Objetivo: Analisar os fatores associados à adesão a terapia imunossupressora em indivíduos transplantados renais. Métodos: Trata-se de estudo de corte transversal, com indivíduos transplantados renais em acompanhamento ambulatorial, na cidade do Recife, Nordeste do Brasil. Utilizou-se a Assessment of Adherence with Immunosuppressive Medication Scale para avaliar a adesão aos imunossupressores. Resultados: Em 147 transplantados renais, foi observada uma prevalência de mulheres (51,70%) com baixa escolaridade e baixo nível socioeconômico (60,54%). A amostra foi composta, em sua maioria, por receptores de enxerto renal proveniente de doador cadáver (50,34%), com tempo de espera para o transplante de até 48 meses (62,59%). A taxa de adesão dos participantes foi de 56,42%, e esteve associada ao tempo médio pós-transplante (p=0,033), com maior índice naqueles com menos de 5 anos de transplante renal. Os fatores associados a não adesão foram atrasos e esquecimentos. Conclusão: Considerando a necessidade de ampliar a taxa de adesão, é fundamental considerar o tempo de transplante renal no planejamento das ações. Além disso, é preciso utilizar estratégias que auxiliem na manutenção da tomada dos imunossupressores conforme prescrição médica a fim de contribuir para a manutenção do enxerto renal.