político, em uma rápida proliferação de informações.
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