Vivências de prazer e sofrimento no trabalho: um estudo com bancários

Abstract

Este artigo teve como objetivo analisar como um grupo de bancários, alocados em uma agência da cidade de Mariana – MG, significa as vivências de prazer e sofrimento no trabalho, a partir da aplicação do Teste de Evocação de Palavras (TEP). Em uma perspectiva qualitativa, os sujeitos de pesquisa foram convidados a evocar um conjunto de palavras diante de duas expressões indutoras. Ademais, foi solicitado que os participantes problematizassem e explicassem os termos citados. Mesmo diante de uma visão utilitarista do que seja o prazer no trabalho, os resultados enfatizam a presença de dinâmicas de sofrimento na atividade laboral. Corroborando estudos contemporâneos, o trabalho no setor bancário tem evidenciado contradições no que se refere à satisfação dos profissionais. Nesses termos, o texto contribui para o campo de estudos e apresenta uma agenda de pesquisa para novas e necessárias investigações sobre prazer e sofrimento no trabalho, ampliando os níveis de problematização.

Work organization and risks of illness in the professional practice of doctors

“…Studies that investigate the aspects involved in the relationship between man versus work and that predispose workers to illness, or that, in the midst of harmful contexts, act in the preservation of health are not recent (Augusto et al, 2014;Martins & Mendes, 2012;Máximo et al, 2014;Merlo & Lapis, 2007). However, research that includes the subjective dimension of work as a potential risk factor for workers' health dates back only to the 1980s, when theoretical and methodological references, especially the Psychodynamics of Work and the Ergological perspective, adopted a dynamic analysis that has based on the nature of the activity, real work (Ruiz & Araújo, 2012).…”

“…It is emphasized that the organization of work is an aspect of the subjective dimension of work, considered for Work Psychodynamics, as crucial for the understanding of workers' health and illness processes (Augusto et al, 2014;Rancan & Giongo, 2016). Since it corresponds to the division of labor (prescribed work, mode of production, rhythm, the realization and division of tasks) and the division of men (relational scope of work, hierarchy, power and control relations, autonomy, communication and cooperation) (Dejours & Abdoucheli, 1994), it deserves to be investigated.…”