RESUMOTendo em vista que a maneira como se avaliam as formas linguís-ticas -positiva ou negativamente -pode acelerar ou barrar uma mudança na língua, focalizamos, neste trabalho, o problema de avaliação linguística (LABOV, 1972), com o intuito de mensurar as normas subjetivas dos falantes maceioenses em relação à alternância pronominal nós e a gente e à concordância verbal relacionada a essas formas pronominais. Para tanto, recorremos aos pressupostos teórico-metodológicos da Teoria da Variação e Mudança Linguística (LABOV, 1972) e utilizamos uma amostra constituída de 52 entrevistas de falantes maceioenses. De acordo com os dados analisados, verificamos que, em relação à alternância pronominal, as crenças e atitudes linguísticas dos falantes não coadunam com o comportamento linguístico da comunidade, sugerindo que tal alternância é um fenômeno linguístico do tipo marcador, e, no que diz respeito à concordância verbal, verificamos que as crenças e atitudes linguísticas dos falantes caminham na mesma direção do comportamento linguístico da comunidade, sugerindo que tanto a concordância com nós quanto a concordância com a gente são fenômenos do tipo estereótipo, com uma aceitação maior do uso da variante nós + 3PS. PALAVRAS-CHAVE: Nós e a gente. Alternância pronominal;. Concordância verbal. Avaliação social.