Viva bem com a coluna que você tem: ação multidisciplinar no tratamento da lombalgia

Abstract

Esse estudo relato tem como objetivo descrever a metodologia e implementação do projeto: Viva bem com a coluna que você tem. O projeto, criado em 2004, com parceria entre a Prefeitura Municipal de Mafra e a Universidade do Contestado, visa promover bem-estar físico, social e diminuição do quadro álgico de indivíduos com lombalgia por meio de tratamento multidisciplinar e produção de novos conhecimentos. Desde a sua criação já foram atendidas cerca de 500 pessoas. O projeto é desenvolvido em uma academia de musculação, duas vezes por semana, com duração de 60 minutos, por meio de exercícios aeróbios, de flexibilidade e resistência de força. A sessão é conduzida por uma equipe composta por fisioterapeutas, profissionais e estudantes de educação física. Os participantes melhoraram/mantiveram a aptidão física relacionada à saúde e diminuíram o quadro álgico. Com isso, o projeto tem atingido seus objetivos podendo ser adotado como uma estratégia alternativa para o tratamento da lombalgia.

Efeito do Exercício Físico na Dor Lombar

“…A Tabela 1 traz a síntese das principais informações extraídas dos estudos. A combinação de exercícios é uma alternativa para a diminuição da dor lombar sendo também uma opção barata pois não considera a parte medicamentosa (PETREÇA et al, 2017). Os exercícios físicos de força muscular, alongamento, flexibilidade e neuromotor estão dentre os exercícios recomendados pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM, 2018).…”

“…Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) a atual definição da dor consiste no indivíduo experimentar sensorial e emocionalmente alguma experiência desagradável que pode estar associada ou simplesmente semelhante à de uma lesão real ou potencial (OLIVEIRA et al, 2014). A dor lombar ou lombalgia é identificada pela sintomatologia referida entre a região das últimas costelas e os glúteos, podendo ou não apresentar rigidez e por consequência redução na funcionalidade (PETREÇA et al, 2017).…”

“…Mundialmente, a prevalência de dor lombar atinge a casa dos 11,9%, valores esses que podem ser subestimados, haja visto que menos de 60% das pessoas que apresentam dor lombar procuram por tratamento (MELO FILHO et al, 2013). Na américa do Sul estimase que 8,8% das mulheres e 7,2% dos homens apresentam lombalgia, e especificamente no brasil, 25,4% da população possui essa condição gerando danos individuais e consequentemente ocasionando o aumento dos custos com saúde e inúmeros afastamentos do trabalho (PETREÇA et al, 2017). Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 80% dos adultos sofrerão pelo menos uma crise aguda de dor nas costas durante a vida, sendo que 90% dessas pessoas apresentarão mais de um episódio de dor lombar (MELO FILHO et al, 2013).…”

“…Diferentes tipos de tratamento não farmacológicos têm sido sugeridos para tratamento da dor lombar (PETREÇA et al, 2017), tendo o exercício físico como o principal instrumento para tal. Dessa forma, os profissionais de Educação Física, dentro de uma equipe multidisciplinar, têm importância na prevenção e reabilitação de indivíduos com dor lombar, contribuindo com programas de exercícios relacionados à promoção da saúde, identificando possíveis fatores de risco e influenciando a prática de atividade física (PETREÇA et al, 2017).…”

“…Diferentes tipos de tratamento não farmacológicos têm sido sugeridos para tratamento da dor lombar (PETREÇA et al, 2017), tendo o exercício físico como o principal instrumento para tal. Dessa forma, os profissionais de Educação Física, dentro de uma equipe multidisciplinar, têm importância na prevenção e reabilitação de indivíduos com dor lombar, contribuindo com programas de exercícios relacionados à promoção da saúde, identificando possíveis fatores de risco e influenciando a prática de atividade física (PETREÇA et al, 2017). Assim, o objetivo do presente estudo foi revisar as evidências sobre a influência do exercício físico em indivíduos com dor lombar evidenciando a importância da utilização da atividade física como forma de restabelecimento de indivíduos acometidos por alterações da coluna vertebral e/ou a redução significativa do quadro álgico com a utilização de exercícios que promovem a melhora e manutenção da força, flexibilidade muscular, mobilidade articular e postural contribuindo também na melhora da qualidade de vida.…”