Este artigo se refere ao recorte da pesquisa de mestrado, da primeira autora com orientação da segunda, que procurou identificar elementos que podem potencializar a aprendizagem conceitual de alunos com deficiência intelectual no AEE-Atendimento Educacional Especializado, a partir de situações matemáticas que envolveram conceitos introdutórios da álgebra e a mobilização e o desenvolvimento do pensamento algébrico. Participaram da investigação três alunos com hipótese diagnóstica de deficiência intelectual que frequentavam os anos finais do ensino fundamental de uma escola estadual, no ano de 2017. Os dados empíricos foram produzidos a partir da exploração de ações de estudo algébricas durante o AEE, as quais foram filmadas e posteriormente transcritas. Neste texto discutimos sobre os processos de Interações e Significações, elementos potencializadores da aprendizagem conceitual que foram desencadeados durante a exploração de duas ações de estudo algébricas, as quais foram analisadas considerando os registros e as justificativas produzidas pelos alunos. Analisando tais dados empíricos baseando-se na perspectiva Histórico-Cultural podemos estabelecer que a qualidade das interações entre alunos e professor em situações de estudo no AEE favorece o processo de significação algébrica, potencializando o desenvolvimento conceitual.
Este artigo objetiva discutir a percepção dos professores de Matemática em relação à própria formação acerca da inclusão de pessoas com deficiência e as contribuições da disciplina Laboratório de Recursos Didáticos no processo de formação, no que se refere: 1) a percepção de licenciandos sobre o espaço de discussão da temática; 2) a contribuição da disciplina de Laboratório de Recursos Didáticos na formação inicial do professor de Matemática. A pesquisa qualitativa de estudo de caso teve como instrumentos de coleta de dados, questionário, tarefa e planejamento realizados pelos licenciandos. Os dados foram analisados por meio da Análise de Conteúdo. Os resultados demonstram que o espaço de discussão sobre o ensino e a aprendizagem de alunos com deficiência durante a formação inicial ainda é incipiente, a indicar que a principal colaboração da disciplina se refere à proposição de planejamento por parte dos licenciandos de tarefas matemáticas inclusivas. Com isso, aponta-se para a urgência de a temática fazer parte da formação inicial de professores a contemplar mais práticas pedagógicas inclusivas.
Esta discussão teórica objetiva apresentar conceitos basilares relacionados aos fundamentos da defectologia propostos pela teoria Histórico-Cultural. Está pautada no questionamento: Quais conceitos discutidos pela teoria Histórico-Cultural fundamentam a educação de pessoas com deficiência intelectual no contexto da escola inclusiva? Os dados empíricos foram produzidos a partir de pesquisa bibliográfica e o do uso da ferramenta Voyant tools. Os conceitos basilares foram analisados por meio da análise de conteúdo (BARDIN, 2011). Como resultados, discutimos os principais conceitos que fundamentam atualmente a educação inclusiva: aprendizagem e desenvolvimento de crianças com deficiência intelectual, interação social, compensação, desenvolvimento cultural, processos, funções e capacidades mentais. Indicamos ainda esses conceitos como aportes para pesquisas no âmbito da educação inclusiva e a relevância de recorrer a teoria Histórico-Cultural pela defesa da não segregação e isolamento educacional e social de pessoas com deficiência.
O presente estudo objetiva apresentar o trabalho desenvolvido pelo atendimento educacional especializado (AEE) com estudantes com deficiência intelectual, no Instituto Federal Catarinense, Campus Concórdia, durante o primeiro ano do desenvolvimento das aulas de ensino remoto, metodologia utilizada durante o período de distanciamento social provocado pela pandemia do Covid 19. Trata-se, portanto, de sistematização de uma experiência, no campo da educação especial no ensino médio integrado, tendo como fontes de pesquisa os documentos normativos, bem como os registros efetuados pela própria instituição. A sistematização de experiências levanta novos conhecimentos e desenvolve uma compreensão profunda das experiências, com o fim de melhorar a prática por meio da reflexão teórica. Nesse sentido, os achados mostram que o ensino remoto, em que pese seus limites, proporcionou a continuidade dos estudos evitando o total distanciamento dos alunos com deficiência intelectual. Estamos em contínuo processo de transformação da educação e da sociedade, por isso, precisamos articular propostas educacionais que sejam para todos, sem segregação ou risco de deixar alguém para trás.
Esta revisão integrativa da literatura apresenta reflexões sobre os instrumentos mediadores da aprendizagem conceitual matemática utilizados nas práticas pedagógicas organizadas aos alunos com deficiência intelectual. O estudo se fundamenta na teoria Histórico-Cultural e abarca contribuições da literatura disponível nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e SciVerse Scopus. Após a seleção, foram considerados 21 estudos como amostra final. As pesquisas foram analisadas mediante as categorias: (a) instrumentos mediadores utilizados nas intervenções pedagógicas; (b) implicações na apropriação conceitual matemática. Com as análises, infere-se que as pesquisas avaliadas utilizaram diversos instrumentos mediadores estruturados e não estruturados, como: softwares, jogos matemáticos, sólidos geométricos, calculadora e objetos para contagem. Destaca-se que a sua utilização contribuiu para a apropriação conceitual matemática, mediante o planejamento de intervenções pedagógicas, que intencionavam a representação mental ao partir do concreto rumo ao abstrato. Ao se pensar o ensino e a aprendizagem de conceitos matemáticos para estudantes com deficiência intelectual, observam-se avanços nas pesquisas, tais como: as múltiplas possibilidades de intervenções com a utilização de diferentes instrumentos mediadores. Palavras-chave: Conceitos matemáticos. Deficiência intelectual. Teoria Histórico-Cultural. Revisão integrativa.
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