Resumo: Jogos sérios têm sido utilizados como ferramentas em processos terapêuticos baseados em biofeedback. As histórias e objetivos do jogo buscam motivar o paciente, servindo como distração para um processo normalmente cansativo e repetitivo. A eletromiografia pode servir como o sinal fisiológico de entrada em um jogo sério, auxiliando no tratamento de doenças ou disfunções associadas ao sistema neuromuscular. Entretanto, a maioria dos jogos desenvolvidos até então possuem seus estágios pré-definidos, o que torna os protocolos de tratamento estáticos. Ou seja, os protocolos terapêuticos são, geralmente, os mesmos, independentemente do quadro clínico ou da evolução do paciente ao longo da terapia. Assim, o objetivo desse trabalho é apresentar a possibilidade de customização de jogos sérios para a criação de protocolos de reabilitação específicos baseados na atividade eletromiográfica, visando uma possível melhoria do potencial terapêutico do jogo. Para tanto, foi implementado um jogo sério baseado em miofeedback, que pode ser modelado por uma interface dinâmica que permite modificações das estruturas do jogo, e assim, tornar as terapias menos cansativas e repetitivas, oferecendo um ambiente imersivo, motivador e desafiador. Palavras-chave: biofeedback, eletromiografia, jogos sérios, reabilitação. Abstract: Serious games have been used as tools in IntroduçãoTerapias baseadas em biofeedback são utilizadas para apresentar ao usuário um retorno imediato sobre processos fisiológicos, sejam eles a frequência cardíaca, a resposta galvânica da pele, a temperatura, ou o estado da atividade cerebral ou muscular [1]. Nesse sentido, aplicações que envolvem biofeedback fornecem ferramentas para a autorregulação do indivíduo [2].No caso de biofeedback eletromiográfico (miofeedback), é possível estimar parâmetros fisiológicos a partir da coleta de sinais EMG. Uma das vantagens da técnica é o fato de que o sinal EMG é relativamente fácil de ser obtido e analisado [3], podendo retornar respostas sobre o padrão de contração muscular -hipertonia, hipotonia, fadiga muscular etc [1,4]. O miofeedback tem sido utilizado como alternativa para tratamentos de asma, melhorando o processo respiratório [2]; diminuição dos sintomas em enxaqueca e cefaleia tensional [1]; terapias de reabilitação de pacientes com distúrbios no pescoço e ombros, através da ativação seletiva do serrátil anterior [7] ou do trapézio [8]; tratamento de pacientes com síndrome da dor patelofemoral [9]; terapias para melhora em membros superiores em pacientes pós AVC [10] e treinamento e controle de próteses mioelétricas [11]. Entretanto, para que a terapia funcione efetivamente, é necessário que o paciente esteja determinado a cumprir as tarefas determinadas pelo profissional. Porém, é comum o abandono do processo terapêutico, destacando o desafio enfrentado pelos profissionais de saúde para manter o paciente motivado [5].Uma maneira eficaz de manter o foco do paciente durante o processo de reabilitação é utilizar jogos sérios. Jogos possuem uma história própria e...
Alguns dos fatores de risco podem estar associados a características do sistema musculoesquelético [2]. Especificamente, ao alinhamento do complexo tornozelo-pé, a capacidade dos abdutores e rotadores laterais do quadril de produzir torque, assim como a rigidez passiva de rotadores laterais do quadril.Testes clínicos podem informar sobre essas características. Contudo, antes de serem utilizados, é preciso verificar suas propriedades clinimétricas. Assim, o objetivo da primeira fase deste estudo foi investigar as propriedades clinimétricas dos testes clínicos que serão utilizados para verificar as características do sistema musculoesquelético. A verificação dessas propriedades permitirá o uso seguro dos dados a serem coletados na segunda fase deste estudo. Materiais e métodosRealizou-se uma investigação metodológica, em que cinco voluntários foram avaliados em duas visitas, por um mesmo avaliador. Todos os voluntários assinaram o termo de consentimento. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Belo Horizonte (parecer nº 2.109.523).Critérios de elegibilidade -Voluntários com idade entre 18 e 60 anos e sem queixa musculoesquelética que
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