A partir dos anos 1950, no auge do processo de descolonização afro-asiática, Portugal sofreu diversas pressões internacionais devido à sua política colonial. Marcado historicamente por sua debilidade econômica, o país havia implementado um modelo colonialista baseado na abertura de seus domínios ultramarinos à atuação do capital internacional, em um modelo de colonialismo dependente. Este fato, aliado aos interesses estratégicos dos EUA e da OTAN, no contexto da Guerra Fria, fez com que as grandes potências acabassem esvaziando as pressões contrárias ao colonialismo português. Assim, apesar da política isolacionista implementada pelo regime salazarista e da condenação da opinião pública internacional, os interesses econômicos e financeiros das grandes potências e as determinações político-estratégicas da conjuntura internacional acabaram por garantir alguma sobrevida ao Império Colonial Luso até meados da década de 1970. Abstract The crisis of the last empire: the Cold War and the final decades of Portuguese colonialism (1945-1975) From the 1950s onwards, at the height of the process of Afro-Asian decolonization, Portugal underwent various international pressures due to its colonial policy. Historically marked by its economic weakness, the country had implemented a dependent colonialist model based on the opening of its overseas domains to the international capital. In addition, the strategic interests of the United States and NATO within the context of the Cold War resulted in a deflation of the pressures against Portuguese colonialism by the great powers. Hence, despite the isolationist policy implemented by the Salazar regime and the condemnation of colonialism by international public opinion, the economic and financial interests of the great powers, as well the political and strategic constraints of the international conjuncture, granted the survival to the Portuguese Colonial Empire until the mid-1970s. Resumen La crisis del último imperio: la Guerra Fría y las últimas décadas del colonialismo portugués (1945-1975) Desde la década de 1950, en el apogeo del proceso de descolonización africano-asiática, Portugal sufrió varias presiones internacionales debido a su política colonial. Marcado históricamente por su debilidad económica, el país había implementado un modelo colonialista basado en la apertura de sus dominios de ultramar a la actuación del capital internacional, en un modelo de colonialismo dependiente. Este hecho, junto con los intereses estratégicos de los EE.UU. y la OTAN en el contexto de la Guerra Fría, hizo que las grandes potencias acabaran por vaciar las presiones contra el colonialismo portugués. Así, a pesar de la política aislacionista implementada por el régimen salazarista y la condena por la opinión pública internacional, los intereses económicos y financieros de las grandes potencias y las determinaciones político-estratégicas de la coyuntura internacional acabaron por garantizar alguna sobrevida al Imperio Colonial Luso hasta mediados de la década de 1970
EEm agosto de 1942, o Brasil declarou guerra à Alemanha e Itália e, no período subsequente a essa declaração, houve intensa mobilização do Estado brasileiro para articular o front externo – com a estruturação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) – e o interno –, com a mobilização maciça dos recursos civis para o esforço de guerra. A produção historiográfica sobre o período tem priorizado a discussão da atuação do Estado nesse processo, seja através da análise da participação brasileira no conflito, seja enfatizando o seu caráter autoritário e os mecanismos repressivos por ele utilizados para mobilizar e controlar a sociedade. Estudos sobre a atuação de entidades da sociedade, que, com algum grau de autonomia e por interesses diversos, também atuaram no esforço de guerra, são relativamente escassos. Tendo como ponto de partida as relações entre Estado e sociedade durante o Estado Novo, este trabalho pretende analisar a mobilização dos principais clubes de futebol cariocas durante a Segunda Guerra Mundial, a partir de matérias publicadas pela imprensa do Rio de Janeiro e da documentação disponível no acervo dos clubes. Parte-se da hipótese de que houve, mesmo que de forma esparsa, certo grau de atuação autônoma de setores da sociedade carioca para o esforço de guerra.
Nas décadas de 1980 e 1990, em Portugal, procurouse construir uma espécie de consenso nacional em torno da ideia da lusofonia, uma releitura, em novos parâmetros, do discurso secular da originalidade da cultura portuguesa e das marcas que ela deixou no mundo, a partir das grandes navegações dos séculos XV e XVI. Para legitimar tal ideia, amplos setores das elites culturais e políticas lusitanas procuraram em experiências passadas ou em escritos de intelectuais e pensadores portugueses e estrangeiros as bases discursivas que lhe dessem sustentação. Dentre esses pensadores, destaca-se o brasileiro Gilberto Freyre, com as suas teses sobre o lusotropicalismo e sobre a especificidade do “modo português de estar no mundo”, que se acabariam se tornando o principal arcabouço intelectual da lusofonia, ao serem ressignificadas em um contexto pós-colonial.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.