Efeitos da intervenção motora com tarefa dupla na cognição e presença de depressão em idosos residentes em instituição de longa permanência

Abstract

Introdução: Existe uma escassez de programas sociais e de saúde voltados para a manutenção do idoso dependente, o que leva ao aumento do número de idosos institucionalizados e a um quadro precoce de demência e/ou depressão. Objetivo: Avaliar os efeitos da intervenção motora com tarefa dupla na cognição e presença de depressão nos idosos deste estudo e a aplicabilidade dos instrumentos Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e Avaliação Cognitiva Montreal (MoCA) na detecção de alterações cognitivas. Material e métodos: Foi realizado um estudo experimental com 33 idosos: 14 idosos realizaram os exercícios com tarefa dupla por 5 semanas e foram chamados grupo intervenção (GI); 19 idosos não participaram da intervenção e foram chamados grupo controle (GC). Os grupos foram avaliados pelo: MEEM, MoCA e Escala de Depressão Geriátrica (EDG). Resultados: Não houve diferença significante na função cognitiva dos idosos após a intervenção em nenhum dos dois grupos estudados. O GC apresentou na EDG escore acima de 5, indicando depressão. Foi constatada uma forte correlação entre a MoCA e o MEEM. Conclusão: A intervenção fisioterapêutica com tarefa dupla, durante 5 semanas, não foi suficiente para melhora cognitiva. O fato da presença de depressão no GC pode estar relacionada ao nível de atividade e socialização desse idoso. O MoCa mostrou-se um instrumento capaz de detectar comprometimento cognitivo leve, enquanto o MEEM foi um instrumento de mais fácil aplicação.Palavras-chave: idoso, instituição de longa permanência para idosos, fisioterapia, cognição.

Treinamento de dupla tarefa associado a estratégias cognitivas de associação e imagem mental: impacto no equilíbrio, cognição e na saúde mental de idosos

“…Corroborando com a presente pesquisa, o estudo de Sartori et al (2017), ao avaliarem 33 idosos divididos em dois grupos, sendo um grupo controle (n=19) e um grupo intervenção (n=14) com média de idade de 78 anos e 77 anos respectivamente, também não observaram diferença estatisticamente significativa nos pontos da GDS após a aplicação de um protocolo DT. Em nosso estudo, não encontramos melhoras no escore da GDS após a intervenção com DT.…”