ResumoTendo como fio condutor os trabalhos de Ken Booth e Richard Wyn Jones, o artigo analisa a produção acadêmica da Escola Galesa de Estudos Críticos em Segurança Internacional. O argumento a ser desenvolvido é que, a despeito da produção de conceitos que contribuíram para o campo crítico em Segurança Internacional, o desenvolvimento teórico da escola ainda padece de insuficiências, sobretudo a controversa relação entre segurança e emancipação. Por conseguinte, derivar conceitos que informam a ação política torna-se tarefa difícil. Logo, a análise aponta para a necessidade de a Escola Galesa engajar-se em um debate teórico com perspectivas distintas, especialmente o pós-estruturalismo e o pós-colonialismo, o que pode produzir implicações importantes para a teoria e prática dos Estudos Críticos em Segurança Internacional.Palavras-chave: Escola Galesa; Segurança Internacional; Emancipação.
AbstractAnchored in the works of Ken Booth and Richard Wyn Jones, the article reviews the academic production of the Welsh School of Critical Security Studies. It is argued that despite a meaningful conceptual contribution to critical security studies, the Welsh School production is still pervaded by weaknesses, mainly the troubled security and emancipation equation. Thus, deriving concepts for political action becomes an arduous task. The analysis points 1 Gostaria de agradecer a Rafael Villa e Thiago Babo pelo convite para escrever sobre a Escola Galesa de EstudosCríticos em Segurança Internacional no âmbito de projeto desenvolvido junto ao NUPRI-USP. Ademais, agradeço novamente a Thiago Babo pelos comentários a uma versão prévia do trabalho durante o I Encontro Brasileiro de Estudos para Paz, em setembro de 2016. Não menos importante, o meu muito obrigado também se estende aos pareceristas anônimos da revista Carta Internacional.