A cirurgia cardíaca não foge à regra. Apesar de ser sofisticado método de tratamento invasivo, observamos a ocorrência de quadros infecciosos gravíssimos que desafiam a competência da equipe cirúrgica e dos centros de tratamento cardiológico.A abertura do esterno para possibilitar o acesso ao coração, introduzida por MILTON (1,2) , em 1897, e popularizada por JULIAN (3) et al., tem sido evitada sempre que possível. Lança-se mão de procedimentos cardiológicos invasivos com cateteres ou balões (4) e, ultimamente, de abordagens cirúrgicas através de reduzidas incisões torácicas com ou sem o auxílio de videotoracoscopia (5)(6)(7)(8)(9)(10)(11) , com excelentes resultados.A incidência de mediastinite nos procedimentos operatórios cardíacos em que se pratica esternotomia é pequena, variando de 0,4 a 5% (12,13) . A mortalidade desta temível complicação, no entanto, é alta, variando de 14 a 47% (14) . Além desta alta mortalidade, verifica-se considerável aumento dos custos do tratamento após esta complicação, quase triplicando estes valores (15,16) .Os fatores de risco parecem ser muitos, podendo ser citados: associação de diabete melito e