Introdução: A Síndrome de West se caracteriza como uma encefalopatia epiléptica constituída por três principais condições: Espasmos musculares infantis, majoritariamente em clusters, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e padrão de hipsarritmia evidenciada no eletroencefalograma. A patologia é dividida em 2 grupos, sendo o primeiro a forma criptogenética, em que o paciente não apresenta lesão neurológica prévia ou comorbidades, e o segundo a forma sintomática, em que os pacientes já apresentam uma lesão neurológica prévia. Seu pico de incidência se dá em crianças entre 5 e 8 meses. O prognóstico da doença é grave e o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível de acordo com a classificação da forma. Apresentação do caso: Um menino de 9 meses, residente no estado de Goiás, foi levado pelos pais a um centro médico especializado devido a frequentes episódios de contrações musculares e atraso no desenvolvimento motor. O paciente é o segundo filho da família, e a mãe teve uma gravidez sem complicações. Os pais começaram a notar espasmos musculares no bebê desde que ele tinha 5 meses de idade, que se manifestavam principalmente durante períodos de descanso e sono. Além disso, o desenvolvimento motor do bebê estava atrasado, ainda não conseguindo realizar ações como virar-se ou sentar sem suporte. Discussão: A síndrome apresentada na forma sintomática constitui 80% dos casos e inclui os pacientes que possuem uma causa para o atraso no desenvolvimento ou para as crises epilépticas antes da aparição dos espasmos. Já os pacientes da forma criptogenética não apresentam causa aparente e os espasmos são associados a um desenvolvimento neuropsicomotor adequado. Dentre os principais sintomas e sinais clínicos, os espasmos se destacam como movimentos abruptos com duração de 2 a 10s, repetidos e que se intensificam ao despertar ou ao iniciar o sono. Dentre as principais etiologias se enquadram a anoxia fetal ou peri-natal, toxemia, síndrome de down, infecções congênitas, desnutrição intra útero, tocotraumatismos, vacinações, entre outros. O tratamento de primeira linha é feito com Vigabatrina, e alguns casos respondem bem ao hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Conclusão: É uma doença que pode causar grandes limitações físicas, mentais e motoras na vida da criança, causando um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e de seus tutores. Portanto, é necessário a investigação precoce para diagnóstico e tratamento, bem como melhora do prognostico e expectativa de vida desses pacientes.