2022
DOI: 10.1590/dados.2022.65.4.275
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Vargas, Eisenhower e a Questão Guatemalteca, 1954: Uma Análise de Política Externa

Abstract: RESUMO O artigo explora a formulação e implementação da política brasileira diante da denominada questão guatemalteca, em 1954. O artigo é resultado de pesquisa histórico-política no Arquivo do Ministério das Relações Exteriores. Foram considerados aproximadamente 500 documentos desclassificados (secretos e confidenciais). No contexto da história da Guerra Fria, o artigo discute a convergência entre a política externa brasileira e a estadunidense em relação à questão guatemalteca, principalmente em três foros:… Show more

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“…À luz destas considerações, é possível compreender determinados movimentos da política externa do governo Geisel, principalmente no que tange à universalização de parcerias não somente no âmbito das relações economico-comerciais, como também no plano político-militar. Lima e Moura (1982) argumentam que a diversificação de interações estratégicas de nossa política exterior, no contexto do projeto de potência emergente, deu-se por meio de uma dupla inserção no plano internacional, em especial no relacionamento com os países capitalistas avançados. Ora o Brasil apresentava-se como integrante do terceiro mundo, demandando uma nova ordem econômica internacional e, nesse diapasão, vantagens que potencializassem seu crescimento econômico; ora desfraldávamos a bandeira da potência industrializada, merecedora de tratamento horizontal pelos países do primeiro mundo, com os quais se buscou estabelecer um conjunto de mecanismos de consulta bilaterais.…”
Section: O Globalismo E Seus Legados à Política Externaunclassified
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“…À luz destas considerações, é possível compreender determinados movimentos da política externa do governo Geisel, principalmente no que tange à universalização de parcerias não somente no âmbito das relações economico-comerciais, como também no plano político-militar. Lima e Moura (1982) argumentam que a diversificação de interações estratégicas de nossa política exterior, no contexto do projeto de potência emergente, deu-se por meio de uma dupla inserção no plano internacional, em especial no relacionamento com os países capitalistas avançados. Ora o Brasil apresentava-se como integrante do terceiro mundo, demandando uma nova ordem econômica internacional e, nesse diapasão, vantagens que potencializassem seu crescimento econômico; ora desfraldávamos a bandeira da potência industrializada, merecedora de tratamento horizontal pelos países do primeiro mundo, com os quais se buscou estabelecer um conjunto de mecanismos de consulta bilaterais.…”
Section: O Globalismo E Seus Legados à Política Externaunclassified
“…O autor sustenta que a política externa geiseliana, assumindo como princípio a definição de um novo posicionamento brasileiro com relação às relações bilaterais com os Estados Unidos, assumirá uma vertente dualista na sua ação internacional. Aqui, ao contrário do que argumentam Lima e Moura (1982), não se trata propriamente da identidade assumida em seus relacionamentos externos, mas sim dos eixos de atuação. Haveria, de acordo com essa interpretação, duas vertentes de inserção: uma "perturbadora", isto é, pautada pelo afastamento dos interesses americanos, e motivando os processos de diversificação dos vínculos políticos e econômicos ao redor do globo; e uma "redentora", que surge para compensar as perturbações causadas pelo distanciamento dos EUA, e coloca a Europa ocidental no rol de prioridades da estratégia do governo Geisel (Lessa, 1995, p. 25-6) 17 .…”
Section: O Globalismo E Seus Legados à Política Externaunclassified