Entre as ferramentas de prevenção no contexto da saúde pública, a vacinação merece destaque. Recentemente, entretanto, as imunizações passaram a enfrentar grandes obstáculos em território nacional, com o aumento dos índices de certas doenças infecciosas e a heterogeneidade da cobertura vacinal nas diferentes regiões brasileiras. Dessa forma, este estudo objetiva conhecer a cobertura das vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde para adolescentes, adultos e idosos, no município de Marabá, no período de 2015 à 2020. Trata-se de um estudo observacional, transversal e descritivo, onde foram entrevistados funcionários das salas de vacina das UBS (Unidade Básica de Saúde) da zona urbana de Marabá. Os dados foram coletados através de um questionário previamente elaborado pelos pesquisadores e por meio de informações advindas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A pesquisa ofereceu riscos quanto à perda de sigilo de informações e constrangimento por parte dos entrevistados e a transmissão e adoecimento pelo novo coronavírus. Os resultados mostraram uma cobertura vacinal média de 57,49% no período e lugar avaliado; evidenciou-se ausência de dados sobre a cobertura das vacinas contra influenza e HPV; as meninas se vacinaram mais que os meninos contra HPV, segundo doses aplicadas; a falta de conhecimento sobre a importância da vacinação foi o principal motivo para a não adesão deste público à vacinação, segundo os profissionais das salas de vacina. Estudos comparativos corroboraram as hipóteses e apoiaram estratégias de ampliação elencados por tais funcionários e destacaram baixas porcentagens de cobertura vacinal em vários locais brasileiros. É inegável a necessidade de intensificação das campanhas vacinais, a fim de proporcionar maior atração e conscientização do público alvo.