A imobilidade produz alterações fisiopatológicas musculoesqueléticas que ocasionam deformidades e alterações posturais. Sem intervenção precoce, as alterações posturais afetam a qualidade de vida do idoso e predispõem ao aparecimento de doenças. Muitos idosos, por não terem famílias, ou condição estável, são institucionalizados. A institucionalização pode contribuir para a inatividade. Dessa forma, o presente estudo tem o objetivo de avaliar o posicionamento no leito e a mobilidade articular em idosos acamados de uma instituição de longa permanência (ILP). Para isso, realizou-se um estudo transversal analítico com quatorze idosos acamados de uma ILP de Vitória, Espírito Santo. Eles foram avaliados por meio de anamnese e exame físico. Foram investigadas deformidades e alterações posturais com um formulário estruturado para inspeção da coluna, membros superiores e inferiores. Os idosos acamados apresentaram idade de 81,1 ± 12,6 anos e tempo de institucionalização de 9,6 ± 6,0 anos. A maior parte deles (64,2%) apresentava alteração postural nos cotovelos, quadris e joelhos, que estavam em flexão. A sensação final de movimento estava normal em todas as articulações na maioria dos idosos. A articulação do ombro apresentou-se com limitação de movimento mais frequentemente (92,85%). Além disso, nas articulações de punho, quadril, joelho e tornozelo também existiam limitações. Sabe-se que as limitações do movimento articular podem ocasionar deformidades permanentes. O imobilismo, em idosos acamados residentes em ILP, é um fator causador das alterações do posicionamento e da mobilidade articular. Dessa forma, sugere-se que idosos acamados residentes em ILPs sejam estimulados frequentemente em relação às trocas de decúbito e recebam cuidado especializado para prevenção de deformidades articulares.Palavras-chave: Idoso. Saúde do idoso institucionalizado. Contratura. Amplitude de movimento. Repouso em cama.
Introdução: Existe uma escassez de programas sociais e de saúde voltados para a manutenção do idoso dependente, o que leva ao aumento do número de idosos institucionalizados e a um quadro precoce de demência e/ou depressão. Objetivo: Avaliar os efeitos da intervenção motora com tarefa dupla na cognição e presença de depressão nos idosos deste estudo e a aplicabilidade dos instrumentos Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e Avaliação Cognitiva Montreal (MoCA) na detecção de alterações cognitivas. Material e métodos: Foi realizado um estudo experimental com 33 idosos: 14 idosos realizaram os exercícios com tarefa dupla por 5 semanas e foram chamados grupo intervenção (GI); 19 idosos não participaram da intervenção e foram chamados grupo controle (GC). Os grupos foram avaliados pelo: MEEM, MoCA e Escala de Depressão Geriátrica (EDG). Resultados: Não houve diferença significante na função cognitiva dos idosos após a intervenção em nenhum dos dois grupos estudados. O GC apresentou na EDG escore acima de 5, indicando depressão. Foi constatada uma forte correlação entre a MoCA e o MEEM. Conclusão: A intervenção fisioterapêutica com tarefa dupla, durante 5 semanas, não foi suficiente para melhora cognitiva. O fato da presença de depressão no GC pode estar relacionada ao nível de atividade e socialização desse idoso. O MoCa mostrou-se um instrumento capaz de detectar comprometimento cognitivo leve, enquanto o MEEM foi um instrumento de mais fácil aplicação.Palavras-chave: idoso, instituição de longa permanência para idosos, fisioterapia, cognição.
Objective: To evaluate the relationship between handgrip strength (HGS), anthropometric parameters, perception of fatigue, and the distance covered in the 6-minute walk test (6MWD) in elderly people living in a long-stay institution (ILPI). Methods: Elderly people (n = 17; 77 ± 7 years) of both sexes, living in an LTCF in Espírito Santo, Brazil, participated in the study. Volunteers were evaluated using the 6-min walk test (6MWT), HGS, and Chalder's Fatigue Scale (EFC). Results: The means of the 6MWD (276 ± 81.6 m) and HGS (19.4 ± 10.5 Kg/f) of the elderly were below the predicted values. The 6MWD showed a moderate positive correlation with HGS (right r = 0.6; p = 0.008; left r = 0.5; p = 0.03) and with apex expansion (r = 0.5; p = 0.03), as well as a negative correlation with the body mass index (BMI) (r = -0.6; p = 0.01). Conclusion: In the environment of an ILPI, where there is a high prevalence of functional limitations and cardiovascular diseases (CVD) in the elderly, comprehensive health care is a complex challenge. Thus, knowledge of these associations can highlight the importance of ensuring strategies to mitigate muscle weakness and immobility.
Com o objetivo de promover discussões atualizadas na abordagem multiprofissional da dor, ocorreu entre os dias 16 e 19 de setembro de 2020 o “Simpósio Capixaba Multiprofissional da Dor (SCMDOR)”, onde foram apresentadas palestras, mesas redondas e trabalhos científicos com a participação de pesquisadores, profissionais e estudantes interessados no tratamento da dor. Diante disso, trazemos a oportunidade da leitura dos resumos dos trabalhos submetidos e aprovados no simpósio, para que possamos refletir sobre a ampliação das possibilidades terapêuticas no tratamento das mais diversas síndromes dolorosas que assolam as pessoas.
É importante conhecer os fatores emocionais relacionados às alterações posturais para melhor planejamento das condutas terapêuticas. O objetivo deste trabalho foi verificar se existe associação da depressão e da ansiedade autoavaliadas com a postura corporal. Foram estudados 22 acadêmicos do Ensino Superior com idade média de 22 anos (±5,12) que preencheram o inventário de depressão de BECK e o Inventário de Ansiedade Traço-Estado e foram avaliados, por meio de fotogrametria pelo protocolo SAPO de medidas. A maioria apresentava moderado traço (64%) e estado (59%) de ansiedade e tinha depressão mínima (82%). Traço de ansiedade apresentou correlação com o aumento do ângulo tibiotársico direito (r=0,524), hiperextensão de joelho esquerdo (r=-0,423), inclinação posterior do corpo na vista lateral direita (r=-0,412) e menor assimetria do centro de massa no plano sagital (r=-0,471). O estado de ansiedade correlacionou com o aumento do ângulo tibiotársico direito (r=0,428), hiperextensão de joelho esquerdo (r=-0,526), inclinação posterior do corpo na vista lateral direita (R=-0,431), assimetria das escápulas (r=0,417) e menor inclinação lateral da cabeça (r=-0,534). Depressão se correlacionou com hiperextensão do joelho (r=-0,455) e aumento do ângulo tibiotársico (r=0,415). Assim, os resultados sugerem que ansiedade e depressão se expressam, de forma similar, na postura corporal, por meio do encurtamento do músculo sóleo, levando ao aumento do ângulo tibiotársico e à hiperextensão de joelho. Palavras-chave: Postura. Depressão. Ansiedade. Abstract It is important to know the emotional factors related to postural changes for a better planning of therapeutic approaches. The aim of this study was to verify whether there is an association between depression and self-assessed anxiety with body posture. Twenty-two undergraduate students with an average age of 22 years (± 5.12) who completed the BECK depression inventory and the trait-state anxiety inventory were studied and evaluated by photogrammetry with the SAPO measurement protocol. Most had a moderate trait (64%) and a state (59%) of anxiety and minimal depression (82%). Anxiety trait correlated with increased right tibiotarsal angle (r=0.524), left knee hyperextension (r=-0.423), posterior body tilt in the right lateral view (r=-0.412) and less asymmetry of the center of mass in the plane sagittal (r=-0.471). The anxiety state was correlated with the increase in the right tibiotarsal angle (r=0.428), left knee hyperextension (r=-0.526), posterior body tilt in the right lateral view (r=-0.431), asymmetry of the scapulae (r=0.417) and head lower lateral inclination (r=-0.534). Depression was correlated with knee hyperextension (r=-0.455) and increased tibiotarsal angle (r=0.415). Thus, the results suggest that anxiety and depression are similarly expressed in body posture, by shortening the soleus muscle, leading to increased tibiotarsal angle and knee hyperextension. Keywords: Posture. Depression. Anxiety.
O objetivo deste estudo transversal foi verificar a existência de correlação entre a agilidade de jogadores do sexo masculino de futebol de campo da categoria Sub-20 e a postura do pé e a qualidade de movimento do membro inferior. A amostra é composta por 19 atletas Sub-20 de um clube de futebol. A agilidade foi avaliada por meio do teste Illinois Agility Test (IAT), a qualidade de movimento foi avaliada pelo Step Down Test (SDT) e a postura do pé, pelo Índice do Arco (IA). Houve correlação (R= -0,578) entre o IAT e o IA direito, ou seja, quanto maior o tempo gasto no percurso do IAT, mais cavos eram os pés (menor IA). Houve também correlação (R=-0,485) entre o IAT e qualidade de movimento com apoio unipodal direito, indicando que quanto menor o tempo gasto no IAT, pior era a qualidade de movimento. Ao analisar, individualmente, cada um dos cinco critérios de avaliação do SDT, apenas o controle de tronco apresentou correlação com o IAT (R= -0,501), indicando que quanto melhor a agilidade, maior era a compensação de tronco. Houve correlação entre o IA do pé direito e SDT direito (R=0,744), indicando que quanto mais plano era o pé, pior a qualidade de movimento no membro inferior direito. Assim, em jogadores de futebol de campo da categoria Sub-20 foi possível verificar correlações entre pior agilidade e pés mais cavos e entre pior agilidade e melhor qualidade de movimento, particularmente, no tronco; e entre pés mais planos e pior qualidade de movimento. Palavras-chave: Futebol. Desempenho Atlético. Pé Chato. Abstract The objective of this cross-sectional study was to verify the existence of a correlation between the agility of under-20 male soccer players and the foot posture and quality of lower extremity movement. The sample included 19 under-20 soccer club athletes. Agility was assessed using the Illinois Agility Test (IAT), quality of movement was assessed using the Step Down Test (SDT) and foot posture was assessed using the Arch Index (AI). There was a correlation (R = -0.578) between IAT and the right AI, that is, the longer the time spent on the IAT route, the more the feet were cavus (smaller AI). There was also a correlation (R = -0.485) between IAT and the quality of movement with right unipodal support, indicating that the shorter the time spent in IAT the worse the quality of movement. When analyzing each of the five SDT evaluation criteria individually, only the trunk SDT criteria correlated with IAT (R = -0.501), indicating that the better the agility, the greater the trunk compensation. There was a correlation between AI of the right foot and the right SDT (R = 0.744), indicating that the flatter the foot, the worse the quality of movement of the right lower limb. Thus, in under-20 soccer players, it was possible to verify correlations between worse agility and more cavus feet and between worse agility and better quality of movement, especially in the trunk; and between flatter feet and worse quality of movement. Keywords: Soccer. Athletic Performance. Flatfoot.
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