Utilização de tórus mandibular para reconstrução parcial de rebordo atrófico em mandíbula - relato de caso clínico

Abstract

This work aims to report a case of autogenous bone grafting whose donor bed was a mandibular torus, for reconstruction of the atrophic area in the mandible, aiming at increasing the bone thickness available for installing a dental implant. A normossystemic 50-year-old male patient searched for dental services complaining about his smile. On the clinical examination, the patient presented bilateral mandibular torus and atrophic area in the left lower premolar region. A reconstruction procedure through the autogenous graft with right mandibular torus donor area, dental implant installation and implant-supported prosthetic rehabilitation were performed. It was proved that the mandibular torus is an efficient alternative of autogenous bone graft, which provides a sufficient volume gain for the implantation of the dental implant. The surgical technique used has proven to be safe and effective, however, it is important that the professional dentist is trained to perform it.

Tórus mandibular como enxerto ósseo autógeno para instalação de implantes osseointegrados: uma revisão sistemática

“…O conteúdo ósseo do tórus mandibular consiste em osso cortical lamelar onde as camadas mais periféricas são ricas em osteoblastos que sintetizam ativamente matriz osteóide, e juntamente com sua cápsula fibrocartilaginosa contendo osteoblastos indiferenciados, contribuem na neoformação óssea, assegurando previsibilidade e sucesso clínico para enxertos 10,11 . Esse achado está em concordância com os resultados do estudo em questão, uma vez que a densidade óssea avaliada após a enxertia demonstrou que o osso neoformado tinha características semelhantes ao osso nativo, ou até de maiores densidade do que o osso comumente encontrado na maxila 1,6,7,8,10,14 .…”

“…Complicações cirúrgicas estão mais comumente associadas à sítios doares extrabucais, relatadas maiores desconfortos, dores e distúrbios sensoriais. Em contrapartida, sítios doares intrabucais são considerados menos morbidos, porém, também são relatadas sintomatologia pós-operatória, principalmente parestesias, hemorragia e infecções 4,6,11 .…”

“…Em contrapartida, a perda óssea secundária refere-se a uma remodelação regressiva e gradual do osso alveolar decorrente da perda dentária, podendo-se agravar devido fatores sistêmicos, como distúrbios endócrinos, disfunção renal, deficiências nutricionais, entre outros fatores 3 . Os efeitos prolongados do edentulismo combinados ou não com fatores sistêmicos, afetam a instalação de implantes osseointegrados, necessitando muitas vezes da realização de enxerto ósseo nessas áreas atróficas [4][5][6] .…”

Remoção de tórus mandibular bilateral com finalidade protética: relato de caso clínico

“…A remoção do torus nem sempre é necessária. A causa mais frequente de extirpação continua sendo a necessidade de tratamento protético ou de ser uma fonte potencial de osso cortical autógeno para enxertos em cirurgia periodontal, cirurgia de cisto ou cirurgia de implante, embora a estabilidade a longo prazo dos enxertos seja incerta (Fragoso et al, 2020;Ganz, 1997;Sonnier et al, 1999). Grandes toros podem ser removidos, especialmente se forem um obstáculo para o tratamento protético (García-García et al, 2010).…”

Utilização de tóros mandibular para reconstrução de seio maxilar: revisão de literatura

“…Enxerto ósseo pode ser definido como material utilizado para eliminar deficiências ósseas e podem ser classificados em: enxerto xenógeno; enxerto alógeno; e enxerto autógeno. (Piccinelli et al, 2019), (Fragoso et al, 2020). Dentre os diferentes tipos de enxertos, o autógeno é considerado "padrão ouro", pois se originam do paciente e possui vantagens no que diz respeito às propriedades antigênicas, angiogênicas e é o único que mantém propriedades osteogênicas, osteoindutoras e osteocondutoras, sendo assim capaz de estimular formação óssea através dos osteoblastos.…”