Resumo: Agregar em um único programa duas ferramentas úteis, oriundas do desenvolvimento da tecnologia da informação em saúde, pode beneficiar tanto a equipe médica quanto os pacientes, de inúmeras formas possíveis. O objetivo do presente estudo é desenvolver uma única plataforma que ofereça um sistema de Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) juntamente a um sistema de Teleconsulta. O protótipo criado, denominado "PEP-TEL" tem o intuito de ser aplicável em situações de gerenciamento hospitalar ou clínico, em que o paciente é atendido por um sistema de saúde, seja ele publico ou privado, onde é possível acompanhar suas entradas, saídas, procedimentos, diagnósticos e desfechos. Além disso, será possível, também, realizar um trabalho constante de educação em saúde e busca de intercomunicação entre profissionais atuantes nas clínicas e hospitais, que lidam diretamente com os pacientes e que encontram desafios de situações clínicas de não tão fácil resolutividade, e necessita-se consultar especialistas para um procedimento clínico mais assertivo. Palavras-chave:Telemedicina, Teleconsulta, Prontuário. Abstract IntroduçãoA Telemedicina é um termo usualmente adotado para denominar a aplicação de diversas tecnologias de telecomunicação e de informação no âmbito da saúde, para os prestadores de serviço em saúde e para os pacientes. Sua essência é fundamentada na prestação de serviços e informações médicas e clínicas, sem a necessidade de que algum indivíduo se desloque até um centro de referência em saúde (UNIFESP, 2005; WEN, 2017).A implantação de sistemas de Telemedicina possibilita que áreas distantes dos centros de saúde mais especializados e que não possuem alto nível de complexidade de atendimento, tenham acesso a algumas modalidades de serviços em saúde disponibilizadas por parcerias entre instituições de referência médica que podem ou não estar localizadas em outras regiões. (WAKEFIELD, 2004). Dentre as modalidades aplicáveis em Telemedicina, destaca-se a Teleconsulta, que é uma ferramenta utilizada para qualquer consulta feita à distância. Este é um serviço que conecta dois ou mais profissionais de saúde, através de uma conexão remota, para se obter uma segunda opinião sobre um caso clínico, discutir procedimentos possíveis e troca de conhecimentos específicos (SABATTINI, 2012).Outra ferramenta que se destaca no cenário da tecnologia da informação em saúde se refere ao Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). Desde a proposta inicial de execução, de armazenar informações clínicas dos pacientes, até os dias atuais, onde há a agregação de novas funcionalidades, como a utilização de sistemas de apoio à decisão e o acesso remoto ao PEP, percebeu-se uma série de avanços das tecnologias e a adesão crescente dos estabelecimentos de saúde, hospitais e clínicas, a esta ferramenta. (PATRÍCIO, 2011; BARCELOS, 2016) Diante deste cenário, avalia-se que a união destas duas ferramentas pode beneficiar a seus utilizadores diretos e indiretos, ou seja, a equipe médica e os pacientes. O estudo tem como objetivo desenvolver u...

Resumo: A eletroencefalografia é uma ferramenta de acompanhamento à pacientes em estado crítico internados em ambientes de UTI. Dessa maneira, este artigo estuda a caracterização quantitativa do EEG realizado durante o estado do coma, que é comparada ao desfecho clínico da internação de um grupo de 128 pacientes, cujos dados foram obtidos através de um estudo retrospectivo realizado junto ao Hospital de Clinicas de Uberlândia. O EEG foi analisado através da estimação da densidade espectral de potência. Constatouse que a intensidade e distribuição topográfica do ritmo delta consiste na principal diferença quantitativa associada aos desfechos. Palavras-chave: EEG, Coma, Desfecho Clínico. Apesar das semelhanças clínicas que podem ser manifestadas pelos pacientes, principalmente quando o tronco cerebral demonstra funções clinicamente ativas, o EEG é capaz de revelar uma vasta gama de anormalidades [2]. É ainda capaz de auxiliar na tomada de decisões para pacientes nas unidades de tratamento intensivo (UTIs) fornecendo informações cruciais sobre estados de consciência alterados. Usado nos casos de coma induzido para tratamento epiléptico, o eletroencefalograma é o único capaz de definir se o paciente ainda está em crise em um estado não-convulsivo [3]. Existem algumas etiologias para encefalopatias agudas (EA) incluindo metabólicas, tóxicas, infecciosas, neurológicas primárias, cirúrgicas e outras. O principal aspecto clínico das EAs é um estado alterado de consciência que pode variar de vigília ou consciência minimamente reduzida para coma [4]. AbstractPacientes nesse quadro requerem um diagnóstico etiológico preciso e, embora tenha sido dada pouca atenção ao exame EEG, através dele é possível diagnosticar EAs devido seu comportamento característico comparado com outros, como a atividade epileptiforme e convulsões [5]. É sabido que amplitude e frequência de ondas cerebrais, que resultam da atividade neural e os padrões particulares do EEG, estão relacionados com o nível de consciência, sendo notável a utilidade do EEG na avaliação de estados anormais de conscientização [6].A densidade espectral de potência é um método amplamente utilizado no processamento de sinais coletados pelo EEG e representa a potência do sinal de entrada numa gama de frequências possíveis que este sinal pode apresentar [7]. Esta é uma forma adotada que consegue traduzir a atividade cerebral em termos de potência e de frequência [8]. A base fundamental para