RESUMO. O objetivo deste estudo foi entender os desafios e as perspectivas de mudança que professores do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina encontraram para consolidar as diretrizes curriculares. Para o levantamento das informações, foram realizadas entrevistas em profundidade e análise documental dos currículos de 1992 e 2006, sendo o conteúdo analisado por meio de metodologia qualitativa. Os resultados evidenciaram que a humanização das relações, aliada à interdisciplinaridade, pode agregar novos valores à formação do fisioterapeuta, contudo as resistências internas dos professores e a falta de infraestrutura material e investimentos podem comprometer o desenvolvimento das novas ações planejadas.Palavras-chave: antropologia, curso de fisioterapia, currículo. ABSTRACT. Processes of change in physical therapist education: curricular transistions and their challenges.The aim of this study was to understand the challenges and perspectives of change that teachers of the Physical Therapy course at Londrina State University found when establishing the curricular guidelines. Interviews and document analysis were conducted of curricula from 1992 and 2006, and the contents were analyzed by means of qualitative methodology. Results showed that the humanization of relations allied with interdisciplinarity can add new values to the formation of physical therapists; however, internal resistance by some teachers and the lack of material infrastructure and investments could compromise the development of planned new actions.
Introdução: A capacidade de permanecer em posição ortostática e desenvolver movimento é decorrente da presença do equilíbrio e da manutenção da base de sustentação fornecida pelos pés. Objetivo: Verificar o equilíbrio corporal e o tipo de arco plantar de praticantes de balé clássico. Métodos: Amostra composta por 15 sujeitos, que foram divididos em dois grupos denominados: básico e intermediário. A verificação do equilíbrio realizou-se por meio de plataforma de pressão e a classificação do arco por decalque feito em plantígrafo. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante (p=0,173) entre as velocidades de oscilação dos grupos avaliados. Houve predominância de pés cavos na amostra geral com maior suporte de peso em antepé bilateral. Conclusão: Houve predominância de pés cavos, porém não foi possível estabelecer uma correlação entre equilíbrio e tipo de arco plantar para a amostra pesquisada. Não se evidenciou também diferença significativa nas velocidades de oscilação entre o nível básico e intermediário.
Reorganizar as agendas dos profissionais e os modos de realização das atividades, para evitar aglomeração e contágio nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), se possível definindo profissionais específicos para atendimento de sintomáticos respiratórios.Atender pessoas com sintomas respiratórios recentes preferencialmente por meio de contato telefônico e outras formas de teleatendimentos. No monitoramento longitudinal, manter a equipe atenta à evolução do paciente, em virtude da possibilidade de baixa saturação de O 2 (sem sintomas) e de agravamento rápido da condição clínica.Realizar ações de cuidado à distância -Teleatendimentos, via telefone e plataformas de internet e, quando oportuno, no território, para diminuir a ida dos usuários às UBS, exceto nas situações que requeiram atenção no próprio serviço.Diferenciar fluxos de acesso, bem como espaços de espera e de atendimento, para usuários com sintomas respiratórios e/ou outras condições com suspeita de Covid-19, de preferência em espaço arejado e fora da UBS (tendas).Reforçar medidas de isolamento e monitorar usuários e grupos sociais com maior risco e vulnerabilidade face à Covid-19.Manter atenção aos usuários com maiores necessidades de cuidados contínuos, independentemente da Covid-19, bem como ações de imunização.Garantir a segurança dos trabalhadores de saúde e dos usuários (máscaras, álcool gel, avental, luva, água, sabão, desinfecção de ambientes).Garantir infraestrutura e manutenção para as UBS, como espaços físicos/tendas, oxímetros, oxigênio de altofluxo, além de equipamentos de proteção individual e produtos de higiene.Realizar ações individuais e coletivas/comunitárias específicas para a Covid-19 a partir das UBS, nas áreas da Vigilância à Saúde (com ênfase na epidemiológica), promoção à saúde, cuidado clínico e gestão compartilhada do cuidado com outros serviços da rede.Incentivar e apoiar o isolamento social, principal maneira de reduzir o contágio.Identificar casos suspeitos e contatos domiciliares e, se possível, contatos comunitários nos últimos 14 dias, para recomendar isolamento domiciliar por 14 dias, reduzindo contágios.Assegurar o suporte da rede de urgência e emergência (especialmente regulação, transporte por meio de ambulância e remoção pelo SAMU) e a comunicação entre os pontos da Rede.Definir, por parte da gestão municipal/regional, a articulação das ações e serviços da rede de atenção que compõe a Linha de Cuidado específica para Covid-19, assim como critérios de encaminhamento.
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Introduction The demand for higher education in Brazil has grown in recent decades, leading to teaching, pedagogical and structural changes in the public and private education sectors. Assessments of academic experience evaluate the quality of services provided within the fields of learning, relationships and infrastructure. Objective To assess the degree of satisfaction with their academic experience of students from all years of the undergraduate physical therapy course. Materials and Methods Cross-sectional research with 137 students from four years of the physical therapy course. The Scale of Satisfaction with Academic Experience was used, which contains 35 questions and is divided into three dimensions. Results The 1st-year students were the most satisfied (121.43 ± 18.68), followed by the 3rd-year (118.97 ± 25.37), then the 2nd (118.50 ± 28.28) and 4th-year students (103.02 ± 28.66). Conclusion The results were consistent with the literature regarding the limited experience of 1st-year students within the institution, which influences their evaluation, as it shows an incipient interaction with problems that permeate the course. On the other hand, the 4th-year students showed a more critical view due to the expectations of the fight for a place in the labor market.
Com grande satisfação celebra-se agora a Edição 2020/1 da Cadernos de Educação, Saúde e Fisioterapia, a qual, diante do contexto desafiador imposto pela COVID-19, vem mantendo o compromisso de compartilhar conhecimentos, a fim de contribuir com a formação e o trabalho do fisioterapeuta. Assegura-se, assim, o desenvolvimento da profissão, que conta com profissionais engajados e comprometidos numa luta histórica e legítima de conquistas, algumas muito bem representadas nos artigos do presente volume.A pandemia encontrou no mundo terreno fértil para a exposição das vulnerabilidades sociais e denúncia da conjuntura desfavorável da saúde para assistir às populações e reduzir o número de mortes. Em países com grandes desigualdades sociais, como o Brasil, a disseminação veio confirmar a precariedade da situação de saúde que já existia, mostrando uma propagação desigual, sendo emblemático que a primeira vítima confirmada no Rio de Janeiro tenha sido uma empregada doméstica. É um desafio sanitário global, de uma doença nova, para a qual a humanidade, além de procurar por imunidade, esforça-se para implantar medidas e estratégias de controle que evitem a saturação dos serviços de saúde.Não obstante, avançam o ultraliberalismo, as fakenews, o negacionismo científico, o corte de investimentos na educação e segurança, seguidos pelo teto de gastos na saúde subfinanciada, pela uberização da economia informal trabalho e polarização entre público-privado, mais o recrudescimento de questões de raça, gênero, sexualidade e meio ambiente, que vinham sendo debatidas com mais aceitação e transparência, sofreram significativo esvaziamento1,2,3. Perplexidades que o Prof. Gastão Wagner denominou como pesadelo macabro da COVID-19 no Brasil e o Prof. André Vianna como a pedagogia da catástrofe.Contudo, as adversidades se transformam em oportunidades para nos reinventarmos e ressignificarmos as práticas. Exemplo disso, são os fisioterapeutas atuantes no Sistema Único de Saúde (SUS), que assumem o protagonismo no combate à COVID-19 através da vigilância epidemiológica e da utilização de ferramentas como a Telessaúde. Bem como, nos hospitais, reafirmando o seu lugar como linha de frente na prevenção e recuperação de variadas condições funcionais. Ademais, encontram-se como pesquisadores ativos, vide a quantidade de pesquisas on-line em andamento, denotando o empenho com o progresso científico e inovação tecnológica. Como professores, vêm debatendo intensivamente sobre as repercussões sobre o processo de ensino-aprendizagem em relação às novas possibilidades de aprender saúde. E por meio das associações profissionais, têm oferecido parâmetros e condutas norteadores que garantem governabilidade à classe, destacando-se a Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia (ABENFISIO), que prontamente informa, esclarece e chama a comunidade fisioterapêutica ao debate. No âmbito da Educação, pontua-se que o ensino remoto é uma política para a redução de danos presentes, em que as tecnologias digitais não buscam substituir o professor e as vivências profissionais. Muitas pautas ainda precisam ser digeridas com planos sistêmicos e contingenciais de médios e longos prazos, que ultrapassem os aspectos didático-pedagógicos para abraçar uma acessibilidade ampliada, ou seja, favorecendo o desempenho ciente das condições heterogêneas de vida dos estudantes, que precisam ser ouvidos. Nesse sentido, as incertezas mais imediatas podem ser dirimidas com materiais de apoio a formação. Como exemplo, temos a World Confederation for Physical Therapy (WCPT)4 que possui em sua website seções com informações para educadores fisioterapeutas e a Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM)5, publicou 16 recomendações sobre a transição para o ensino não presencial, que valem a pena conferir. Desse modo, trazendo mais saberes, temos os estudos que constituem este volume, os quais materializam a potência dos autores. Os temas traduzem bem a CESF por meio de pesquisas clínicas, saúde coletiva, educação, ensaios teóricos e atualidades. A primeira temática que abre essa apresentação refere-se à análise dos primeiros 50 dias de epidemia da COVID-19 no Brasil, muito apropriado ao panorama contemporâneo. Nas especialidades da Fisioterapia Cardiovascular e Respiratória, três artigos chamam atenção por abordarem, além da capacidade funcional em trabalhadores, a oncologia e a revascularização do miocárdio, evidenciando dados preditores para a prática fisioterapêutica. Na especialidade da Fisioterapia Neurofuncional, temos dois artigos, um como revisão integrativa e o outro como relato de caso, o primeiro discorre sobre as terapias de aprendizado motor em acidente vascular encefálico (AVC) e o segundo um protocolo de tratamento que utilizou na avaliação a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) dentre demais instrumentos. Na perspectiva de formação profissional, atrelada ao campo da saúde coletiva, três artigos mostraram-se articulados, pois expõem a essencialidade do fisioterapeuta no sistema público de saúde, principalmente para a saúde da família e o matriciamento, que foram complementadas pelas percepções de estudantes do programa PET-Saúde/GraduaSUS e a verificação da inserção da saúde coletiva nos cursos de fisioterapia de instituições públicas do Paraná. Prosseguindo, dois estudos abordam serviço e política pública de saúde, ao caracterizar a auditoria em fisioterapia no SUS – uma seara pouco explorada – e a rede de cuidados e atuação interdisciplinar na atenção da pessoa com deficiência, respectivamente. Assim, finaliza-se este percurso commais dois artigos importantes, um argumentando sobre o papel do fisioterapeuta no envelhecimento ativo e o outro contextualizando os cuidados paliativos na prática fisioterapêutica.Diante desse vasto conteúdo trazido pelos autores, finalizo desejando uma ótima leitura e lembrando que o vírus, como escreve Boaventura de Souza Santos, é nosso contemporâneo ao partilhar conosco as contradições deste tempo, os passados que não passaram e os futuros que virão ou não1. A pandemia providencialmente trouxe questionamentos importantes sobre as estruturas sociais, instituições e práticas, e simultaneamente a mobilização de potenciais de conhecimento, forças positivas e criativas, que devem ser nosso foco, no sentido de assegurar a continuidade da jornada.
Introduction: In Brazil, the field of physical therapy education has undergone transformations with regard to curricular models. However, changes require conscious, collective efforts to align multiple interests and achieve agreed goals, which usually do not occur without conflicts. Objective: To verify the tensions involving the curricular changes in a physical therapy course based on the concepts of field, habitus and capital of Pierre Bourdieu. Method: Qualitative study with field observation and interviews with teachers using a semi-structured script and content analysis. Results: Much internal resistance was observed, which prevented the process of change from expanding. Key disciplines were created with the aim to interconnect the curriculum matrix and favor content integration; however, these disciplines functioned, ultimately, like any other. Conclusion: Teachers continued to play by the rules of the field unaware of its determinations, that is, the agents’ habitus reflected the existing structure without changing the practices, and the discipline curriculum remained linear.
O surfe é um esporte amplamente conhecido, no qual o número de adeptos tem crescido mundialmente, fato que leva concomitantemente ao aumento da incidência de lesões. O objetivo deste trabalho foi identificar as principais lesões e suas causas, os segmentos corporais mais acometidos e a proporção daqueles que adentraram no processo reabilitativo. A metodologia empregada para a pesquisa foi descritiva, com utilização de questionário estruturado de 16 perguntas, aplicado a 46 praticantes masculinos. As lacerações foram o tipo de lesão mais citado (39,59%), seguidas por entorses (18,75%), luxações (12,50%). Os segmentos corporais mais acometidos foram o joelho (22,45%), pé (18,37%), perna (14,30%), tornozelo (12,24%), ombro (10,20%). Conclui-i-se que a maioria dos entrevistados (86,96%) já sofreu algum tipo lesão decorrente da prática do surfe, e que os membros inferiores são os locais de maior predominância de lesões.Palavras-chave: epidemiologia, lesões do esporte, lesões no surfe, fisioterapia.
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