No presente estudo, por meio de uma análise sociofuncionalista (NEVES, 1999; GÖRSKI; TAVARES, 2013), observamos o efeito da ambiguidade sobre a variação do sujeito pronominal em 33 cartas pessoais escritas por um capixaba. Utilizamos como base deste estudo os apontamentos de Kiparsky (1972 apud POPLACK, 1980) acerca da condição de distintividade; os estudos de Paredes Silva (1988) e de Duarte (1993), sobre a variação da expressão do sujeito pronominal; os pressupostos teóricos da Sociolinguística Variacionista, de Labov (2008 [1972]); a Sociolinguística histórica de Hernàndez-Campoy; Schilling (2012) e de Conde Silvestre (2007); o detalhamento de Guy e Zilles (2007) sobre o pacote de programas Varbrul. Verificamos nas cartas manuscritas que contextos de ambiguidade morfológica e contextual favorecem o uso do sujeito pronominal explícito, ratificando, assim, a condição de distintividade proposta por Kiparsky (1972 apud POPLACK, 1980).