2014
DOI: 10.1590/1982-370001492013
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Vidas Medicalizadas: por uma Genealogia das Resistências à Farmacologização

Abstract: Este artigo visa a colocar em debate, em formato de ensaio teórico, a temática da me-dicalização e da farmacologização da existência. Discute-se a multiplicidade de acontecimentos que sustentam a medicalização e o campo de lutas no qual tais situações ocorrem e se materializam em um dispositivo de farmacologização subjetivante. Recupera-se, para tanto, aspectos da obra de Rodrigo Souza Leão que problematizam dimensões dos modos de subjetivação atuais urdidos na economia política da indústria farmacêutica e que… Show more

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“…Os respondentes conceberam o risco envolvido na ingestão de medicamentos, principalmente associado a doenças crônicas e, surpreendentemente, referindo menos aos psicofármacos e antibióticos (Galindo et al, 2014). Segundo Arrais et al (1997) Fagundes et al (2007) alertaram que muitas prescrições têm sido influenciadas pelo marketing, mesmo diante de incipiência de informações relevantes para consolidação do saber médico.…”
Section: Discussionunclassified
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“…Os respondentes conceberam o risco envolvido na ingestão de medicamentos, principalmente associado a doenças crônicas e, surpreendentemente, referindo menos aos psicofármacos e antibióticos (Galindo et al, 2014). Segundo Arrais et al (1997) Fagundes et al (2007) alertaram que muitas prescrições têm sido influenciadas pelo marketing, mesmo diante de incipiência de informações relevantes para consolidação do saber médico.…”
Section: Discussionunclassified
“…O uso racional de medicamentos prevê a medicação responsável, condicionada à orientação profissional direcionando o medicamento correto, na dose correlata, para o paciente certo, monitorando se a droga está chegando ao paciente e ao local de ação e produzindo o efeito terapêutico almejado (Barros et al, 2010). Porém, indivíduos emocional e socialmente fragilizados e influenciados pelo mercado (Bauman, 2004) tornam-se vulneráveis aos agravos decorrentes do consumo indiscriminado de medicamentos, além de conceberem-nos como bens de consumo, atribuindo outras representações, além da cura, para os males do corpo (Galindo et al, 2014). Galindo et al (2014) referiram-se a uma pesquisa publicada em 2011 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que relatou que os psicofármacos representam 40% dos medicamentos comercializados e que o aumento de gastos com remédios se constitui uma tendência global.…”
Section: Introductionunclassified
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“…A primeira diz respeito a quem interessa medicalizaros processos de ensino, aprendizagem e comportamentos? Alguns autores apontam direções, como já mencionadas no decorrer deste texto: criança como um consumidor potencial de medicamentos, expandindo seu escopo de usuários da indústria do adoecimento; processo de produção com a otimização da atenção, concentração, comportamento no mundo capitalista; instituições que propiciam condições de acesso e garantia de direito, mediante a patologização; controle e disciplina dos corpos para uma sociedade moderna, de ordem e progresso (Lima & Caponi, 2011;Meira, 2012;Palma &Vilaça, 2012;Decotelli et al, 2013;Carvalho et al, 2014;Carvalho et al, 2015;Camargo Jr., 2013;Galindo et al, 2014;Sanches & Amarante, 2014;Figueira & Caliman, 2014).…”
Section: Práticas Não Medicalizantesunclassified
“…A questão sobre a produção de liberdades se coloca não apenas para o processo de farmacologização, mas, antes, para o estabelecimento de uma formação hegemônica, uma vasta rede de articulação de elementos que se condicionam e se legitimam mutuamente. Uma rede que estabelece uma cumplicidade tácita entre certa visão da doença mental, certo modo de produção e uma visão do que seja a ordem pública (GALINDO et al, 2014).…”
Section: Introductionunclassified