2009
DOI: 10.1590/s1984-02922009000200008
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Utópicas cidades de nossas andanças: flânerie e amizade no acompanhamento terapêutico

Abstract: Com base na experiência do acompanhamento terapêutico como uma clínica sem muros, imersa na cidade, o artigo centra-se no tema da cidade nas suas relações com a subjetividade. Valendo-se das elaborações de Benjamin sobre a flânerie e a idéia da amizade como política, presente em Foucault e Derrida, o texto assinala a importância, para a consecução dessa clínica, de se tomar em consideração a cidade como polis, aberta ao encontro com a diferença e, portanto, território de conflitos e negociação. Assim, a cidade… Show more

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“…Não obstante, do ponto de vista clínico-político, transformar a reabilitação num campo de experimentação para novos projetos de vida, dirigidos ao empoderamento afetivo e político dos pacientes, capaz de produzir devires dotados de sentido e propósito, requer do reabilitador a capacidade de exame e o ímpeto crítico para questionar o plano de forças em que opera. Deve buscar aí compreender os fluxos vitais e os vetores de força que subjazem aos poderes instituídos, mas, outrossim, as resistências micropolíticas em contínua reacomodação no interior da vida social, pois é precisamente nessa busca que residem as condições de possibilidade para a invenção de novas formas de sociabilidade, para a criação de outros arranjos de poder, para a instauração de uma nova relação de forças entre a loucura e a cidade (Palombini, 2009).…”
Section: Reabilitação Psicossocial: Tendências Em Cursounclassified
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“…Não obstante, do ponto de vista clínico-político, transformar a reabilitação num campo de experimentação para novos projetos de vida, dirigidos ao empoderamento afetivo e político dos pacientes, capaz de produzir devires dotados de sentido e propósito, requer do reabilitador a capacidade de exame e o ímpeto crítico para questionar o plano de forças em que opera. Deve buscar aí compreender os fluxos vitais e os vetores de força que subjazem aos poderes instituídos, mas, outrossim, as resistências micropolíticas em contínua reacomodação no interior da vida social, pois é precisamente nessa busca que residem as condições de possibilidade para a invenção de novas formas de sociabilidade, para a criação de outros arranjos de poder, para a instauração de uma nova relação de forças entre a loucura e a cidade (Palombini, 2009).…”
Section: Reabilitação Psicossocial: Tendências Em Cursounclassified
“…Contudo, essa catálise requer que estejamos radicalmente abertos ao inedistismo e à polissemia da experiência humana e que sejamos capazes de auxiliar os pacientes a viverem o presente de modo a sobrepujarem representações inertes e apáticas de si mesmos e de seus passados. Bricolar corpo, desejo e memória na produção de porvires de plurais texturas, contornos e matizes existenciais, conditio sine qua non para efetiva mudança clínica, está assim na reabilitação inseparável da ação micropolítica de transformação social, ou seja, da habilidade de cavar sulcos na invariância axiológica das normoses sociais, de produzir e ampliar dobras, estrias nos territórios urbanos e subjetivos esticados, homogeneizados e compartimentalizados pelos regimes de saber-poder hegemônicos, irrompendo a falta, a falha, a quebra de sentido nos protótipos de normalidade e nos ideários de controle que travestem a historicidade, a fluidez e a provisoriedade da vida (Palombini, 2009;Figueiredo, 1993;Araújo, 2005).…”
Section: Reabilitação Psicossocial: Tendências Em Cursounclassified
“…Também parece favorecer que as pessoas, consideradas como integrando um padrão de normalidade em nossa sociedade, se responsabilizem por aquelas que estão em sofrimento psíquico, para, desta forma, permitir que a loucura seja incluída, ao invés de marginalizada. (Desmarais et al, 1989;Meneses e Sarriera, 2005 (Carniel & Pedrão, 2010;Fiorati & Saeki, 2012 (Palombini, 2004(Palombini, , 2005(Palombini, , 2009Carniel & Pedrão, 2010;Fiorati & Saeki, 2012;Vasconcelos, Machado & Mendença Filho, 2013…”
Section: Intervenção Em Redeunclassified
“…Do nosso ponto de vista, o processo que Rodrigo estava vivendo era um processo de apropriação do próprio desejo. Ele não estava mais aceitando passivamente o que era proposto a ele, como nos lembrou Beatriz.Ele estava questionador, expressando isto inclusive entre nós dois(Varella, 2006;Palombini, 2009). Não foram raros os momentos em que me tratou com indiferença, produzindo em mim um sentimento de rejeição.…”
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