A violência tem se apresentado como uma demanda marcante aos setores sanitários. Objetivou-se verificar se os profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) de um município de São Paulo encontram dificuldades quanto ao processo de reconhecimento e notificação das ocorrências envolvendo violência. Trata-se de um estudo transversal e descritivo. Do total de 135 profissionais, 57 consentiram e responderam um questionário autoaplicado com questões abertas e fechadas. Os dados foram analisados quanti-qualitativamente. 75,4% dos profissionais não conhecem a ficha de notificação de violências; 60% não se sentem responsáveis pela notificação dos casos. O acontecimento da violência intrafamiliar, muitas vezes, está associado ao uso de drogas e/ou álcool e também da condição socioeconômica dos indivíduos envolvidos. Conclui-se que a maioria dos participantes encontra-se despreparada para o reconhecimento e notificação dessas ocorrências. Sugere-se o aprimoramento das estratégias, de modo a capacitar os profissionais para realizar um atendimento adequado às vítimas de violência intrafamiliar.<p class="Corpodetexto21"><strong>Descritores:</strong><strong> </strong>Violência; Saúde Pública; Epidemiologia; Políticas Públicas.</p>
The aim of was to determine the prevalence of cases of violence against teachers, in public schools in a city in São Paulo State. This is a cross-sectional, analytical, quantitative and qualitative study. Being a total of 148 teachers and consenting answered a questionnaire. Of these, 109 agreed to participate, 43% reported having experienced some form of violence at school and of the affirmative cases, 85% said that verbal abuse is more common. It is concluded that violence is present in the school setting, due to various factors that leads to an inversion of values, which generates disrespect against teachers.Descriptors: Exposure to Violence; Education, Primary and Secondary; Adolescent.
the perceptions and attitudes of dentists have shortcomings in relation to notification of family violence and this hinders early diagnosis of the victims of such violence.
A violência contra crianças é apontada como uma das principais causas de morbi-mortalidade na infância e deve ser identificada por todos os profissionais que lidam com esse público, inclusive os professores. Objetivou-se avaliar o preparo dos professores de educação infantil, no que se refere à percepção e notificação dos casos de violência contra criança. Foram visitadas todas as instituições de ensino infantil de Araçatuba-SP, e os profissionais que consentiram (n=236), os quais responderam a um questionário sobre o tema. Os dados foram analisados quanti-qualitativamente. 91,1% se consideram responsáveis pela notificação e 86,9% se dizem capazes de identificar agressões. 80,9% declararam ter recebido informações a respeito da violência contra criança, entretanto, 67,7% sentem-se inseguros quanto à identificação dos casos. Conclui-se que, mesmo possuindo formação para proceder ante a violência, a maioria dos pesquisados ainda não se sente preparada, o que pode gerar negligência.
Sustentado em pesquisa documental e bibliográfica, o artigo aborda o direito de ser/aprender dos jovens que estão na Educação de Jovens e Adultos. Para isso, concebe a referida modalidade educativa como um lugar constituído de direitos dos sujeitos plurais que a compõe. Acenamos para a compreensão da cultura produzida por tais educandos, uma vez que as suas possíveis formas de ser e estar no mundo apontam configurações de potencialização de compreensão de delineamentos da EJA como espaço de produção de conhecimentos da pluralidade juvenil que converge com os saberes/conhecimentos de outras pessoas que estão em outra fase da vida (adultos e idosos). Assim, o texto indica a necessidade de considerar as singularidades imersas nas multiplicidades presentes nos distintos espaços educativos em que os jovens vivem, produzindo juventudes ainda pouco enxergadas pelos espaços educativos, essencialmente a escola. O texto ainda procura refletir qual o sentido da Educação de Jovens e Adultos no fazer do educador para a vida do educando.
Este artigo discorre sobre o trabalho com apreciação de poemas desenvolvido com uma turma de quarto ano do Ensino Fundamental em uma escola pública no estado Rio de Janeiro. As atividades foram desenvolvidas através do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, no primeiro semestre do ano de 2015. O objetivo principal foi favorecer a apreciação de poemas de modo a potencializar a formação de leitores sensíveis à linguagem poética. A metodologia, de cunho qualitativo, foi considerada a mais apropriada devido a sua adequação ao processo de interpretação dos dados coletados, estes últimos aconteceram por intermédio de diálogos, saraus de leitura, rodas de conversas e exposições de varais de poemas. Os resultados obtidos indicam para a construção de concepções e práticas não escolarizadas com a leitura, apontam as ações educativas constituídas com intencionalidade prazerosa e lúdica com poemas como sendo as mais carregadas de sentido para as crianças.
presente Dossiê tem como ponto de partida o reconhecimento e asserção da relevância do tema educação de jovens e adultos como um direito, tanto no Brasil quanto nos demais países que, no mundo, trabalham com esta modalidade educacional. O nosso principal propósito foi produzir, analisar e publicar escritos sobre os diferentes campos que compõe a EJA, tanto no que diz respeito à afirmação de direitos dos múltiplos sujeitos, como na partilha de estudos e pesquisas que podem auxiliar na conquista do direito à educação de jovens e adultos: o papel político da EJA, formação docente e discente, políticas públicas, avaliação, educação popular, dentre outros.Neste desafiante momento da história, em que pensar se apresenta, cada vez mais, como uma forma de resistência, acreditamos que, com este Dossiê, colocamos em diálogo produções sistemáticas que possibilitam aproximações 1 Doutora em Educação pela Unicamp. Docente Adjunta II na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Os movimentos de revisita e análise dos/nos escritos de Freire, em “Pedagogia do Oprimido” e “Pedagogia da Esperança”, e de Freinet, em “Para uma Escola do Povo” e “Educação para o Trabalho”, sobre a existência do conceito de trabalho coletivo desvelam palavras que dialogam sobre os seus fundamentos e nos levam a compreender princípios fundantes de uma educação outra. Os textos, apesar de não mencionarem ipsis litteris tal expressão em sua forma composta, se revelam como leituras íntimas em relação ao tema. Freire discute os conceitos de solidariedade, dialogicidade/diálogo, reflexão, libertação, colaboração, comunhão e trabalho como ideias que corroboram outras leituras balizadoras do processo de compreensão sobre o trabalho coletivo. Freinet explora princípios que o cotejam por intermédio dos seguintes temas: educação pelo trabalho, cooperação, auto-organização. Ambos os teóricos remetem a leituras que lançam a concepção de trabalho coletivo em consonância com um projeto de educação que se faz para e com o povo. Enquanto Freire se detém aos processos de educação mais amplos e o coletivo se projeta no processo de humanização, Freinet trabalha com esses conceitos no campo da organização do trabalho escolar, nos levando a refletir e a estabelecer uma proposta concreta de trabalho cooperativo com estudantes e professores. São leituras que se constituem como dissonantes, uma vez que recuperam obras de autores e as aproximam de uma necessária educação para os excluídos, para e com as vozes dissonantes da sociedade, as quais, ao mesmo tempo, fazem parte da composição social.
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