Valoração de ativos intelectuais

Abstract

Com o avanço da competitividade a níveis mundiais, cabe às organizações contemporâneas buscarem o estado da arte disponível em ciência e tecnologia, em busca de vantagem estratégica e novos mercados. Como nenhuma empresa detém todo o avanço tecnológico disponível, entra em cena a possibilidade de elevar o seu patamar por meio da transferência tecnológica, do compartilhamento de know-how, conhecimento técnico, invenções e inovações de uma organização para outra. A valoração de ativos intangíveis é sempre uma tarefa complexa e que requer um detalhamento criterioso, principalmente quando se pensa na escolha da metodologia mais adequada. Os objetivos deste artigo incluem apresentar algumas das mais utilizadas metodologias de valoração de tecnologias — abordando as vantagens e desvantagens de cada uma delas — e desenvolver um estudo de caso, colocando em prática a valoração de uma tecnologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - IF Sudeste MG com a utilização das metodologias apresentadas. A metodologia deste artigo tem caráter exploratório e descritivo, realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica, um estudo de caso e uma entrevista semi estruturada. A conclusão sugere que as metodologias de valoração estão sujeitas a variáveis altamente sensíveis, que os adquirentes da tecnologia devem participar do processo de definição e mensuração dessas variáveis na intenção de se formar um cenário mais próximo à realidade e que não há unanimidade sobre uma única escolha metodológica como a mais adequada para valoração de tecnologias.

Evaluation of the main technology valuation methods applied to intellectual property

“…Another way to value a technology with a market-based approach is by using standardized royalty rates applied to the revenue generated by the private sector from the sales of products utilizing the negotiated technology. In other words, the acquirer will make the payment for the technology transfer only after the asset is being commercialized, with a percentage of the sales being allocated to the previous owners of the intellectual property (PARR, 1995(PARR, , 1997MORAES et al, 2021) Parr (2007) In this sense, industry standards are the benchmarks for royalty rates by market sectors (FOCHESATTO, 2020). This method proves to be an interesting alternative for cases where the technology is still in its early stages, as it avoids undervaluation or overvaluation of the asset, resulting in fairer values for both sides of the negotiation (MORAES et al, 2021).…”

“…In relation to the calculation of awards (P), the author created a mechanism that allows measuring the economic impact of the asset, based on the Technological Readiness Level of the Patent (TRL) (MORAES et al, 2021). For the additional award for granting in countries, a value of +5 points is added for each country where the patent is granted.…”

“…A widely spread asset valuation method in the literature and currently the most utilized one is the discounted cash flow (DCF) (SANTOS; SANTIAGO, 2008;SOUZA, 2009;ROMAN et al, 2013;SOUZA, 2016;RIBEIRO, et al, 2018;MORAES et al, 2021). The main reason for scholars to choose this model is that, unlike most of the valuation methods mentioned before, the DCF takes into account the risks associated with the acquisition of the technology, as well as the potential gains that the asset purchase may generate for the acquirer.…”

“…Additionally, risks are embedded in only one discount rate, and choosing the appropriate rate is usually a challenging task (GUIMARÃES, 2013;TEODORO, 2015;SOUZA, 2016;ISHII, 2017;SHIKI, 2017). Therefore, applying the DCF method is more advisable in situations with a lower number of uncertainties (MORAES et al, 2021).…”

“…Regarding the management of intellectual property, TLOs face several challenges, one of which is related to the commercialization of technologies created by STIs, specifically this challenge pertains to the valuation of technologies with market potential (SILVA, 2013;LORENZONI, 2019;FOCHESATTO, 2020;CARVALHO, 2021;MORAES et al, 2021), which involves assigning a monetary value to these technologies to facilitate their negotiation and transfer to the productive sector. This process aims to generate mutual benefits for the STIs, companies, and society as a whole, by enabling the technology created to become an innovation and ultimately contributing to socioeconomic development (TRES;FERRETI, 2015;OLIVEIRA, 2020).…”