RESUMO:Tanto em experimento com milho doce quanto nos experimentos implantados após algodão, milho, arroz e, a própria soja, no norte do Estado de São Paulo, observou-se a capacidade da soja em aproveitar o efeito residual do fósforo (P). Além disso, o nitrogênio (N) fixado biologicamente pela soja pode ser aproveitado pelo milho cultivado em sucessão. Desta maneira, há diminuição no uso dos fertilizantes aplicados, diminuindo os custos nesse sistema de cultivo.
Palavras
INTRODUÇÃOA realização de diversos experimentos, em diferentes épocas, locais e sistemas de cultivo, atesta o aproveitamento do P residual pela cultura da soja resultante da aplicação da adubação fosfatada nas culturas que antecedem a mesma. Na década de vinte, Thorne (1924), desenvolveu vários experimentos nos principais tipos de solos de Ohio (EUA). Os resultados dos estudos indicaram que em comparação com o milho e trigo, a soja respondeu pobremente à aplicação de fertilizantes.Nelson e Hartwig (1948) obtiveram pequenos aumentos na produção de soja apenas com adição de P na adubação, porém quando além do P, calcário e potássio (K) foram aplicados juntos, obtiveram-se altas produções. Segundo Hammond et al. (1951), a soja apresenta maiores respostas na produção à elevada fertilidade do solo do que a aplicação de grandes quantidades de fertilizantes . Krantz et al. (1949) observaram que no início do crescimento do milho houve maior resposta pela adição de superfosfato, enquanto que, para soja, a resposta foi pequena.Hammond e Kirkham (1949) relataram que o crescimento das plantas de milho foi relativamente grande no início de seu desenvolvimento em comparação com a soja. Dessa forma, segundo Hammond et al. (1951) o milho teria maior demanda por P no início do seu desenvolvimento do que a soja. Assim, o teor de P no solo é importante na determinação da produção