Este estudo investiga a eventual presença de um processo isomórfico entre os relatórios anuais e de sustentabilidade das empresas que exploram a atividade de mineração, verificando até que ponto o volume de evidenciação de informações dessa natureza são semelhantes. Para tanto, estabeleceram-se quatro grupos de indicadores em consonância com os procedimentos fixados pela Norma Brasileira de Contabilidade T-15 e outras recomendações dos Institutos Ethos e Ibase, além das diretrizes estabelecidas pelo Global Reporting Iniciative (GRI) para elaboração dos relatórios anuais e de sustentabilidade. Foram analisados 45 relatórios anuais e de sustentabilidade no período de 2005 a 2009. A técnica estatística utilizada para dar suporte ao tratamento dos dados foi a análise de variância, buscando comparar as médias obtidas para cada item que formava os grupos dos indicadores. Os resultados permitiram verificar um aumento no volume de informações socioambientais no período analisado, o que reforça o pressuposto da Teoria da Legitimidade. Também fornece evidências que permitiram verificar a presença de isomorfismo com relação aos indicadores sociais internos e externos nos relatórios anuais e de sustentabilidade. Não foi possível verificar um processo isomórfico entre os indicadores ambientais e de atendimento às diretrizes do GRI nesses relatórios. Estes resultados apontam para a necessidade de uma maior discussão com relação à regulação da evidenciação de informações socioambientais em busca de uma padronização que possibilite análises mais seguras para processo decisório de investidores e outras partes interessadas.
Resumo Este artigo apresenta variáveis socioeconômicas determinantes para a transparência pública passiva nos municípios brasileiros a partir da Escala Brasil Transparente (EBT). Por meio de amostra aleatória, formada por 1.133 municípios, as análises bivariadas e multivariadas revelaram correlação significativa entre a transparência pública passiva e as variáveis escolaridade da população, receita per capita e idade da população, e esta última apresentou resultado inverso ao esperado. Os resultados descritivos revelaram o baixo índice de transparência pública passiva nos municípios brasileiros que obtiveram uma média de nota de apenas 1,93 (em escala entre 0 e 10). Além dos achados estatísticos, o estudo contribui para expor a diferenciação entre transparência pública ativa e passiva, onde foram apresentadas as características representativas de cada tipo.
O objetivo deste trabalho é confrontar o desempenho de uma carteira teórica formada pelas ações que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) com o desempenho das carteiras teóricas que formam o Índice Bovespa (Ibovespa) e o Índice Brasil (IBrX). Foram empregadas as séries de dados divulgados pela Bovespa e, no caso, do ISE, adicionalmente, retroagiu-se o índice para o período anterior a sua criação usando uma carteira de referência. Do ponto de vista metodológico, o trabalho apóia-se (a) na comparação dos retornos acumulados, retornos médios e desvios padrão do ISE, do Ibovespa e IBrX ao longo de 345 pregões distribuídos em torno da data de criação do índice; e (b) nos testes de estacionariedade das séries que relacionam o ISE ao Ibovespa e o ISE ao IBrX. Tendo em vista a elevada participação de instituições financeiras na composição do ISE, comparou-se também o desempenho desse indicador excluindo essas instituições de sua carteira de referência. Os principais resultados são: (a) não há evidências de um desempenho superior do ISE no período posterior a sua criação; (b) há, porém, indicações de que as carteiras retroagidas do ISE apresentaram melhor desempenho no período anterior à criação do índice, sugerindo que a precificação teria ocorrido antes de sua divulgação oficial; (c) ainda assim, não foi possível identificar um momento específico que marcasse a elevação percebida nos preços; e (d) grande parte do melhor desempenho obtido pelo ISE no período que antecede sua criação pode ser creditado ao desempenho das instituições financeiras que o compõem.
Novas demandas nas práticas do profissional de Contabilidade têm surgido no contexto da convergência das normas nacionais de Contabilidade aos IFRS. Tais demandas sugerem a adoção de um novo paradigma educacional, buscando inserir na prática pedagógica mecanismos e didáticas de ensino que utilizem metodologias ativas, caracterizadas pelo diálogo entre professor e aluno, através do qual o conhecimento é construído em conjunto, suplantando a metodologia usualmente chamada de concepção educacional passiva. Esta pesquisa buscou identificar a concepção educacional utilizada em uma IES pública de Salvador. Foi adotado um enfoque interpretativo, com uso de técnicas qualitativas e quantitativas. Os resultados sugerem que há uma predominância do modelo educacional de concepção passiva, caracterizado por uma perspectiva dominante do professor como detentor do conhecimento, desfavorecendo o desenvolvimento de novos profissionais com perfil crítico, analítico, reflexivo. Uma parte substancial dos respondentes também deixou clara a percepção de que o uso mais intenso de metodologias ativas poderia contribuir para formar profissionais com o perfil que o mercado tem buscado.
Tese-Doutorado Bibliografia 1. Mercado de capitais 2. Administração financeira 3. Globalização I. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP. CDD-332.041 v 4.1. Análise da inclusão de ADRs brasileiros em portfólios internacionais..... 4.2. Resultados dos testes de rumo aleatório .
ResumoEste artigo identificou as práticas pedagógicas de 164 professores de Ciências Contábeis do Estado da Bahia, segregadas em ativas ou passivas, com maior ou menor participação discente, respectivamente. Aspectos como tipo de instituição de ensino, modalidade do ensino, experiência e capacitação pedagógica do docente, conteúdo programático, quantidade de alunos e avanço no curso foram posteriormente empregadas como possíveis variáveis explicativas das práticas. O diagnóstico construído com estatísticas descritivas e testes de Mann-Whitney revelou um ensino essencialmente passivo, com reduzida participação do discente. As variáveis independentes não foram capazes de explicar as práticas pedagógicas. Contradições foram encontradas no uso de práticas que caracterizam um ensino ativo como seminários, debates e discussão de casos por professores com marcantes características de ensino passivo, o que pode indicar um uso incompleto ou inadequado dessas práticas, que poderiam estar em uso de modo essencialmente passivo, comprometendo a eficácia da aprendizagem.Palavras-chave: Práticas Pedagógicas. Ensino em Contabilidade. Ensino ativo.
<p>O surgimento dos mestrados profissionais (MPs) corresponde a uma busca pela aproximação da produção acadêmica às práticas laborais, ou seja, um olhar voltado para as necessidades do mercado de trabalho. Nesse sentido, este artigo objetiva apresentar as características distintas dos MPs, diferenciando-o das demais modalidades de cursos da pós-graduação brasileira, ao mesmo tempo em que busca evidências na literatura de casos de sucesso, na tentativa de aproximar a academia do ambiente profissional. Para tanto, é construída uma linha discursiva que perpassa a evolução da legislação, as características específicas, a tensão existente entre as modalidades acadêmica e profissional, as semelhanças e diferenças com os cursos lato sensu e relatos de casos de sucesso. Conclui-se o artigo ressaltando a necessidade de maior aprendizado sobre esta modalidade de curso, de forma a entender suas especificidades e relações com os demais programas de formação, notadamente os cursos de pós-graduação.<br /><br /></p>
<p>O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre o nível metacognitivo e as características empreendedoras de profissionais de Administração por meio de três instrumentos psicométricos. Participaram do <em>survey</em> 851 profissionais cadastrados no Conselho Regional de Administração do Estado da Bahia. A hipótese desta pesquisa defendia que quanto maior fosse o nível de metacognição dos respondentes, maior seria o nível de suas características empreendedoras. A partir da Modelagem de Equações Estruturais (MEE), os resultados indicaram que maiores níveis de metacognição promovem maiores níveis de características empreendedoras, indicando que 42,79% das características empreendedoras podem ser explicadas pela perspectiva metacognitiva. As contribuições desta pesquisa não se restringem à perspectiva teórica e acadêmica, mas também aos contextos profissional, econômico e social, uma vez que este estudo promove a evolução da qualidade profissional e os impactos social e econômico se tornam uma consequência natural desse desenvolvimento. </p><p>Palavras-chave: Metacognição. Características empreendedoras. Modelagem de Equações Estruturais. Qualidade profissional.</p>
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