Considerando a afirmativa de que é por meio do estado que classes ou grupos sociais (intelectuais) estabelecem relações entre si, com o intuito de fazer-se garantir a "perpetuação" das relações sociais materiais e ideológicas, o presente artigo visa a discutir algumas categorias político-filosóficas criadas por Gramsci para explicar as diversas manifestações do estado e o uso deste como aparelho de dominação. Para tanto, o método do trabalho constituiu-se na análise de parte da obra de Gramsci, bem como da bibliografia especializada no assunto.
Amamentar é o ato de alimentar o bebê com leite materno, advindo este diretamente da mama da puérpera. Nos últimos 10 anos acumularam-se evidências que fundamentaram a importância e eficácia da amamentação exclusiva (AME) nos primeiros 6 meses de vida da criança e demonstraram também que a alimentação complementar, utilizada de forma correta até os 2 anos ou mais, pode ser eficaz durante o desenvolvimento da criança. Os benefícios oferecidos pelo aleitamento materno são inúmeros, do ponto de vista biológico e social, pois esta prática traz vantagens para a mulher, para a criança, para a sua família e para a sociedade. Diante desse pressuposto, o objetivo do relato é identificar as principais dificuldades e desafios enfrentados pela mãe que amamenta quando há seu retorno ao trabalho após a licença maternidade. Dessa forma, a metodologia utilizada foi o relato de experiência, o qual ocorreu por meio de observação direta dos autores em meio a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no Município de Conselheiro Lafaiete – MG. Os resultados demonstram que, a experiência como profissional de saúde em UBS, tem mostrado o conflito vivenciado pelas mães ao ter que conciliar a amamentação e o trabalho fora do lar. Ao aproximar o término da licença maternidade, nas várias oportunidades de atendimento oferecido ao binômio mãe/filho na unidade, as mães questionam a respeito de que alimentos oferecerem ao filho, como e quanto oferecê-los; como conservar o leite materno e quais os inconvenientes de se amamentar menos a criança; enfim como continuar a amamentar para que o filho não adoeça e cresça saudável. As mães vivenciam angústia, ansiedade, e ao mesmo tempo sentimento de culpa por deixar o filho aos cuidados de outra pessoa em detrimento do seu trabalho que, por sua vez, causam a interrupção da prática frequente da amamentação. Identificou-se que, mesmo que a mãe faça um plano de amamentação para o seu retorno ao trabalho e tenha conhecimentos sobre os benefícios da amamentação e conte com o apoio da família e dos profissionais de saúde, o retorno precoce ao trabalho, associado à falta de meios que favoreçam a manutenção da lactação como inflexibilidade do horário das mães, não contar com sala para extração e armazenamento do leite e creches dentro ou próximo ao local trabalho são fatores que influenciam negativamente a prática de amamentar. Os maiores vilões relacionados ao retorno da mãe ao trabalho são a extensa jornada de trabalho, a falta de incentivo e estrutura das empresas para a manutenção da lactação, além do cargo de responsabilidade que a mãe ocupa dentro da empresa e a importância que o trabalho tem na vida dessa mãe. Com isso, faz-se necessário um acolhimento das mães trabalhadoras a fim de se contribuir para a formação de novas e bem sucedidas nutrizes. Esse papel deve ser assumido pelos profissionais de saúde, de modo que haja mais informações que possam tranquilizar as mães a respeito das dificuldades reais que elas poderão encontrar em meio ao processo de amamentação durante seu retorno ao trabalho.
A prostituição se confunde com a história da humanidade, sem distinção entre cultura, religião e sexualidade, tornando-se elemento de preconceito na sociedade atual. No entanto, ações de promoção da saúde e prevenção de doenças dessa categoria profissional devem ser estimuladas, trabalhando prol o controle de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e melhorando a qualidade de vida dessas mulheres. O presente estudo tem por objetivo descrever o perfil das mulheres em situação de prostituição da cidade de Conselheiro Lafaiete - MG, assim como seu conhecimento acerca do processo de prevenção de doenças. A metodologia utilizada foi estudo original, de porte descritivo, com abordagem exploratória qualitativa, havendo integração de questionário semi-estruturado. A amostra constituiu de doze prostitutas que atuam no Município de Conselheiro Lafaiete – MG, com faixa etária de 23 a 37 anos. Foi explanado para as entrevistadas a finalidade e processo da pesquisa, sendo posteriormente fornecido e assinado o termo de consentimento livre e esclarecido. Com vistas aos resultados, tem-se que o perfil das profissionais apresenta as seguintes características: baixa escolaridade; em sua maioria são solteiras; não tem filhos; a família não sabe da profissão que exercem; são mantenedoras da família e de si própria; apresentam renda familiar inferior ou igual a dois salários mínimos; a principal motivação para integração na profissão foi o dinheiro; a clientela é exclusivamente constituída por homens; atendem em média 5 clientes por dia; normalmente gastam seu dinheiro para o pagamento de despesas pessoais e da família. Questionadas acerca das questões correlatas ao cuidado com a saúde, em sua maioria desconhecem as DST; procedem constantemente relações sexuais desprotegidas; visualizam a não aceitabilidade e preconceito existente nos mecanismos de saúde; buscam o médico apenas em atendimentos emergenciais; sentem por não haver um serviço exclusivo, mais acolhedor e humanizado, para o atendimento de profissionais do sexo. Com relação ao preconceito, compreendem que a sociedade não está preparada para aceitação de tal profissão, sentindo-se discriminadas e desiludidas com a mesma. Sentem desejo de “sair dessa vida”, mas não o fazem devido aos ganhos envoltos à profissão. Logo, diante do perfil e das demandas mais peculiares apresentadas, percebe-se que o preconceito é significativo e que boa parte das prostitutas apresenta dificuldades em sua vida pessoal e cuidados com a saúde. O acesso aos serviços básicos de saúde na cidade é precário, não tendo suporte e preparo para atender estas profissionais. Assim, os profissionais de saúde, principalmente o Enfermeiro, devem estar preparados para lidar com situações diferenciadas, onde o preconceito e percepções errôneas podem agravar o estado que se encontram as profissionais do sexo. Ademais, a sua importância é fundamental na promoção da saúde e deve contribuir nas ações da atenção primária dentro da ESF, voltando-se à prática de atividades sexuais mais seguras, incluindo tais profissionais nos serviços de saúde por meio de informações em prevenção de DST, promoção da saúde, auto-cuidado, tratamento de doenças, prevenção ao uso de drogas, dentre outros; agindo como educador, sem preconceito ou discriminação, a fim de promover a saúde e contribuir para a eliminação do preconceito existente.
De acordo com a realidade das organizações de saúde, a carência de profissionais qualificados, criativos, proativos e que estejam estruturados emocionalmente com vistas à necessidade do ser humano ser reconhecido em sua totalidade, é o que faz com que métodos de melhor organização e planejamento de equipe tornem-se objeto de estudo. O termo inglês “Coach” tem sua origem no mundo dos esportes, designando “o papel de treinador, preparador, técnico”, ou seja, em sua essência, o papel a ser exercido por um líder no sentido de orientar sua equipe. Assim, o Coaching é um processo de alto impacto para o aumento da produtividade, uma vez que volta-se ao compromisso com os resultados e com a realização das pessoas, pressupondo uma maior cooperação no âmbito das organizações. Logo, por ser esta uma metodologia consideravelmente nova na saúde, o objetivo deste estudo é analisar os fundamentos em que se baseia o método coaching, identificando-o como uma ferramenta no processo de liderança do profissional de enfermagem nas organizações de saúde. A metodologia utilizada foi o relato de experiência, integrando a análise de materiais obtidos por meio de consulta aos Descritores em Ciências e Saúde, sendo diferentes bases de dados acessadas a fim de nortear esta pesquisa. O contexto observado para elaboração do relato foi uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do Município de Conselheiro Lafaiete – MG, no qual, atualmente, o Enfermeiro tem se utilizado da metodologia para melhor nortear a atuação de seus técnicos e agentes. Os principais resultados demonstraram que quando a equipe está muito competitiva, a prática de coaching pode favorecer o restabelecimento de vínculos entre as pessoas, assim como a preocupação com o desenvolvimento dos outros. No entanto, quando se trata de uma equipe que “coopera demais”, há uma provocação iminente de reflexão acerca das responsabilidades pelos resultados. Além disso, esta pode ser vista como uma ferramenta que favorece a cultura organizacional, predominando relacionamentos cooperativos, troca constante de conhecimentos, experiências, informações e feedbacks entre a equipe; sendo estes elementos relevantes para a aprendizagem, desenvolvimento pessoal e profissional dos membros da organização, uma vez que são constantemente encorajados a refletir sobre o sentido do seu trabalho, compartilhando idéias e opiniões acerca de um tema ou problema. Na UBS em na análise, além dos aspectos observados, pode-se dizer que o coaching tornou-se uma ferramenta indispensável para a organização, pois auxiliou efetivamente na atuação do profissional de enfermagem como líder da equipe, assim como norteou ações mais concisas e direcionadas com os técnicos e agentes de saúde da organização. Logo, o coaching deve ser um método utilizado por todos os gestores no dia-a-dia das organizações. Contudo, nem todos encontram-se aptos a aplicá-lo e alguns deles nem ao menos o conhecem ou reconhecem seus benefícios para com o desenvolvimento das organizações de saúde. Por este fato, estudos empíricos na área devem ser procedidos a fim de melhor nortear as ações do Enfermeiro como líder no contexto de gestão das organizações de saúde.
Lúdico, advindo do latim “ludere”, que significa ilusão, é a capacidade diferente de delegar significados dados à imaginação durante o brincar. Em atividades lúdicas, o brincante dá sentido à brincadeira que está acontecendo, ou seja, brinca-se com um determinado sentido, mas somente quem brinca reconhece sua intencionalidade. Quando há o adoecimento ou a hospitalização da criança, a necessidade desta de brincar não deve ser eliminada. Assim, o brincar por ser o instrumento “de trabalho” da criança, deve ser fornecido no contexto hospitalar, pois através deste a criança expressa seus sentimentos, sensações, dores e frustrações, assim como expressa seus anseios, vivências e felicidades. Logo, o objetivo deste estudo é analisar a importância da inserção do Terapeuta Ocupacional (TO) no setor pediátrico do Hospital Municipal Santana de Carandaí – MG. A metodologia utilizada foi o relato de experiência, o qual se deu por meio da vivência do profissional na inserção de sua profissão no contexto analisado. Os resultados, após inserção do TO no hospital analisado, evidenciaram que o lúdico pode ser utilizado como um recurso humanizado, ajudando a criança a lidar com experiências estressantes, ampliando seu campo perceptual e permitindo-lhe exteriorizar sentimentos e conflitos existentes durante sua internação. Assim, analisando as características apresentadas pela hospitalização percebe-se que a atuação correta de uma equipe multidisciplinar pode propiciar uma assistência mais humanizada de qualidade à criança hospitalizada. Estudos comprovam que o brincar no âmbito hospitalar pode fazer com que as crianças expressem seus insucessos, sua dependência, suas experiências (dolorosas e satisfatórias), bem como suas possíveis superações. A representação efetivada através do brincar simbólico é verdadeiramente uma linguagem imprescindível para a criança hospitalizada. Portanto, quando a criança manipula brinquedos dentro do âmbito hospitalar, esta se beneficia efetivamente deste “complemento” de tratamento. Através do brincar terapêutico, a criança cria situações já vivenciadas, aliviando o sofrimento advindo da hospitalização. Dessa maneira, faz-se necessário enfatizar a importância do brincar da criança hospitalizada como instrumento de possível compreensão e aceitação da doença por parte desta, propiciando assim, aspectos que possam influenciar positivamente na evolução do tratamento da criança, permitindo que esta continue seu processo de desenvolvimento, apesar de se encontrar doente. O TO neste contexto deve contribuir para o desenvolvimento típico da criança, auxiliando, inclusive, na exposição de seus sentimentos no momento do brincar. Dessa maneira, o tratamento da mesma pode tornar-se mais diretivo, contribuindo para uma melhor aceitação e enfrentamento da criança no processo de hospitalização. Sendo assim, observa-se que, através do tratamento efetivado a partir da utilização de brinquedos, é possível propiciar a redução da agitação corporal das crianças no âmbito hospitalar. O brincar, ao ser utilizado como atividade lúdica na hospitalização infantil, pode auxiliar na melhora do estado emocional das crianças que padecem de hospitalização. Sendo assim, unindo-se saberes e mudanças estruturais no âmbito hospitalar, poderá ocorrer a reorganização do serviço de saúde no ambiente em questão, oferecendo à criança um local mais humanizado e agradável, de forma que tal processo auxiliará no melhor desenvolvimento da mesma, tratando-a e minimizando os efeitos negativos do processo de internação.
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