Viva ou deixe morrer

Abstract

Este trabalho objetivou identificar as estratégias desenvolvidas por micro e pequenas empresas (MPE) do turismo ludovicense para enfrentar a crise provocada pela COVID-19. Adicionalmente, detectou-se impactos da pandemia sobre os negócios. Metodologicamente, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa, transversal, descritiva e exploratória com MPE de hospedagem, transporte, agenciamento, A&B, consultoria, cerimonial e eventos. Os dados foram coletados, por meio de roteiro semiestruturado contendo as categorias: impactos e gerenciamento de crise. Utilizou-se a técnica de análise de conteúdo. Os resultados apontam impactos negativos, como “dificuldades financeiras”, e positivos, a exemplo das “oportunidades de qualificação profissional”. Empresas de A&B obtiveram “melhorias no faturamento” graças ao delivery. As estratégias para enfrentamento versam sobre gestão de marketing, finanças, operacional e pessoas, e variam conforme segmentos e stakeholders envolvidos. No geral, as empresas não fazem planos contingenciais e agem de forma responsiva às crises. Destacou-se a atuação de instituições públicas e privadas no “apoio técnico e financeiro” aos negócios, embora a “lentidão no acesso aos subsídios financeiros” venha comprometendo o futuro das MPE. Para o pós-crise, os empreendimentos almejam estratégias que estejam em consonância ao “novo normal” e fortaleçam a percepção de segurança nos consumidores.

Pequenos negócios de turismo do Brasil na pandemia de COVID-19: efeitos da crise, perspectivas e sentimentos atuais

“…Assim como relatado na literatura consultada (Bouças da Silva et al, 2021;Guerreiro & Vilela, 2021;Neves et al, 2020;Oliveira, 2020), uma consequência do fechamento das empresas, foi a demissão de funcionários. Conclui-se que o pior momento ocorreu logo na primeira edição (Figura 3), quando 32% dos pequenos negócios de turismo, 28% de serviços de alimentação e 23% na média geral informaram que demitiram funcionários nos últimos 30 dias em função da pandemia de COVID-19.…”

“…Para os serviços de alimentação, a variação mais negativa foi de -66%, também nas duas primeiras edições. Há de se considerar que a adoção da modalidade de delivery pelas empresas do setor de alimentação, e/ou a retirada no local dos produtos comercializados, pode ter minimizado esta variação negativa semanal do faturamento, como corroborado pelo estudo de Bouças da Silva et al (2021). Na média geral, o pior resultado, -69%, foi registrado na segunda Ao se analisar a Figura 5, nota-se que o cenário do faturamento semanal em 2021 ainda está fortemente afetado, principalmente para os pequenos negócios de turismo.…”

“…Portanto, este capítulo traz um olhar relevante em um cenário prolongado de pandemia e suas reverberações. Nesse contexto, os pequenos negócios, em razão da sua própria natureza, estão severamente expostos às consequências negativas, tais como a queda vertiginosa no faturamento, demissões de funcionários e contração de dívidas, o que torna o cenário pós-pandêmico também desafiador (Bouças da Silva et al, 2021;Guerreiro & Vilela, 2021).…”

Turismo, Sustentabilidade e COVID-19

“…Portanto, este capítulo traz um olhar relevante em um cenário prolongado de pandemia e suas reverberações. Nesse contexto, os pequenos negócios, em razão da sua própria natureza, estão severamente expostos às consequências negativas, tais como a queda vertiginosa no faturamento, demissões de funcionários e contração de dívidas, o que torna o cenário pós-pandêmico também desafiador (Bouças da Silva et al, 2021;Guerreiro & Vilela, 2021).…”

“…Assim como relatado na literatura consultada (Bouças da Silva et al, 2021;Guerreiro & Vilela, 2021;Neves et al, 2020;Oliveira, 2020), uma consequência do fechamento das empresas, foi a demissão de funcionários. Conclui-se que o pior momento ocorreu logo na primeira edição (Figura 3), quando 32% dos pequenos negócios de turismo, 28% de serviços de alimentação e 23% na média geral informaram que demitiram funcionários nos últimos 30 dias em função da pandemia de COVID-19.…”