Verificação do comportamento hidráulico de bloqueadores de ar para abastecimento de água

Abstract

Por diversos motivos, é possível a presença de ar nas tubulações de fornecimento de água e, consequentemente, que volumes de ar sejam contabilizados pelos hidrômetros. Esse fenômeno, além de ocorrer no Brasil, se apresenta também em países como Porto Rico, Peru e México. Existem à venda no mercado brasileiro equipamentos denominados “bloqueadores de ar” que, segundo os fabricantes, impedem a indevida cobrança. Porém, até o momento, não há uma norma específica nem literatura consolidada para aferição e certificação desses dispositivos. Nesse contexto, o presente trabalho teve por objetivo verificar o comportamento hidráulico dos bloqueadores de ar, a fim de servir como base para futuras discussões entre usuários, fabricantes e órgãos fiscalizadores sobre o adequado uso destes equipamentos. Nos testes experimentais realizados, foram obtidas as curvas perda de carga versus vazão para cinco bloqueadores avaliados. Como complementação, uma modelagem computacional permitiu verificar os possíveis efeitos causados no fornecimento de água. Os resultados mostraram uma grande variação dos valores de pressão mínima necessária para ocorrer o escoamento, desde 0,92 até 8,60 m.c.a., assim como das curvas de perda de carga, significando, em alguns casos, redução drástica da vazão da água fornecida. Como principal conclusão, observou-se a necessidade de uma regulamentação desses dispositivos para possibilitar a elaboração de instruções sobre o correto dimensionamento e uso em cada situação.

Estabilidade Global De Pórticos Preenchidos Com Alvenaria

“…A instalação desses equipamentos é recomendada próximo aos hidrômetros impedindo que o ar presente na distribuição seja contabilizado como água e consequentemente pago pelo consumidor, tendo isso em vista essa premissa principal alguns trabalhos foram desenvolvidos (Leal e Teixeira, 2004;Souza et al, 2005;Lopes et al, 2011;Scalize et al, 2015;Koide et al, 2017;Tavares et al, 2019;Trancoso et al, 2019).…”

“…provocada pelo bloqueador que por consequência viabiliza uma perda de pressão dinâmica, logo o consumidor pode ser induzido a pensar que o seu consumo reduziu em função da eliminação do ar. Além disso, os mesmos autores constataram que sob a pressão de 5 m.c.a, mesmo com o bloqueador, o hidrômetro a jusante mediu a passagem do ar, ou seja, o dispositivo não cumpre o prometido.Concomitantemente,Tavares et al (2019), constataram em laboratório, que um bloqueador, dentre os cinco analisados, apresentou a menor pressão de abertura, alcançando valor inferior a 1,5 m.c.a, por outro lado, apresentou uma perda de pressão superior a 10 m.c.a, para uma vazão de 1500 L/h, comumente utilizado em residências. Ele ressalta que a depender do local de instalação do bloqueador, a pressão de 1,5 m.c.a, que aciona o êmbolo pode ser facilmente aberta pelo ar.…”

Força, Crescimento e Qualidade da Engenharia Civil no Brasil 2

“…A instalação desses equipamentos é recomendada próximo aos hidrômetros impedindo que o ar presente na distribuição seja contabilizado como água e consequentemente pago pelo consumidor, tendo isso em vista essa premissa principal alguns trabalhos foram desenvolvidos (Leal e Teixeira, 2004;Souza et al, 2005;Lopes et al, 2011;Scalize et al, 2015;Koide et al, 2017;Tavares et al, 2019;Trancoso et al, 2019).…”